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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Vida e Espiritualidade no pensamento de Paul Tillich

Frederick J. Parrella

Considerações Iniciais

Sinto-me profundamente honrado com o convite da Sociedade Paul Tillich do Brasil para ser o conferencista principal deste encontro. Quero agradecer em especial ao meu amigo e colega, Jaci Maraschin, por ter sido o portador do convite e pelo acolhimento que está me dando.

Permitam-me que lhes transmite as saudações calorosas para todos vocês da Sociedade Paul Tillich da América do Norte. Na qualidade de secretário-tesoureiro e de editor de nosso Boletim quadrimestral farei todo o empenho para anunciar qualquer livro ou artigo sobre Tillich que vocês publicarem em português. Por favor, mandem-me essas informações por e-mail. E por falar nisso, tenho a satisfação de anunciar a publicação de A coragem de ser, na língua checa, este ano em Praga. É estimulante para mim perceber que o pensamento de Tillich está sendo assunto de estudo apaixonado aqui no Brasil e nesta conferência. Na semana passada estive com Mutie Tillich Farris , filha de Paul Tillich, e ela se mostrou muito feliz ao saber que as obras de seu pai inspiram estudos sérios em muitas línguas, incluindo o português.

Passaram-se já quase quarenta anos depois da morte do teólogo e filósofo Paul Tillich em 1965. Sua vida se passou em dois continentes, Europa e América do Norte, e sua história em dois séculos, o 19 e o 20; da mesma maneira, sua visão filosófica do mundo desenvolveu-se entre o essencialismo e o existencialismo, e sua teologia cristã, entre o princípio protestante e a substância católica. Foi, em todos os sentidos, quase maior do que a vida para seus muitos estudantes e seu pensamento tem influenciado inúmeras disciplinas, incluindo teologia, filosofia, trabalho pastoral, psicologia, sociologia, educação e ciências naturais. ( Lamento ter perdido a oportunidade de encontrar Tillich pessoalmente por pouco, mas tive o prazer de estudar com Tom Driver, estudante de Tillich e patrono da cátedra Paul Tillich no Union Theological Seminary de Nova York.) Apesar de seus grandes dotes intelectuais e pedagógicos, foi também um ser humano como qualquer um de nós, e – se aplicarmos sua ontologia à sua vida, como fez seu estudante, Rollo May - quanto mais ser possuía, mais era desafiado pelo não-ser.(1)

Meus comentários desta noite concentram-se sobre a vida e a espiritualidade de Tillich que é, obviamente, um tema muito vasto. A imagem que ele usava para descrever sua vida nas reflexões autobiográficas de 1936, “na fronteira”, nos guiará na apresentação que segue. Um de seus estudantes americanos e, subseqüentemente, editor e intérprete de seu pensamento, Carl Braaten, comenta o primeiro encontro que teve com ele: “Tudo o que recordo desse encontro... é que ele estava sempre na fronteira. Vivia em tensão dialética e existencial”. (2) A imagem da fronteira de Tillich foi bem recebida porque as pessoas identificavam-se com ela e adaptavam muitas de suas fronteiras à tessitura de suas próprias vidas. O gênio especial de Tillich consistia , como disse Walter Leibrecht, “em expressar com clareza o que os outros sentiam apenas confusamente e em libertar a percepção por meio do poder da definição correta.” (3)

Paul Tillich foi, verdadeiramente, um homem “na fronteira”: proclamou-se protestante e luterano durante toda sua vida, porém peculiarmente católico em seu método teológico e metafísico e na sua forte ligação com os elementos sacramentais e místicos do catolicismo; teólogo da igreja apesar de parecer a muitos estranho a ela; nascido e educado no século dezenove e, contudo, um dos mais influentes pensadores do século vinte; herdeiro da cultura germânica e, não obstante, perito na língua inglesa que só aprendeu quando já estava com 47 anos de idade e que se tornou o veículo mais importante de sua obra principal; fundamentado na tradição essencialista filosófica de Platão, Agostinho, dos teólogos franciscanos medievais, de Böheme e Schelling mas conhecido principalmente por sua interpretação existencialista e, muitas vezes, controvertida, da mensagem cristã. I imagem da fronteira que aplicava a si mesmo descrevia perfeitamente não apenas sua pessoa mas também sua obra. Se por um lado, sua força manifestava-se na compreensão e na comunicação dos dois lados da fronteira, por outro, era criticado pelas fraquezas dessa atitude: ao sempre situar “na fronteira” e “entre ela” parecia estar “além” e “fora” das questões do dia. Como Nels F. S. Ferré, um de seus críticos afirma: “Tillich vive e pensa pelas margens onde a história da igreja, em seu sentido mais profundo, é a história da história”. (4)

Pretendo discutir diversas fronteiras ou momentos da vida de Tillich: em primeiro lugar, a Primeira Guerra Mundial e sua emigração para os Estados Unidos; em segundo lugar, diversas fronteiras espirituais em sua vida e teologia para concluir com o exame do momento atual: para onde vai a herança intelectual de Tillich?

2. Fronteiras Históricas

Primeira Guerra Mundial

A primeira fronteira de Paul Tillich foi a Primeira Guerra Mundial. As raízes do pessimismo existencial de Tillich situam-se em sua experiência histórica de sofrimento e tragédia: seu trabalho de capelão do exército germânico nessa época quando se deu conta da grande devastação da vida humana e da falha do cristianismo para responder a tal sofrimento. O mundo da “inocência sonhadora” , como o descreviam Wilhelm e Marion Pauck, acabava. Escreveram:

No começo da guerra, Tillich era ainda um rapaz acanhado, verdadeiramente “sonhador” e “inocente”. Era patriota, cheio de orgulho prussiano, pronto para lutar por seu país como qualquer outro. Quando voltou para Berlim quatro anos depois, estava completamente transformado. O monarquista tradicionalista convertera-se num socialista religioso. O crente cristão era agora um pessimista cultural e o reprimido rapaz puritano se transformara num “homem selvagem”. Esses anos representaram a grande mudança na vida de Tillich, a primeira, a última e a única.” (5)

Tillich escreve sobre essa guerra: “A experiência desses quatro anos revelaram para mim e para a minha geração o abismo na existência humana incapaz de ser ignorado.” (6) A guerra marcou uma fornteira na vida de Tillich que influenciou profundamente sua visão de mundo, a interpretação do cristianismo e a cultura moderna. Deu-lhe conteúdo concreto e contexto existencial para seu treinamento formal acadêmico e seus estudos de filosofia, história e teologia. Como sugeriu o casal Pauck, Tillich “nunca se recuperou de seu intenso sofrimento perante a morte” que lhe revelara a guerra. (7)

Na experiência da Primeira Guerra onde Tillich serviu como capelão e pastor para os feridos e moribundos, percebeu que somente importava realmente a mensagem do evangelho de esperança em face do desespero, e da vida perante a morte. Erdmann Sturm, em seu livro sobre os sermões de Tillich desse tempo de guerra, cita estas palavras do teólogo:

“Estamos todos horrorizados pelo abismo que se abre diante de nós e pelo que a vida, a cultura e a humanidade nos legaram. Que é isso senão o inferno na terra! A fé que tínhamos no mundo, na cultura e na humanidade está despedaçada... [Alguns dirão] que o Deus que permite essas coisas não é Deus. Na verdade, o Deus no qual críamos nunca existiu. Esse Deus fazia parte do mundo e, portanto, era um deus falso. O verdadeiro Deus, contudo, permite que o mundo se transforme em sangue e destroços para revelar ao mundo sua majestade e misericórdia”. (8)

Don Arther, capelão militar americano e estudioso de Tillich, acredita que embora este não fale muito seguidamente de sua experiência na guerra, esse foi um momento transformador em sua vida. Escreve:

“Inúmeras evidências dessa época aparecem na sua obra, em seus conceitos como ´estranhamento existencial´ e ´demônico´ mas também em sua obra, A coragem de ser e especialmente em seus sermões. Na Primeira Guerra ele se tornou um pensador existencialista bem como pastor e pregador. A maior parte de seu interesse posterior pela psicologia, pela psicanálise e pela teologia pastoral partem das experiências desse tempo.” (9)

Da experiência da guerra surgiu seu método da correlação. A mensagem cristã não faria sentido se não pudesse responder às questões existenciais sobre a vida e a morte. Assim, abandonava a mensagem burguesa e domesticada da igreja de sua juventude. Começou a atacar as formas irrelevantes e antiquadas do evangelho cristão embora jamais tenha rejeitado a substância da mensagem evangélica. Ao contrário, e é o que importa, temia que a genuína substância da mensagem cristã tinha sido enfraquecida por meio de símbolos e de categorias estagnadas. Para Tillich, a existência não era mera abstração mas a questão básica que confrontava o cristianismo. Dizia: “ Não estou preocupado principalmente em resolver problemas teóricos, mas em indicar a situação espiritual em cuja direção , estou convencido, segue o desenvolvimento espiritual”. (10) Acreditava que as questões mais profundas que confrontavam os indivíduos , questões sobre o sentido último da vida e da morte, não interessavam as igrejas. Resume sua tarefa teológica desta maneira pessoal:

“A única razão de meu trabalho consiste em tornar a fé cristã possível para as pessoas de hoje. Sempre penso nos que universitários que poderiam ser cristãos; sim, penso também nos seminaristas que perdem o sono porque não conseguem ser honestamente o que gostariam de ser; e quero que a teologia tenha sentido para eles para ajuda-los a entender o que está dizendo e porque está dizendo o que diz.” (11)

A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro momento histórico que mudou sua vida e pensamento permanentemente.

Da Alemanha para a América

A segunda fronteira que ele atravessou e à qual sempre esteve ligado foi entre “a terra natal e a estrangeira.(12) O nome de Tillich apareceu no primeiro grupo de professores afastados de suas cátedras na Alemanha de 1933 pelos Nacional-Socialistas. Muitos de seus colegas judeus já haviam fugido da Alemanha, enquanto ele ainda esperava que Hitler e os nazistas poderiam ser derrotados. Sentiu-se tentado de entrar para o movimento subversivo da resistência e permanecer em sua terra, mas sua vida tinha que ir adiante, atravessando outra fonteira, desta vez o oceano. Persuadido por sua mulher, Hanna, e aceitando o convite de Reinhold Niebuhr, cujo irmão mais jovem, H. Richard Niebuhr havia traduzido seu livro, The Religious Situation, de 1926, viajou para Nova York. Referiu-se mais tarde ao choque dessa mudança como “enfrentar um abismo”. (13) Seus últimos meses na Alemanha foram dolorosos, pontilhados por despedidas e pelo melancólico sentimento da natureza ambígua de sua jornada. (14)

Chegou na baía de Nova York entre o nevoeiro do dia 3 de novembro de 1933 para assumir o cargo de professor no Union Theological Seminary e na Columbia University por um ano. Com 47 anos de idade e pouco domínio da língua inglesa, começou a segunda parte de sua vida em Nova York. Wilhelm e Marion Pauck descrevem suas primeiras dificuldades com a nova língua, especialmente com as gírias. Progrediu mais depressa na escrita do que na fala. Ao final de 1933 já escrevia seus primeiros ensaios em inglês. (15) Conseguiu, finalmente, aprender a escrever inglês com a mesma simplicidade, clareza e poder que marcara sua obra em alemão. ( Quando eu fazia a minha pós-graduação, fui aprovado em Alemão traduzindo uma passagem de Karl Rahner: quando, mais tarde, traduzi a obra de Tillich para usar em minha tese, ainda sem dominar o alemão, fiquei surpreso com a clareza de sua escrita.) Nunca perdeu seu forte sotaque alemão. Muitas vezes pedia a seus estudantes no Union Seminary a verter para o inglês alguns de seus escritos. (16)

A mudança de sua terra para os Estados Unidos foi o segundo momento em sua jornada entre as fronteiras. Embora sua vida e seu pensamento permanecessem fundamentalmente os mesmos depois de ter chegado a Nova York, por outro lado, mudaram paradoxalmente. Do mundo boêmio da Berlim dos anos 20 passava para a vida estável e de certa forma puritânica do Union Seminary na Nova York dos anos de depressão da década de 30. Também foi modificada a maneira de expressa seu pensamento: do Tillich político e social para o mais teológico e pessoal. De um lado, David Hopper sugere que a compreensão que Tillich desenvolvera a respeito do ser em sua tese de 1912 sobre Shelling expressava-se e ajudava a iluminar seu trabalho definitivo, quatro décadas depois, a Teologia sistemática em três volumes. Por outro lado, Brian Donnelly, em seu novo livro argumenta que o pensamento político marxista continuou a influenciar Tillich embora em termos, agora, teológicos.(18) Com a mudança do filosófico, social e político para o teológico e psicológico também se alterou a linguagem. Segundo James Luther Adams houve também significativa mudança em seu conceito do divino. Nas obras em alemão, empregava para Deus, em contraste com Rudolph Otto e Karl Barth, o termo “o incondicionado” (das Unbedingte). (19) No ensaio de 1922, “Kayros”, define o incondicional como qualidade e não como ser. Caracterizava aquilo que é supremo e, conseqüentemente, nossa preocupação incondicional, chamemo-la “Deus” ou “Ser em si”... ou de qualquer outro nome. (20) O conceito “incondicional” foi certamente influenciado pelo Unvordenkliche de Schleiermacher, para significar o inacessível ao pensamento porém sempre pressuposto pelo ser e pelo pensamento. (21) Depois de seu artigo sobre os símbolos de 1941, passou a referir-se a Deus como “ser-em-si” e nossa “preocupação su0prema”. Por exemplo, o termo “incondicional” aparece apenas em duas páginas do primeiro volume de sua Teologia sistemática, enquanto “preocupação suprema” desdobra-se ao longo de trinta e cinco páginas da mesma obra. (22)

Além disso, a mudança para Nova York foi marcada por novas experiências. Nos anos 20, Tillich rejeitara “o apoio da igreja às convenções hipócritas ou burguesas, (23) e participara da vida boêmia da Alemanha do pós-guerra. Depois de ter sido traído por sua primeira mulher, Trethi, que teve um filho de um de seus amigos, divorciou-se em 1921. Depois disso deixou-se fascinar pelo misticismo, pelo demônico e pelo erótico. (24) Casou-se novamente em 1924 com Hannah e permaneceu com ela até o final de sua vida em 1965. Optaram por um estilo de vida não convencional, descrito mais tarde por ela em dois livros autobiográficos. (25) O poder de Tillich sobre os outros, especialmente sobre as mulheres, criou muitos relacionamentos e, inevitavelmente, desordens e sofrimento. Os elementos sexual e erótico permaneceram problemáticos para ele durante toda a sua vida. O casal Pauck escreveu:

“Tillich nunca se deu inteiramente a seus amigos, nem mesmo para sua esposa. Mas a todos sempre concedeu algo individual; em cada um descobriu coisas novas e diferentes. Sua maneira era gentil, sua generosidade, grande, e sua preocupação pelos outros ligava-se inevitavelmente à admiração que recebia e da qual tanto dependia”. (26) Por causa disso, Tillich foi visto de maneiras diferentes por diferentes pessoas. Tanto sua vida pessoal como as reflexões autobiográficas formais também se situavam na fronteira: entre o pessoal e o coletivo, o cristão e o pagão e a lei e a graça. (27)

Tillich chegou na América na qualidade de confesso individualista, distante do mundo teológico e eclesiástico de sua vida antes da guerra, e tinha agora que se adaptar à comunidade do seminário onde não mais podia fazer o que queria sem ser observado. No começo, acreditava estar entrando num mundo “rigidamente moralista” porque a vida no Union Seminary lhe parecia diferente da que levara na Alemanha, considerada por ele boêmia. Levou algum tempo para se ajustar. Mas sua habilidade carismática de mestre de idéias e sua personalidade dinâmica e serena logo conquistaram estudantes e colegas. (28) Sua carreira também começava “na fronteira”: aos filósofos da Columbia University, do outro lado da Broadway, na rua 120, no norte de Manhattan, suas idéias pareciam “demasiadamente teológicas; para William Sloane Coffin, reitor do Union Seminary, sua linguagem ontológica “parecia demasiadamente filosófica e secularizada”. Mas foi contratado pelo Union Seminary para treinar candidatos para o ministério cristão. (29)

Tillich viveu em dois mundos durante sua vida: entre a juventude piedosa e, depois, a vida exuberante, entre dois paises e culturas, entre a teologia e a filosofia, entre a igreja e o mundo, entre o sagrado e o secular, entre o erótico e o espiritual, entre a obscuridade e as dificuldades financeiras e a fama e a segurança material e, finalmente, na fronteira entre o protestantismo e o catolicismo, entre o temporal e o eterno. E assim, podemos examinar a sua espiritualidade.

3. Fronteiras Espirituais

A espiritualidade de Tillich fundamenta-se teoricamente em três elementos: ontologia mística, visão sacramental do mundo e a importância do princípio profético protestante. Num artigo que publiquei há dez anos, sugeri que os escritos de Tillich poderiam ser estudados nas décadas futuras menos por causa de seu valor histórico, filosófico e teológico e mais como fonte de espiritualidade e de visão espiritual com sua riqueza teológica, inclusividade cultural profundamente humana. (30) Esse comentário não parece agora tão ousado.

Tillich compreendeu a unidade da teologia com a espiritualidade. Ele concordaria, parece-me, com Evagrios de Pontus do quarto século, ao afirmar que “se verdadeiramente orarmos, seremos teólogos”. (31) Segundo Tillich, na herança platônica-agostiniana, “o objeto do conhecimento e o objeto do amor são o mesmo”, posto que o verdadeiro conhecimento “participa, em última análise, no ser verdadeiro”. (32) Tillich dizia “... o verdadeiro conhecimento inclui união e, portanto, abertura para receber aquilo com o que se une”. (33) Para Tillich, a teologia, como a fé, é o estudo de nossa preocupação suprema. ; no ato da fé, como preocupação suprema, “a fonte desse ato se faz presente além da separação entre sujeito e objeto. Está neles e além deles”. (34) Teologia não quer dizer conhecer Deus como objeto do conhecimento ou como a conclusão de argumentos; trata-se, antes, da compreensão individual do divino como o prius do pensamento e da ação, fonte infinita do ser que precede o finito do qual é inseparável. Esse, verum, bonum - ser, verdade, bem – “são princípios da verdade: a luz divina em nós.” (35) Com Aquino e os escolásticos, como disse Yves Congar, a teologia se transformou infelizmente “na consideração racional e científica do dado revelado”, ou “a cópia cientificamente elaborada da fé”. (36) Por outro lado, para Tillich, teologia é sempre resposta. Assim , não se pode separar a vida nem a teologia da espiritualidade. É o que está no centro da espiritualidade de Tillich.

Vamos examinar, primeiramente, que queria ele dizer com espiritualidade. Muitos pensadores têm escrito ultimamente a respeito desse tema, considerado por Samuel Huntington como “vingança de Deus”. (37) Considerando a grande variedade de fatores culturais e teológicos presentes no atual reavivamento espiritual, como entender o termo? Até a realização do Segundo Concílio Vaticano nos anos 60, o termo espiritualidade era quase sempre considerado dentro da tradição católica. A palavra não aparecia nos escritos da Reforma e, até recentemente, muitos protestantes preferiam o termo mais antigo, piedade ( alguns usavam a expressão devoção enquanto outros, como Wesley, optavam por perfeição) para designar a vida no Espírito com sua reverência e amor por Deus. (38) O termo começou a ser usado no catolicismo francês em oposição, quase sempre, à palavra “devoção” por causa de suas “associações com o entusiasmo questionável de certas práticas espirituais e até mesmo de formas heréticas”. (39) Na língua inglesa o termo só aparece na década de 20. (40) Mais recentemente, o vocábulo ultrapassou as fronteiras católicas para descrever, em sentido antropológico, certa qualidade disponível às pessoas que buscam viver a plenitude da vida humana. Da idéia católica tradicional acerca do movimento místico de Deus para a alma e vice-versa, agora significa “a totalidade da vida da fé e até mesmo a vida integral das pessoas incluindo o corpo e as dimensões físicas, psicológicas, sociais e políticas.” (41) Hoje em dia, estuda-se espiritualidade em todas as tradições religiosas, em todos os períodos históricos e nas escolas filosóficas. (42) Nas palavras de John Macquarerie, ela tem a ver fundamentalmente com “o tornar-se pessoa em seu sentido mais verdadeiro”. (43) Ewert Cousins escreveu: “o centro espiritual é o mais profundo da pessoa. É nele que nos abrimos à dimensão transcendental; é aí que experimentamos a realidade suprema.” (44)

Quando examinamos os escritos de Tillich, percebemos claramente como se apropria desses abrangentes conceitos de espiritualidade. Vamos considerar seu pensamento a respeito a partir de três categorias: espiritualidade vivida na tensão entre igreja e mundo; em relação com o princípio protestante e com a substância católica, e como resposta às questões vitais de nossa época.

3.1 Entre a igreja e o mundo

A teologia de Tillich, por sua própria natureza foi uma “teologia espiritual” porque seu método de correlação sugeria profunda unidade entre teologia e espiritualidade, mensagem do evangelho e tradição teológica ao lado de questões existenciais de indivíduos e culturas. Procurava dar respostas às questões decisivas da existência humana. Mesmo em sua expressão sistemática, ele nunca foi um sistemático. Depois de mais de três décadas alguns pensadores católicos reconheciam esse fato. O dominicano Christopher Kiesling escreveu:

“Basicamente, o pensamento teológico de Tillich aproxima-se do de São João da Cruz e de Santo Tomás de Aquino. Se quisermos encontrar paralelos entre seu pensamento e a mentalidade da teologia católica, não devemos buscá-los nos textos dogmáticos nem na teologia moral, mas nas obras de teologia ascética e até mesmo nos escritos dos próprios místicos.” (45)

A teologia e a espiritualidade de Tillich nunca foram eclesiocêntricas. Na verdade, ele não se sentia muito bem nas igrejas. Vivia na fronteira entre a igreja e o mundo. Embora fosse membro da igreja e assim se reconhecesse, e tivesse sido ordenado pastor protestante, falava tanto para os que estavam na igreja como para os que estavam fora dela. Era, em geral, melhor recebido pelos que não freqüentavam igrejas. Sua teologia concentrava-se na reinterpretação da mensagem cristã para os que não percebiam o poder dos símbolos cristãos e vivam alienados das comunidades cristãs tradicionais.

Alguns de seus colegas achavam que havia avançado demais além dessa linha invisível como se fosse um descrente disfarçado em linguagem tradicional. William Sloane Coffin, sempre se mostrou ambivalente a respeito da ortodoxia de Tillich. Quando apareceu o primeiro volume de sua Teologia sistemática em 1951, confirmou suas suspeitas, dizendo “que Tillich não era um pensador cristão mas um místico grego com idéias heréticas vinculadas ao dualismo de Plotino, de Hegel e de Schelling”. (46) Sua doutrina de Deus, principalmente o conceito de “Deus além de Deus” tem sido criticada tanto por teólogos protestantes como católicos. Por exemplo, Nels F. S. Ferré o descreveu como um teólogo “perigosíssimo” (47) porque lhe parecia que “Tillich não acreditava no Deus cristão que ressuscita os mortos e age pessoalmente na história humana”. (48) Por outro lado, há os que o consideram o mais importante pensador teológico do século vinte por causa de sua capacidade de tocar as mentes e corações dos que se havia desgarrado da fé e da esperança cristãs. Reinhold Niebuhr, seu colega no Union Theological Seminary de Nova York, defendeu a contribuição de Tillich à teologia chamando-o nada menos do que “o Origines de seu tempo”. (49)

Se levarmos a sério a clássica definição de Tillich de que “a religião é a substância da cultura e a cultura é a forma da religião” (50) , a espiritualidade viva e vibrante não poderia se limitar à igreja mas teria de incluir a cultura secularizada. Se por um lado, a mensagem cristã se mostra indispensável para os modernos em sua busca de salvação, por outro, Tillich acreditava que a forma da fé nas igrejas contemporâneas tinha que ser rejeitada pela sociedade por estar morta e irrelevante. Por isso Tillich reprovava as igrejas que se mostravam isoladas da sociedade, da cultura e do mundo. Preocupava-se, acima de tudo, com o afastamento dos intelectuais porque “o dogma defendido pela igreja nada tinha para lhes dizer”. Acreditava que os símbolos cristãos, ao mesmo tempo culturais e teológicos, não mais transmitiam o poder das palavras da salvação. Instava a igreja a “proclamar o evangelho em linguagem compreensível ao humanismo não eclesiástico”. (51) Afirmou num sermão que “os que conhecem a profundidade, conhecem Deus”.(52) Essa profundidade pode ser encontrada em diversos lugares e de muitas formas pessoais, artísticas e sociais. Os cristãos têm encontrado recentemente outras fontes de espiritualidade fora das estruturas religiosas tradicionais. Sabemos hoje que a vida espiritual não se confina à instituição eclesiástica. Para que sejamos plenamente espirituais é preciso fazer parte tanto da igreja como da sociedade, da religião e da cultura, situando-se, como ele dizia, “entre as possibilidades alternativas da existência, sem se prender a elas, nem se opor a elas definitivamente”. (53) O crescimento pessoal no Espírito precisa envolver o bem estar da comunidade humana. Nas palavras de Tillich, “A invasão do Espírito no espírito humano não se dá nos indivíduos isolados, mas nos grupos sociais... (54) Como sugere Shirley Guthrie: “A verdadeira espiritualidade... não se encontra no religioso ou na espera psicológica mas nas dimensões econômica e política quando tratam de coisas que não parecem espirituais como fome, direitos humanos e bem estar social...” (55) Tillich tinha consciência da Presença Espiritual em todos os lugares, até mesmo onde as pessoas religiosas tradicionais não esperam encontra-la.

3.2 Princípio protestante e substância católica

O segundo aspecto importante da espiritualidade de Tillich é a tensão entre o princípio protestante e a substância católica. Como diz Langdon Gilkey: “O principal papel do pensamento de Tillich tem sido de ressaltar determinado tema – em diferentes eixos – onde posições aparentemente opostas entram em tensão e em relação abrangente...” (56) O encontro do princípio protestante com a substância católica talvez seja o lugar mais importante dessa relação em sua teologia e espiritualidade.

Esse relacionamento sempre atraiu os teólogos tanto católicos como protestantes. Tillich, segundo André Gounelle, via o catolicismo e o protestantismo não tanto como estruturas dogmáticas diferentes mas como duas atitudes ao mesmo tempo opostas e complementares. (57) Em 1933, pouco antes de sua chegada nos Estados Unidos, pensou seriamente em se tornar católico em conseqüência de sua desilusão com a resposta protestante a Hitler e ao Nacional Socialismo. Além disso, sempre se mostrou atraído pelos elementos sacramentais e místicos do cristianismo mais presentes na tradição católica do que na protestante. Em suas palavras:

“Sempre me opus ao sistema mais expressamente heterônomo religioso, o catolicismo romano. Este protesto é ao mesmo tempo protestante e autônomo. Nunca se dirigiu, apesar das diferenças teológicas, contra os valores dogmáticos ou litúrgicos do sistema católico romano mas contra o caráter heterônomo do catolicismo... confesso que pensei com certa seriedade na possibilidade de me tornar católico...” (58)

Convém observar que a rejeição do catolicismo por Tillich não foi por causa das doutrinas nem da liturgia, mas da natureza autoritária dessa igreja na juventude dele. Lembremos que Tillich nasceu na época do ultramontanismo católico com sua estagnação teológica em reação à crise provocada pelo movimento modernista nas duas primeiras décadas do século vinte.

Tenho a impressão de que à medida que ele proclamava o princípio protestante mostrava-se católico em sua sensibilidade, entendendo a riqueza e a diversidade da tradição católica. Certamente, nunca foi católico romano, mas sempre se sentiu atraído por pensadores católicos, especialmente depois do Concílio Vaticano II, por causa de sua fundamentação ontológica e de sua orientação mística e sacramental.

O teólogo protestante, André Gounelle, nos ofereceu esta bela descrição da substância caatólica e do princípio protestante:

“A originalidade do pensamento de Tillich mostra-se na capacidade de apreciar o catolicismo e o protestantismo não como elenco de doutrinas nem de estruturas dogmáticas diferentes, mas como duas atitudes ao mesmo tempo complementares e opostas. Lembro-me de sua conhecida análise desses conceitos. Na história do cristianismo, e de outras religiões, sempre houve tensões, quase sempre ressaltando a oposição entre os dois elementos.

A primeira atitude acentua a realidade da presença de Deus em certos lugares. O termo ´lugar´ precisa ser entendido aqui em sentido amplo: localidade (santuários, peregrinações), instituições ( igreja, papado, assembléia de bispos, concílios e sínodos), textos ( Bíblia, definições doutrinárias e confissões de fé), cerimônias (ritos e sacramentos), objetos ( relíquias) e imagens (ícones). A natureza e o número desses ´lugares´ religiosos varia segundo tradições e situações específicas. Nas instituições onde são reconhecidos, os fiéis acreditam encontrr nelas o próprio ser de Deus. Acreditam estar na presença de Deus com a qual experimental verdadeiro contato físico. Afirma-se que Deus se relaciona com esses lugares, momentos e coisas. Por meio deles, Deus assume realidade concreta; aproxima-se de nós, nos alcança e nos visita. Chega-se mesmo a dizer que Deus se encarna nesses lugares. Atribui-se-lhes enorme importância e se os considera sagrados. Quando se os perde, somos afastados de Deus e a fé perde sua realidade. Profana-los significa querer ser como Deus. Devem, pois, ser mantidos, preservados e protegidos a qualquer preço. Estabelecem e estruturam a religião ( no sentido de relação com Deus), que, sem eles, nada teria para oferecer e se esvaziaria. Essa tendência pode ser chamada de sacramental e sacerdotal; na verdade, o sacramento tem a função de assegurar a presença de Deus; o sacerdócio procura estabelecer a comunicação com o divino.

A segunda atitude, ao contrário, tem caráter iconoclasta. Consiste na destruição de ícones e de estátuas. Por extensão, o termo aplica-se aos que rejeitam qualquer representação ou localização de Deus. Não as aplica apenas às pinturas que representam o sagrado, mas também ao ritualismo, ao sacramentalismo, ao dogmatismo, ao eclesiocentrismo e ao biblicismo. Essa atititude não vem da increditilidade ou da descrença, mas do medo, até certo ponto justificável, de que ritos, sacramentos, igreja, Bíblia e dogmas possam ser divinizados e transformados em ídolos. Considera sacrílega e blasfema a sacralização de certos lugares porque somente Deus é divino com o monopólio do sagrado e do santo. Nada pode encerrar Deus, como diria Calvino. Deus permanece eternamente livre. Sua presença não é material, isto é, dependente de coisas que porventura o pudessem conter ou provocar. É espiritual. Emana de ato ou evento do Espírito e não da instituição. Deus não reside em lugar algum. Deus vem a nós como quer e quando quer. Essa atitude pode também ser chamada de profética ou escatológica. É profética porque no Antigo Testamento os profetas resistiram à usurpação do divino pelos sacerdotes, e seu aprisionamento nas cerimônias do culto. Defendiam o surgimento do espírito divino fora dos lugares consagrados e dos costumes tradicionais. É escatológica porque o eschaton ( o supremo e último) situa-se além das realidades presentes, incluindo as que lhe servem de testemunhas.

Por outro lado, insiste-se na presença substancial de Deus em certos lugares ao mesmo tempo em que se afirma essa presença além do nosso alcance e imaginação. Deus situa-se fora e acima daquilo que manifesta sua presença.

Essas duas atitudes a respeito do sagrado ou do religioso aparecem em todas as igrejas cristãs. A primeira corresponde, contudo, à fé de tipo católico e a segunda, de tipo protestante. Convém fazer distinção entre atitude e confissão ou igreja. Assim, o fundamentalismo, geralmente considerado protestante, tende a divinizar a Bíblia, parecendo-se muito com a atitude católica ( certamente não católica romana). Ao contrário, certos féis católicos demonstram atitudes de tipo protestante ( embora estejam longe das confissões protestantes). Mas, certamente, a atitude sacramental e sacerdotal encontra-se mais entre os católicos e a protestante ou profética e iconoclasta, entre os protestantes.” (60)

Tillich, na verdade, estabeleceu um ponto onde, como disse Gilkey, “posições aparentemente opostas entram em tensão e em relação ampla”. Essa tensão fez parte de sua vida e é oi legado que nos deixou não só na teologia ecumênica mas também na espiritualidade. O grande pecado da religião sempre foi a idolatria. Os cristãos de hoje precisam viver na tensão entre as duas atitudes da fé viva: em primeiro lugar, buscar o sagrado nas coisas visíveis e tangíveis da terra; e, depois, nunca transformar essas coisas em absolutos, protestando contra todos os rituais, livros, comunidades e formas de piedade finitas.

Essa espiritualidade baseada na substância católica e no princípio protestante podia criar a “espiritualidade teônoma”, determinada e dirigida pelo Espírito. Esse tipo de espiritualidade percebe a presença do espírito divino em qualquer lugar até mesmo além dos limites da igreja ou da doutrina. Simultaneamente, relaciona-se com Deus mediante Cristo na comunidade eclesial quando suas formas e estruturas refletem a liberdade e a transparência da graça. O espírito peregrino encontra aí profundidade e significado para a sua vida por meio da substância da liturgia e dos sacramentos, das doutrinas e das orientações morais, da autoridade da comunidade apostólica e do serviço no mundo. Tal espiritualidade teônoma fundamentada na substância católica leva a sério o princípio protestante – submetendo todas as formas de idolatria e de hereonomia à crítica profética. Se, de um lado, a graça justificadora de Deus pode se tornar visível na Gestalt da graça, como Tillich dizia, a graça transcende, de outro, todas as Gestalt e todos os esforços para localizá-la definitivamente, no tempo e no espaço finitos. Nas palavras de Tillich, a “Gestalt da graça” realiza-se “nos objetos, não, porém como objetos, mas como o significado transcendente dos objetos”. (61)

Tillich tem algo vital a dizer para as pessoas pensantes que não mais vivem na cultura do “homem religioso”, mas, nas palavras de Philip Rieff, do “homem psicológico”, onde a metafísica desapareceu para dar lugar à terapia e ao consumismo. (63) Tillich acreditava que os modernos “psicológicos” andavam procurando “estrelas guias”. (64) As razões do apelo de Tillich a esse tipo de gente são simples. Em primeiro lugar, seu sistema mostra-se adaptável a qualquer época; as questões de maior importância sobre a vida mudam de conteúdo em diferentes contextos culturais e históricos, mas a qualidade formal do que nos interessa em última análise é sempre a mesma. As pessoas, não importando a época em que vivem, enfrentam a questão absoluta sobre o sentido da vida em face do amor e da falta de amor, da alegria e da tristeza e do sofrimento e da morte. Da mesma maneira, os cristãos precisam buscar na tradição do evangelho respostas para essas questões que sejam fiéis à tradição e à sua terminologia e que, ao mesmo tempo, façam sentido perante sua visão de mundo. Em segundo lugar, os escritos de Tillich sempre tiveram a virtude de tocar profundamente nas pessoas não importando sua idade, situação ou profissão. Eu apelo é mais abrangente do que o do mero teólogo. Às pessoas desesperadas em busca de sentido, seu livro, A coragem de ser, oferece ainda autêtnica auto-afirmação e fonte incondicional de esperança. Aos perdidos e sem fé, a obra Dinâmica da fé, promete surpreendente nova interpretação no contexto de sua tradição. Finalmente, Tillich oferece a desejável alternativa à polarização teológica de nossa época: entre a modernidade secularizada vazia de transcendência, de um lado, e a neo-ortodoxia fundamentalista , acrítica e antiintelectual, de outro lado. A teologia de Tillich, especialmente sua interpretação teológica da cultura, continua ajudando as pessoas a entender o paradoxo de sua liberdade e criatividade como indivíduos, de um lado, e suja ab soluta dependência de Deus no mundo mutável, de outro. Vamos considerar agora os três volumes de seus sermões para apreciar a sua espiritualidade e sugerir três temas espirituais aí encontrados.

Vida interior e vida no mundo

Ele relaciona o mistério da vida interior com a vida na sociedade e na comunidade. A partir do século doze acentuou-se infelizmente a separação entre spiritualitas e corporalitas, entre a vida no espírito e a vida material no mundo. (65) Tillich não acreditava nessa separação. Essas vidas eram inseparáveis: da mesma forma o corpo a alma eram uma só pessoa. No sermão, “O bem que eu quero, não faço”, escreve; “Paulo, e com ele toda a Bíblia, nunca responsabiliza o corpo pela nossa separação de Deus, do mundo e de nosso eu”. (66) No sermão, “O novo ser”, escreve: “A cura – mental e física – cria a reunião do eu consigo mesmo... a verdadeira cura não se dá quando o corpo ou a mente se reúne com o todo, mas quando o eu total, o ser inteiro e a personalidade toda se une com o eu”. (67)

Mais importante do que isso, ele nunca separa a jornada espiritual da vida da pessoa na sociedade. Em “O novo ser”, acrescenta: “ Nada é mais apaixonadamente exigido do que a cura social, do que o poder do Novo Ser na história e nas relações humanas.” (68) E em “Dois servos de Javé”, Tillich nos lembra de que os servos profetas, como o servo sofredor, “ existem invisíveis em todos os países... sabemos que existem e que seu sofrimento não é em vão. São os instrumentos ocultos de Deus na história”. (69)

A razão fundamental da união dessas duas dimensões da vid prende-se à sua ontologia quando afirma que todos os seres se reúnem no mistério do próprio ser. Em “Principados e poderes”, escreve: “Estamos unidos com o que não é criatura e cujo fundamento criativo não pode ser destruído por nenhuma criatura... nenhuma criatura pode destruir o significado da vida universal tanto na natureza como na história, da qual fazemos parte... “ (70) A ontologia de Tillich oferece aos indivíduos o fundamento da espiritualidade sem as pragas dualistas da cultura ocidental – sujeito e objeto, tempo e eternidade, finito e infinito, concreto e universal, natural e sobrenatural e sagrado e secular. A estrutura básica ontológica do eu e do mundo ressalta a importância do sujeito e do objeto, ao mesmo tempo, da coragem e da fé, do ser e da graça, da qualidade da preocupação suprema e do eu supremo bem como a recepção individual do Novo Ser com seu poder e objetivo universais. Em “Você é aceito”, diz: “Estamos ligados ao fundamento do ser para toda a eternidade da mesma maneira como estamos ligados a nós mesmos e á vida.” (71) Em “O jugo da religião”, menciona o poder do Novo Ser “no qual todas as coisas participam por ser universal e onipresente”. (72) Em “Abandono e solidão”, entende que nos momentos de solidão “o centro de nosso ser... é elevado ao centro divino e tomado nele”. Em “Escapar de Deus”, proclama: “O centro de nosso ser envolve-se com o centro de todo ser, e o centro de todo o ser está no centro de nosso ser.” (73) Finalmente, no “Enigma da desigualdade”, escreve: “Existe a unidade final de todos os seres, fundamentada na vida divina de onde emergem e para o qual retornam. Todos os seres, humanos e outros, participam nele. E todos participam uns nos outros.” (74) As palavras de Tillich exigem ligação inseparável entre a salvação pessoal e o compromisso com a justiça social junto aos pobres e oprimidos. Condenaria qualquer espiritualidade alienada do mundo que cega as pessoas diante do eterno que vem a nós como presença e exigência no meio da ordem temporal. (75)


Espiritualidade e teonomia

A vida espiritual ideal e o conceito teológico de teonomia são idênticos para Tillich. Opunha-se sempre às estruturas heterônomas tanto a igreja como das instituições seculares, bem como à autonomia quando separada do fundamento divino. Descreve essa situação em “Segundo qual autoridade?” como “a terrível alternativa de nosso período histórico”. A situação de então ainda é a mesma hoje. Ele a descreve: “Quando não há autoridade, somos obrigados a decidir por nossa conta... Seres finitos que somos, passamos a agir como se fôssemos infinitos e posto que isso é impossível, caímos em completa insegurança, angústia e desespero. Ou, incapazes de enfrentar a solidão de decidir por nós mesmos, esquecemos que existe essa ruptura da autoridade. Submetemo-nos, então, a autoridades definitivas e fechamos os olhos para todo o resto. É o desejo dos que estão no poder.” (76) No sermão, “Sejamos maturos no pensamento”, recomenda aos cristãos que “nenhum representante da igreja deveria criticar o mundo secular se não submetesse antes a igreja a essa crítica”. (77) Na época dos novos fundamentalismos, bíblico ou eclesiástico, suas palavras ainda advertem: “Há multidões que se sentem seguras quando regidas por leis e doutrinas mas são pessoas que ainda não encontraram a liberdade espiritual nem acharam seu verdadeiro eu”. (78) Percebe-se ao longo dos sermões incansável espírito profético e iconoclasta, que não nos deixa levar muito a sério nossas igrejas e doutrinas. O poder de suas palavras parece mais necessário no contexto cultural atual, dividido entre novos ídolos religiosos representados por livros ou comunidades, de um lado, e da mentalidade terapêutica, de outro, atuando num “mundo sem janelas para o transcendente.


Espiritualidade e paradoxo

A linguagem da espiritualidade é do paradoxo e Tillich é requintado quando fala nisso. O paradoxo, como sabemos, aceita a verdade de duas idéias incompatíveis na ordem da lógica como asserções necessárias e inteligíveis na ordem da existência. (79) O paradoxo libera as nossas categorias lógicas de se perderem em si mesmas e nos possibilita a visão do infinito trans-racional. Quando o finito fala do infinito, sabe que sua fala é verdadeira e falsa ao mesmo tempo. Tillich acreditava que o paradoxo situava-se no centro da compreensão da mensagem cristã do Novo Ser, da nova criatura em Cristo, representada especialmente na figura do Crucificado.

Os sermões de Tillich nos convidam para entrar em níveis de compreensão mais profundos de significado por meio do paradoxo. Para ele, a ação divina era paradoxal. No sermão, “Terá vindo o Messias?” escreveu:

“Quem busca a salvação de forma visível não pode ver a criança divina na manjedoura nem a divindade do Homem na Cruz nem o modo paradoxal da ação divina. A salvação é uma criança que será crucificada quando crescer. Só os que conseguem ver poder na fraqueza, a totalidade nos fragmentos, a vitória no fracasso, a glória no sofrimento, a inocência na culpa, a santidade no pecado e a vida na morte poderão dizer: meus olhos viram a tua salvação”. (80)

Em, “Viver entre dois mundos”, ele diz: “Deus age além da expectativa humana [porque] dá poder aos fracos e fortalece os desituídos paradoxalmente. Deus age além da compreensão humana.” (81) No “Paradoxo das beatitudes”, lembra-nos de que os desolados serão abençoados e os pobres ficarão ricos”. (82)

A própria fé é paradoxal. Em “Espera”, escreve: “esperar por Deus não é apenas parte de nossa relação com Deus mas condição para todos os relacionamentos. Nós só temos Deus quando não o temos.” E, “quando sabemos que não o conhecemos e aguardamos que ele se deixe conhecer por nós, começamos a saber alguma coisa a respeito dele... É nesse momento que nos tornamos crentes de dentro de nossa descrença e somos aceitos por ele apesar de nossa separação dele”. (83) Ao descrever a história narrada em Lucas sobre a questão da autoridade, Tillich descreve paradoxalmente a resposta de Jesus: “ele responde a questão da religião profética sem nada responder.” Jesus se recusa a falar sobre sua autoridade e “a maneira como nada responde é sua resposta”. (84)

O “inacreditável conteúdo do cristianismo”, nas palavras de Tillich, é o paradoxo Paulino da justificação: “Pois embora vivamos na carne e sob a lei e na ruptura da existência vivemos, ao mesmo tempo, no Espírito e no cumprimento e na unidade do significado supremo da vida”. (85) Tillich volta a falar nesse paradoxo no sermão, “Vocês são aceitos”: “Ele foi aceito apesar de ter sido rejeitado”. (86) “Aceitem que vocês são aceitos apesar de não serem aceitáveis”. Aí está o conteúdo inacreditável presente na compreensão tillichiana do cristianismo.

O paradoxo expressa-se em mais alto grau na compreensão de Tillich do Cristo como Novo Ser, nova criação. Os aspectos mais abstratos da cristologia de Tillich podem ser debatidos mas seu tratamento do Novo Ser tem impressionado muita gente precisamente porque o paradoxo transparece aí no Crucificado no qual podemos ver a face de Deus. Em suas palavras: “ nenhum poder maior ou mais alta sabedoria poderia revelar mais plenamente o coração de Deus e o coração do homem do que o Crucificado.” (87) “A imagem do Altíssimo, é Jesus na cruz. Sua alma sofredora não foi quebrada pelos poderes do universo.(88) Em rara nota autobiográfica nos sermões, relembra a impressão que lhe causava a Sexta-Feira da Paixão nos dias de sua juventude por causa do sentimento de mistério presente no sofrimento divino. (89) Esse dia revelava, como escreveu em “O enigma da desigualdade”, que “a grandeza e o centro da mensagem cristã” era : “Deus manifesto no Cristo crucificado, participando na morte de um filho, na condenação de algum criminoso, na desintegração da mente, na fome e até mesmo na rejeição humana dele mesmo. Não existe condição humana alguma que não seja penetrada pela presença divina. É o que a cruz, a mais extrema de todas as condições humanas, nos diz.” (90) E, novamente, escreve em “ Vivemos em duas ordens”: “O homem na cruz representa outra ordem na qual os mais fracos se fazem fortes e os mais humilhados os vencedores”. (91)

CONCLUSÃO

Depois de examinar a vida e os escritos de Tillich, constituídos em importante legado teológico para o século vinte, vamos concluir com esta pergunta: para onde vai essa contribuição? Qual será o futuro de seu pensamento? Deverá ele ser considerado agora mero teólogo do nosso passado? Haverá gente interessada em ler Tillich, fora do círculo dos que o estudam hoje, quando comemorarmos em 2065 o centenário de sua morte? As idéias de Tillich conseguirão falar a gerações preocupadas com as questões decisivas a respeito da vida e do sentido, de Deus e da verdade? Falará aos mais conscientes da necessidade de liberdade humana e de libertação, e dos que discutem a diversidade étnica e cultural?

Sugiro, agora, algumas áreas positivas presentes no pensamento dele tanto no presente como para o futuro. Tillich começa a ser descoberto ou redescoberto fora de sua base teológica protestante tradicional européia e norte-americana. Muitos teólogos católico-romanos, desde o Concílio Vaticano II têm se interessado por ele por causa da mudança de foco; do Tillich, teólogo existencialista para “sistemático romântico idealista”, como diria Thomas O´Meara. (92) Jean Richard, da Universidade Laval, de Quebeque, por exemplo, examinou os escritos socialistas de Tillich e os relacionou com a teologia católica latino-americana da libertação. (93) Sebastian Painadath, teólogo jesuíta indiano, desenvolveu sua teologia inter-religiosa da oração em sua tese depois publicada com o título, Dynamics of Prayer: Towards a Theology of Prayer in the Light of Paul Tillich´s Theology of the Spirit. (94) Anthony Akinwale, dominicano africano, escreveu um artigo sobre o método da correlação em relação com preocupações de teólogos de seu continente. (95) O padre anglicano de Sri Lanka, Ruwan Palapathwala, defendeu sua tese de doutorado na Universidade de Vitória, na Nova Zelândia, sobre os fundamentos teônomos para a construção da religião do espírito concreto. E, naturalmente, temos aqui no Brasil a Sociedade Paul Tillich, formada por anglicanos, luteranos, católicos e reformados, empregando o pensamento de Tillich em suas reflexões.

Em segundo lugar, convém observar a adaptação da teologia filosófica de Tillich a outras disciplinas. Esse apelo multidisciplinar pode ser apreciado, por exemplo, em eventos como o bem sucedido encontro em Harvard sobre Einstein e Tillich.(96) São muitos os que se inspiram no pensamento de Tillich, não tanto no que concerne a aspectos de seu sistema teológico, mas à sua maneira de pensar, de ver e de interpretar o mundo, a cultura e a sociedade. Tillich não pode ser considerado mero formulador de doutrinas mas, antes de tudo, criador e modelador de visões de mundo. Seu pensamento é mais do que sistema de idéias; serve de lente através das quais se pode avaliar e interpretar diferentes temas das mais diversas disciplinas.

Em terceiro lugar, a dimensão pastoral e os aspectos espirituais de sua teologia servem para inspirar estudos especializados e aplicações práticas. O aspecto pastoral de seus escritos estão em todas as suas obras, muito além dos sermões, exigindo maior atenção da parte dos que se dedicam ao estudo de sua teologia. Por exemplo, mesmo na definição do conceito abstrato de “incondicional “ atribui-lhe grande poder religioso pessoal. Escreve: Assim, na presença do Incondicional, o conhecimento é inspiração, a percepção intuitiva é mistério, a ação é graça, e a comunidade é o reino de Deus”. (97)

Todos esses sinais bem como o trabalho contínuo das Sociedades Paul Tillich em três continentes, sugerem o valor permanente do pensamento de Tillich para o novo milênio, para as gerações vindouras que continuarão, como ele mesmo disse em seus dias, “a buscar estrelas guias. (98)

As notas encontram-se ao final da versão original deste artigo.

Tradução de Jaci Maraschin

http://www.metodista.br/ppc/correlatio/correlatio06/vida-e-espiritualidade-no-pensamento-de-paul-tillich/?searchterm=anglicanos

domingo, 28 de setembro de 2008

EUA entregam aviões de reconhecimento ao Iraque - Yahoo! Notícias

EUA entregam aviões de reconhecimento ao Iraque - Yahoo! Notícias

Bagdá, 28 set (EFE).- O Iraque recebeu dos Estados Unidos uma esquadrilha de aviões de reconhecimento com sistema de alta tecnologia, informou hoje o Ministério da Defesa iraquiano.
As aeronaves, do tipo King Air, foram entregues ao ministro da Defesa iraquiano, Abdul Qadir, em cerimônia com participação de altos comandantes da Força Aérea do Iraque e oficiais do Exército dos EUA, segundo um comunicado que, no entanto, não diz quando o ato aconteceu.
De acordo com a nota, o ministro da Defesa iraquiano destacou na cerimônia que os aviões, "adquiridos com fundos iraquianos", são dotados de um sistema de alta tecnologia que permite tirar fotografias e cobrir amplas superfícies.
Os aviões também têm capacidade de enviar as imagens captadas para os centros de operações, segundo Qadir.
O ministro disse ainda que os pilotos iraquianos já começaram a receber treinamento sobre o uso dessas aeronaves.
Qadir, que não revelou o valor da compra, ressaltou que as aeronaves possuem tecnologia próxima a dos aviões de reconhecimento americanos Awacs.
No dia 18 de setembro, o jornal oficial "Al-Sabah" informou que o Governo iraquiano planeja comprar armamento de alta tecnologia de oito países ocidentais, como aviões de combate, a fim de equipar suas forças de defesa.
Recentemente, os EUA venderam às autoridades iraquianas 36 aviões F-16 por US$ 7 bilhões.
Os equipamentos do Exército iraquiano foram minguando após a invasão americana ao Iraque em 1991 e as guerras empreendidas pelo ex-presidente iraquiano Saddam Hussein nos anos 1980 contra o Irã, assim como depois da invasão do Kuwait, em 1991. EFE am/wr/rr Q:POL:pt-BR:11001005:Política:Defesa:Equipamento militar POL:pt-BR:11001004:Política:Defesa:Forças armadas POL:pt-BR:11006007:Política:Governo:Departamentos de governo-ministérios.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Calça Muito baixa ou cueca muito alta!! Dá Cadeia.

Onze são presos por uso de calça caída na Flórida Preocupada com a "banalização" do uso de calças largas que deixam cuecas à mostra, a polícia de Riviera Beach (Flórida, EUA) reforçou a fiscalização no último mês. O resultado, até agora, são 11 pessoas presas.



Carta de um Pai Especial.

Uma carta para você, talvez você nunca esperasse receber uma carta como esta, e muito menos eu. O motivo, também não sei, mas quem mandou com certeza sabe. Eu posso até arriscar, mas sem nenhuma certeza. Pode ser que você esteja passando por um grande momento da sua vida, uma decisão importante a tomar, quem sabe, talvez esteja passando por um momento feliz ou até mesmo um momento de dificuldade em alguma área de sua vida. E olha que nem todos receberão tal carta e muitos não receberam. Eu acho que você é muito especial. Se não fosse assim, por que então você foi direcionado para ela? É, pense bem e veja esse vídeo/carta enviada pelo seu Pai.

A reconstrução do templo de Salomão

26/09/2008

Durante muitos anos, vários teólogos atribuíram a reconstrução do templo ao Anticristo usando como inspiração II Tessalonicenses 2:4:

O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. (II Tessalonicenses 2 : 4)

Teólogos como FRIEDRICH HEILER (1892–1967) foram responsáveis por esse tipo de interpretação que é amplamente usada por exemplo pelo CAPES (artigo em PDF).

O teólogo ecumênico Heiler foi um grande admirador dos ensinamentos de Baha’u’llah chegando ao ponto de escrever a seguinte frase:

“... Classificar a Fé Bahá'í entre as seitas islâmicas ou sub-comunidades é tão inadequado como classificar o Islã de uma seita judaica ou cristã. O próprio feito de que Bahá'u'lláh, como portador da última e mais exaltada revelação, assuma a posição que o Islã tem reservado para Maomé, torna clara a independência da religião bahá'í em relação ao Islã. Como um fenômeno histórico, a religião bahá'í se situa, então, em um status igual ao das outras religiões universais: Hinduísmo, Budismo, Islã, Sikh e Cristianismo.”
Fonte: eurooscar

Para agravar mais a situação a ONU criou o Programa de Cátedras UNESCO. O programa é centrado nos estudos de pós-graduação, nesse caso teologia, que visam criar a cooperação internacional do ensino superior com a nova ordem mundial de Baha'u'llah. Um dos objetivos do cátedras é infiltrar o marxismo comunista no cristianismo através de palestras e seminários como descrito abaixo:

"Marxismo e Cristianismo, Matrizes das Idéias Comunicacionais na América Latina"
http://www2.metodista.br/unesco/celacom2001.htm

Através desses e outros métodos surgiram vários livros sobre teologia completamente errados para preservar o nome de Baha’u’llah e sua nova ordem. Esse tipo de interpretação atribui ao Anticristo um título que pertence a besta do Abismo (Ap 17:8).

Baha’u’llah estabelecerá o seu reino nas regiões celestiais do mal e não terra. Isso encontra-se escrito em uma passagem do seu assustador livro O Senhor das Hostes:

“...O Jovem celestial ascendeu ao Trono da glória, tornou manifesta sua soberania independente, e agora anuncia, nos versos mais doces e maravilhosos, este chamado entre a terra e o céu: "Ó povos da terra...”

A ascensão de Baha’u’llah ocorrerá após a sua manifestação espiritual , ou seja, a apostasia que já está sendo preparada através das metas do milênio. Essa é exatamente a ordem em que os acontecimentos proféticos do Apocalipse devem acontecer como descrito abaixo:

Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, (II Tessalonicenses 2 : 3)

Pare se assentar no suposto trono de DEUS e querer parecer DEUS é necessário que o templo seja espiritual e possua valores espirituais. É exatamente esse o ponto de vista que os maçons tem sobre o templo de Salomão:

“...não tentamos reconstruir materialmente o Templo de Salomão; é um símbolo, nada mais - é o ideal jamais terminado, onde cada maçom é uma pedra, preparada sem machado nem martelo no silêncio da meditação. Para elevar-se, é necessário que o obreiro suba por uma escada em caracol, símbolo inequívoco da reflexão. Tem por materiais construtivos a pedra (estabilidade), a madeira do cedro (vitalidade) e o ouro (espiritualidade)...”
http://www.pedreiroslivres.com.br/templosalomao.htm

Como os maçons não possuem essa intenção, o templo pode ser construído em outro local . E também não a necessidade de destruir a Mesquita de Aqsa (local que segundo-a fé Islâmica -foi construído o Templo de Salomão). Foi para esse fim, a construção de um templo simbólico, que a fé Baha’i demarcou o local da futura construção com um obelisco (um símbolo maçônico) em haifa:

Esse templo possuirá apenas um valor de referência para as “orações”. E será nesse local que o Anticristo (por ser um depravado e imoral ) fará as suas orgias e profanará o santuário como descrito pelo profeta Daniel:

E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora. (Daniel 11 : 31)

O Anticristo maquinará seus projetos não em Jerusalém, mas em uma província fértil de Israel.

Virá também caladamente aos lugares mais férteis da província, e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais; repartirá entre eles a presa e os despojos, e os bens, e formará os seus projetos contra as fortalezas, mas por certo tempo. (Daniel 11 : 24)

O monte Carmelo em Haifa- Israel é hoje a terceira província mais fértil exatamente como descrito pelo profeta Daniel.

Com o auxílio desse templo de canalização espiritual o Anticristo honrará a um deus estranho que quase ninguém ouviu falar:

Com o auxílio de um deus estranho agirá contra as poderosas fortalezas; aos que o reconhecerem multiplicará a honra, e os fará reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço. (Daniel 11 : 39)

E por fim...São poucas as pessoas que já ouviram falar da nova ordem mundial de Baha’u’llah.

http://apocalipsetotal.blogspot.com/

Político…ANTES DA POSSE…

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar nossos ideais
Mostraremos que é grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE

Basta ler o mesmo texto de baixo pra cima…

http://lokosdeuruguaiana.wordpress.com

Faces do “Capetalismo”

CAPITALISMO IDEAL
Você tem duas vacas.
Vende uma e compra um touro.
Eles se multiplicam, e a economia cresce.
Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!

CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas.
Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas.
Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas.
Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite.
Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas.
As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas.
Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas.
Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário
previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa.
Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco.
Conta de novo e vê que tem 42.
Conta de novo e vê que tem 12 vacas.
Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.

CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.
Você cobra para guardar a vaca dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas.
E reclama porque seu rebanho não cresce…

CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas.
Ai de quem tocar nelas.

CAPITALISMO ARGENTINO
Você tem duas vacas.
Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês…
As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano ao FMI.

CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas.
Uma delas é roubada.
O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca.
Um fiscal vem e lhe autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo.

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Afinal, Masturbação: SIM ou NÃO?

Os defensores da prática masturbatória alegam que esta faz parte do desenvolvimento sexual natural do indivíduo. Munjack defende que a masturbaçãso traria vários benefícios, entre eles: um treinamento para um melhor orgasmo, aumento do conhecimento sobre as partes mais sensíveis sexualmente, aumento da vascularização pélvica, experiência de novas fantasias, descontraimento e brincadeira, etc... Contestado por outros autores, como Stekel[4], que em seus estudos observou que a reação masturbatória está muitas vezes ligada a reações neuróticas de descarga energética, e possibilidade de ocorrer uma “dependência química” uma vez que o ato se estabeleça com regularidade, incluindo aí as crises de abstinência. Segundo este autor ainda existiria uma relação íntima entre masturbação, perversões e desvios sexuais (sadismo, masoquismo, fetichismo, pedofilia, homossexualismo), além da mente ser estimulada cada vez mais a fantasias mais lascivas.

Uso na Terapia Sexual

Em alguns casos de atendimento de casais em Terapia Sexual faz-se necessário a utilização de atividades masturbatórias. Usado como técnica nos casos de controle da ejaculação precoce e ejaculação retardada. Nos casos de mulheres anorgásmicas primárias exercícios graduais de toque e estimulação são implantados como mecanismo de desenvolvimento da sensibilidade sexual.

A Lógica do Prazer Sexual segundo a Bíblia

Segundo o Gênesis o surgimento da Sexualidade se dá junto com a Conjugalidade, ou seja, no momento em que Deus institui o primeiro casamento entre Adão e Eva. A Sexualidade surge como ingrediente fundamental na coesão e conhecimento mútuo do casal. Surge como energia e força mobilizadora de união e identificação. Existe toda uma química favorável a esse encontro, e seu despertamento deveria se dar em função do outro. “Isso significa que Deus planejou o aspecto físico do ato sexual como parte da intimidade total do coração e da mente, que é o casamento.” [5] No ato masturbatório o indivíduo deixa de ter a premissa básica – o outro. Desta forma, contrariando o princípio bíblico, a masturbação decorre de desejos egocêntricos. De fato, alguns indivíduos dados à masturbação têm sérias dificuldades de relacionarem-se com o sexo oposto, dificuldades de controlar os impulsos sexuais necessitando desta prática como alivio a tensão sexual.

Outra forma de vermos a questão se dá no plano mental específico – o da fantasia. Para que o individuo consiga estimular-se manualmente e chegar ao gozo é fundamental que recorra a fantasias (cenas, imagens, sons) que lhe introduzam no clima sexual, sem o qual não chegará ao ápice. Podemos facilmente entender essa lógica, imaginando alguém (normal) se masturbando e cantando um hino religioso (se isso for possível), se conseguirá se satisfazer sexualmente ou não? Muito provavelmente não. O ensino bíblico deixa claro que o pecado contra o sétimo mandamento (“não adulterarás”) se dá inicialmente na mente, com a cobiça do (a) outro (a) que lhe não pertence. Na maioria dos casos a masturbação executa este papel. O problema não está na fantasia, no ato sexual entre duas pessoas a fantasia deve estar presente, a questão é que mais uma vez o outro não existe.

Citações de EG White sobre a Masturbação

"Algumas crianças começam a prática da masturbação na infância; e ao avançarem em anos, as paixões concupiscentes crescem com o seu crescimento e fortalecem-se com a sua força. Não têm mente tranqüila. Seu comportamento não é reservado e modesto. São ousados e atrevidos, e permitem-se liberdades indecentes. O hábito da masturbação degradou-lhes a mente e manchou-lhes a alma." Testimonies, vol. 2, pág. 481.

"O efeito de tão degradantes hábitos não é o mesmo em todas as mentes. Existem crianças que têm as faculdades morais muito desenvolvidas e que, associando-se com crianças que praticam a masturbação, tornam-se iniciadas no vício. Sobre esses, o efeito será freqüentemente torná-los melancólicos, irritadiços e desconfiados; esses, entretanto, podem não perder o respeito pelo culto religioso, e talvez não demonstrem especial deslealdade com respeito às coisas espirituais. Por vezes sofrerão intensamente com sentimentos de remorso, julgando-se degradados aos próprios olhos, perdendo seu respeito próprio." Testimonies, vol. 2, pág. 392.

"Nas pessoas viciadas no hábito da masturbação é impossível despertar-lhes as sensibilidades morais para apreciarem as coisas eternas, ou deleitar-se em exercícios espirituais. Pensamentos impuros tomam e controlam a imaginação e fascinam a mente, e segue-se um quase incontrolável desejo para a prática de atos impuros. Se a mente fosse educada a contemplar assuntos elevados, a imaginação ensinada a refletir sobre coisas puras e santas, ela seria fortalecida contra esse vício terrível, degradante, destruidor do espírito e do corpo. Seria, pela disciplina, acostumada a demorar-se nas coisas elevadas, celestiais, puras e sagradas, e não poderia ser atraída para esse vício torpe, corrupto e vil." Testimonies, vol. 2, pág. 470.

"Alguns que fazem alta profissão de fé, não compreendem o pecado da masturbação e seus seguros resultados. O hábito longamente arraigado lhes tem cegado o entendimento. Eles não avaliam a excessiva malignidade deste degradante pecado." Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 257.

"A masturbação destrói as boas resoluções, o esforço fervoroso, e a força de vontade para formar um bom caráter religioso. Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que significa ser cristão sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões não podem ser seguidores de Cristo." Testimonies, vol. 2, pág. 392.

Concluindo...

Vivemos num mundo em que a Individualidade e o Individualismo são exaltados nos quatro cantos. A mídia direta ou indiretamente reforça o direito individual sobre o coletivo, o melhor exemplo disso é a internet que hoje cria situações virtuais de interação onde os atores relacionam-se com personagens fictícios. A exaltação descomedida do prazer pelo prazer invade todos os recantos da sociedade. Neste contexto a discussão sobre a masturbação se estabelece bem maior que o ato em si, e sim num contexto em que as variáveis como autruismo, cooperação, temperança e mutualidade se contrapõem ao egoísmo, hedonismo e competitividade.

Parte de texto encontrado no Blog de Psicologia e Sexualidade
O texto na Integra va ao endereço: http://virgilionascimento.blogspot.com/2007/04/vicio-solitrio.html

Mantega: Brasil vai sair prestigiado desta crise

Publicado em 26.09.2008

Ao comentar matéria do jornal britânico Financial Times, publicada nessa quinta-feira (25), que colocou o Brasil como beneficiário da crise porém com problemas de inflação e de gastos públicos excessivos o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi incisivo: "O Brasil vai sair prestigiado desta crise", afirmou nessa quinta, em entrevista ao programa Conta Corrente, da Globo News.

Mantega disse ainda que, com uma economia sólida e em crescimento; com reservas internacionais e com regras no mercado melhores do que nos países desenvolvidos; o Brasil está no lado dos "vencedores". Ele retrucou ainda que o País é um dos poucos que ainda se mantêm dentro dos limites da meta de inflação. E sobre os gastos: "Eles estão na sua melhor forma", referindo-se ao superávit primário de 6% no primeiro semestre deste ano. "Nunca fizemos essa marca".

Mantega admitiu, porém, que o Brasil já vem sofrendo esta semana os efeitos da crise de liquidez por causa da situação dos bancos americanos. Porém, ele acha que depois de aprovado o pacote de ajuda do governo americano o crédito deve voltar, embora em menor quantidade. "Esse pacote era necessário porque nós tínhamos chegado a uma crise sistêmica: o sistema de crédito estava travando", explicou.

Apesar disso, Mantega relativizou a necessidade de crédito externo por parte do País que, segundo ele, depende fundamentalmente do crédito interno. "Mas sabemos que o Brasil pode ser um dos endereços privilegiados do investimento externo", observou. "Tanto que este ano nós vamos ter US$ 34 bilhões ou 35 bilhões de investimentos externos".

O ministro da Fazenda disse ainda que acha que a queda de preços das matérias-primas (commodities) no mercado internacional será compensada pela valorização do dólar. Apesar disso, ele reconhece que as exportações do Brasil devem sofrer alguma redução por causa da crise financeira internacional. Em compensação, haveria crescimento do mercado interno. "Nem que seja provisoriamente, vamos substituir o mercado externo pelo mercado interno", afirmou o ministro.

Mantega admitiu que a economia mundial deve sofrer uma desaceleração, mas ressalvou que considera pessimistas as previsões de que o Brasil crescerá 3,5% em 2009: "Vai desacelerar de 5,5% para 4,5%", arrematou.

Fonte: AE

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A que grupo você pertence?

(Lucas 8:40)
Introdução: Existiam três grupos de pessoas que faziam parte da multidão ao redor de Jesus.
1 - Os observadores
· Os que se aproximavam de Jesus por curiosidade, não participavam de seu ministério e só estavam ali para ver os milagres.
· Existem pessoas que só se aproximam de Jesus por causa do milagre da cura, da prosperidade, etc.
· Esses quando recebem o milagre desaparecem.
2 - Os críticos
· Aqueles que iam para ver se encontrariam erros no ministério de Jesus (os fariseus).
· Esses são incrédulos, só vão ao culto para criticar, reparar, fazer comentários de “A” ou “B”.
· Nunca recebem milagres.
3 - Os adoradores
· Os que o seguiam porque amavam suas Palavras (os discípulos).
· Com esses, sim, Jesus tinha compromisso.
· Esses mesmo sem receberem nenhum milagre sempre adoravam.
Conclusão: A que grupo você pertence?

Mensagem tirada do Livro: Manual de Mensagens (Valter José).

http://letrassantas.blogspot.com

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Saiba como são feitas as fotos do Google Earth.

por Manoel Schlindwein

1. O Google Earth surgiu do costume do Google de comprar boas idéias e turbiná-las. Em 2004, eles compraram a empresa Keyhole, criadora do Earth Viewer, uma espécie de Google Earth mais arcaico. A Keyhole, por sua vez, já fazia negócios com a empresa Digital Globe - dona do satélite Quickbird - que continuou sendo a maior vendedora de imagens para o Google Earth

2. Lançado em outubro de 2001, o satélite Quickbird orbita ao redor da Terra a uma altura de 450 quilômetros. Sua capacidade de armazenamento é de 128 gigabytes. Viajando a uma velocidade média de 25 560 km/h, ele demora de um a três dias e meio para voltar ao mesmo ponto

3. O Quickbird fotografa a superfície terrestre com diferentes níveis de zoom e resolução. Já notou a diferença das imagens de Las Vegas e São Paulo? Para locais muito procurados (como Las Vegas), o Google encomenda fotos melhores - e, portanto, mais caras. No zoom máximo, o Quickbird consegue clicar uma área de 1 km2 como se estivesse a 60 metros de altura

4. Depois de tiradas, as fotos são enviadas para antenas que retransmitem o material para os laboratórios da Keyhole. Lá, os programadores juntam as fotos numa espécie de quebra-cabeça e depois mandam o arquivo para o Google, cuja sede fica na Califórnia

5. Uma vez nos servidores do Google, usuários do mundo inteiro que baixaram o Google Earth podem conferir o resultado. Mas lembre-se de que essas imagens são de propriedade do Google. Portanto, se quiser usar imagens de satélite, prefira o World Wind, software da Nasa, livre de direitos autorais

6. Nem tudo são flores. Temendo ações terroristas e defendendo segredos militares, governos do mundo inteiro entram na Justiça tentando censurar imagens estratégicas. E alguns conseguem: a imagem da casa do vice-presidente americano Dick Cheney, por exemplo, está totalmente desfocada

7. O futuro do Google Earth é tornar as imagens tridimensionais. Enquanto isso não é feito com fotos, dá para o usuário criar digitalmente o volume de prédios, montanhas ou até da própria casa. Para isso, o próprio Google criou uma ferramenta para desenhar modelos 3D, o Google SketchUp (http://sketchup.google.com)

8. Em muitas partes do planeta a atualização das imagens demora uma eternidade. Tente, por exemplo, encontrar o buraco nas obras do metrô de São Paulo. Não encontrará, porque, quando a foto do local foi tirada, as obras nem tinham começado. Portanto, nem adianta dar tchauzinho para o céu e esperar se ver na tela do computador

http://mundoestranho.abril.com.br

Como Manter-se Jovem

1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade, o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.

2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)

3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso. 'Uma mente preguiçosa é oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!

4. Aprecie as mais pequenas coisas.

5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele / ela!

6. Quando as lágrimas aparecerem. Agüente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica conosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.

7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refugio.

8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhorá-la , procure ajuda.

9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa.

10. Diga às pessoas que ama que as ama a cada oportunidade. E, se não mandar isto a pelo menos quatro pessoas - quem é que se importa? Serão apenas menos quatro pessoas que deixarão de sorrir ao ver uma mensagem sua. Mas se puder pelo menos partilhe com alguém!

E, fique com Deus.

TV Emissora Cristã - Elvas Portugal

Enlace Portugal
Emissora Cristã - Elvas / Portugal







1997 / 2008 - Radios.com.br

sábado, 20 de setembro de 2008

Lula diz que é a favor do casamento gay

Lula diz que é a favor do casamento gay
Notícia:O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (17) em entrevista à TV Brasil que é a favor do casamento gay.Casamento gay"Tem homem morando com homem, mulher morando com mulher e muitas vezes vivem bem, de forma extraordinária. Constroem uma vida juntos, trabalham juntos e por isso eu sou favorável. Por isso, eu acho que nós temos que parar com esse preconceito. Que cada ser humano viva sua vida do jeito que bem entender, desde que não moleste a vida dos outros."

Muitas pessoas ainda não sabem, mas o presidente brasileiro segue a risca os ensinamentos da nova ordem mundial de Baha'u'llah. Após ter recebido o seu exemplar do livrinho "Os sete vales", ele está seguindo a risca os dois vales abaixo:
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VALE DA UNIDADE"...Ele contempla todas as coisas com a vista da unicidade, e vê os brilhantes raios do sol divino..."

O presidente brasileiro encherga o movimento gay exatamente como descrito acima! O importante na nova ordem é criar a unidade humanidade, ou seja, as várias tribos globais sem a existência dos princípios morais cristãos.
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VALE DO AMOR"...O viajante torna-se agora inconsciente de si próprio e de tudo além de si. Não vê a ignorância nem o conhecimento, nem a dúvida nem a certeza; não distingue entre a manhã da orientação e a noite do erro..
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"Somente uma pessoa que não serve ao verdadeiro DEUS e os ensinamentos do senhor Jesus apóia a causa gay. Isso pode ser comprovado nessa frase do presidente: "Tem homem morando com homem, mulher morando com mulher e muitas vezes vivem bem, de forma extraordinária."Mas o que é aprovado pelos sete vales é totalmente condenado pela Bíblia.Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem. (Romanos 1 : 32)Obs.:O movimento gay é de extrema importância na nova ordem mundial, pois eles serão usados para denunciar e prender muitos cristãos em breve.

domingo, 14 de setembro de 2008

Paraíso na Terra

É com esse título “O paraíso na terra” que a ONU , através dos ensinamentos de Baha’u’llah, está conseguindo fazer com que a maioria das igrejas se transformem em apóstatas. Abaixo temos alguns exemplos de religiões totalmente diferentes que possuem os mesmos princípios:

1) As testemunhas de Jeová acreditam que as metas do milênio serão resolvidas com a chegada do seu “cristo” que trará a paz para a terra:


“O Reino de Deus não é uma idéia vaga que existe no coração. É um governo celestial real que vai ter profunda influência sobre a Terra.”

- Reduzir pela metade a proporção das pessoas que vivem com menos de um dólar por dia e das que sofrem por causa da fome.
- Garantir que todas as crianças terminem o ensino fundamental. Eliminar a desigualdade entre os sexos em todos os níveis de educação.
- Reduzir em dois terços a taxa de mortalidade entre crianças com menos de cinco anos. - - - Reduzir em 75% a taxa de mortalidade materna.


2) Abaixo um trecho do livro “mundo em chamas” onde Billy Graham defende os mesmos princípios das testemunhas de Jeová

“Em primeiro lugar, a paz será estabelecida na terra. Quando Karl Barth, o teólogo suíço, visitou as Nações Unidas, fez o seguinte pronunciamento: "A organização internacional poderia ser uma parábola terrestre do reino divino, mas a paz verdadeira não será feita aqui, embora possa parecer uma aproximação. A paz será feita pelo próprio Deus...”

O que Billy quis dizer é que o trono de DEUS não será estabelecido na ONU, mas em Israel na cidade de Haifa no Monte Carmelo que é totalmente controlado pela fé bahá’i.


3) E para complicar mais ainda a situação até mesmo Islâmicos Radicais como Ahmadinejad & Cia aguardam a mesma solução para a humanidade:

“...e, por fim, trabalhar para o estabelecimento de uma comunidade internacional unificada --comunidade que Cristo e os virtuosos da Terra um dia governarão..."( O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad)

Nem mesmo os teólogos escaparam! A maior parte dos livros de teologia sobre o apocalipse falam da reconstrução do mundo de paz e amor global na terra.
Abaixo segue algumas frases absurdas de alguns teólogos sobre a fé:

FRIEDRICH HEILER, TEÓLOGO PROTESTANTE ALEMÃO
Bahá'u'lláh é o criador de uma nova religião. De um lado, a relação da Fé Bahá'í com o Islã é comparável àquela existente entre o Islã, o judaísmo e cristianismo. Classificar a Fé Bahá'í entre as seitas islâmicas ou sub-comunidades é tão inadequado como classificar o Islã de uma seita judaica ou cristã.

O próprio feito de que Bahá'u'lláh, como portador da última e mais exaltada revelação, assuma a posição que o Islã tem reservado para Maomé, torna clara a independência da religião bahá'í em relação ao Islã. Como um fenômeno histórico, a religião bahá'í se situa, então, em um status igual ao das outras religiões universais: Hinduísmo, Budismo, Islã, Sikh e Cristianismo.


GERHARD ROSENKRANZ, TEÓLOGO PROTESTANTE ALEMÃO
A Fé Bahá'í é uma nova religião... de um ponto de vista histórico-religioso constitui desde suas primeiras origens um verdadeiro movimento profético... com a Fé Bahá'í nos deparamos, não com uma dessas pseudo modernas religiões que se encontra no Ocidente, com um movimento religioso original.


HELMUT VON GLASENAPP, CIENTISTA E TEÓLOGO
É verdade que a Fé Bahá'í tem suas origens no Islã, mas representa uma forma independente de adoração e não uma seita islâmica. De outra forma teria que se considerar o Cristianismo como uma seita judaica, uma vez que surgiu do Judaísmo.


Nem mesmo o escritor Eça de queiros escapou do amor de Baha’u’llah:

EÇA DE QUEIRÓS, ESCRITOR PORTUGUÊS
Calado, invadido pelo pensamento do Báb - o Arauto da Fé Bahá’í - revolvia comigo o confuso desejo de me aventurar nessa campanha espiritual... Por que não? Tinha a mocidade, tinha o entusiasmo... Via-me discípulo do Báb... E partia logo a pregar, a espalhar o verbo babista. Onde iria? A Portugal, certamente, levando de preferência a salvação às almas que me eram mais caras.

Somente a palavra da verdade ( A Bíblia) é capaz de corrigir esses caminhos tortos:

Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; (Mateus 10 : 34)

http://apocalipsetotal.blogspot.com/

sábado, 13 de setembro de 2008

Amor Absurdo e Verdadeiro.


http://noticiascristas.blogspot.com/2008/09/no-uma-notcia-uma-grande-mulher.html

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Afinal o que vai acontecer com a Terra em 2.012?

Planetas errantes em rota de colisão com a terra, chegada de ETs, tempestades solares, profecias inventadas... some todos esses ingredientes e construa a teoria mais popular da internet. O que há de verdade (se é que há alguma) no chamado apocalipse Maia.

Você temeria o futuro se levasse a vida de Tom Cruise, com mais de US$ 300 milhões no banco e presença garantida na lista de celebridades mais ricas do mundo elaborada pela revista "Forbes"?

Então imagine o impacto da notícia, divulgada no ano passado, de que o superastro estaria construindo um abrigo subterrâneo de US$ 10 milhões no subsolo de sua mansão no Colorado. Segundo o relato publicado pela revista "Star", Cruise estaria convicto de que a Terra experimentará um contato potencialmente devastador com uma raça alienígena em 2012. Um porta-voz do ator desmentiu a notícia, mas o estrago foi feito.

A história do bunker de Tom Cruise circula a todo vapor pela internet. Os adeptos do debate formam um grupo de tamanho indefinido, que se espalha por todos os continentes, e que acredita que a vida em nosso planeta vai mudar, para pior ou para melhor, em 21/12/2012. Nessa data se encerra um calendário que era usado pelos antigos maias no auge da sua civilização. Por isso, todo o movimento envolvendo o ano de 2012 é chamado genericamente também de "profecia maia".

Enquanto o tal dia não chega, a turma se prepara consumindo livros, documentários, DVDs e palestras. Uma busca pelos termos "2012" e "maya" (em inglês) no Google revela mais de 2 milhões de citações. Isso é a ponta do iceberg de uma riquíssima comunidade, estruturada em centenas de blogs, fóruns, sites, portais e até uma versão particular da Wikipédia, o "2012wiki". Em fevereiro foi lançado nos EUA "2012 - Doomsday" ("2012 - O Dia do Juízo Final") e dois outros filmes devem sair até 2010, um deles sob a batuta do diretor de "Independence Day" (1996), Roland Emmerich.

Nos últimos dois anos, pelo menos 18 livros sobre o tema chegaram às prateleiras nos EUA, boa parte com termos como "apocalipse" e "cataclisma mundial" em seus títulos. Por aqui, só no primeiro semestre deste ano foram publicadas três obras.

Paranóia: rumores dão conta de que Tom Cruise mandou construir um abrigo antiapocalipse. Seus assessores negam a históriaEssa popularidade é o ponto culminante de um processo que começou há duas décadas. Em 1984, o americano José Arguelles publicou "O Fator Maia". Nele mesclava seus estudos sobre o fim do calendário maia com suas próprias idéias apocalípticas.

Arguelles disse que a data marcaria o fim do ciclo do Homo sapiens e o início de uma época ecologicamente mais harmoniosa. E conclamou os leitores a se reunirem em várias partes do mundo nos dias 16 e 17 de agosto de 1987 para meditar e rezar, dando um pontapé inicial para o grande dia que ainda estava 25 anos no futuro. Esse evento, batizado de Convergência Harmônica, atraiu grande atenção da mídia americana e ganhou o apoio de celebridades como a atriz Shirley McLaine.

"Arguelles se inspirou em um livro de ficção para criar a convergência harmônica, mas foi ela quem deu início à onda de 2012", afirma Robert Sitler, especialista em cultura maia da universidade Stetson, nos EUA. Arguelles ganhou fama e deu início a um movimento com seguidores no mundo inteiro, inclusive no Brasil. E a New Age ganhou sua própria dimensão profética.

Convergência harmônica: grupo liderado por José Arguelles espera por 2012 desde 1987Teorias à la carteDe lá para cá, só fez crescer o número de pessoas que têm desenvolvido suas próprias especulações sobre o que vai acontecer na data tão esperada. E para isso vale recorrer a todas as ferramentas. Um belga utilizou a matemática e a mitologia para fazer uma análise comparativa das civilizações maia e egípcia.

Concluiu que as duas são originárias de Atlântida e que o fim do mundo será causado por uma mudança no campo magnético da Terra, relacionada ao ciclo de manchas solares. Um ufólogo calculou a distância entre a linha do Equador e a cidade americana de Roswell, onde um disco voador teria caído. Encontrou o valor de 2.012 milhas - sinal, acredita, de que a queda do óvni foi uma mensagem cifrada sobre a data em que os ETs irão se revelar.

Outro americano usou drogas psicodélicas e um computador para analisar o I Ching e concluiu que o livro é um calendário de eventos que prevê o fim da história humana em novembro de 2012 (a data foi ajustada depois). Um matemático, também usando um software, encontrou uma profecia codificada no Antigo Testamento falando de um asteróide (ou cometa) que atingiria a Terra. Um jornalista preferiu compilar os dados sobre vulcanismo, terremotos, queda de asteróides, radiação vinda do espaço etc. e concluiu que todos esses eventos devastadores têm forte possibilidade de acontecer em um futuro muito próximo. E é essa discussão, onde cabe tudo, que está entupindo a internet e as prateleiras.

"Há muito pouco de maia nessa história. Essas profecias nada têm em comum, exceto o fato de se referirem à mesma data e apostarem numa transformação radical", diz Sitler. Para o pesquisador inglês Joseph Gelfer, a aposta na mudança seria uma chave para entender essa onda. Gelfer estuda o interesse por 2012 na Austrália e lembra que profecias existem em muitas culturas.

"Mas elas se situam num futuro longínquo, não são iminentes. Essa idéia também faz com que algumas das piores características dos nossos tempos, como as guerras ou a mudança climática, sejam vistas como etapas para a transformação", diz. Outro fator importante é o grande volume de informação pseudocientífica. "Muitos dos que rejeitam os conceitos New Age se interessam pelas profecias de 2012.

A maior parte do que se diz sobre o assunto é apresentado como o resultado de rigorosa pesquisa, mas são, na verdade, idéias questionáveis ou pura especulação." Nas próximas páginas, você vai saber o que os cientistas dizem sobre alguns dos cenários mais debatidos pela comunidade de 2012. E descobrirá o que os próprios maias escreveram sobre a data.

MITO #1>>>RESGATE ALIENÍGENA.

Quem crê em extraterrestres vê esperança da sua chegada à Terra nas profecias de 2012.

Cena de sonho: será que um dia faremos contato com os ETs? Talvez o grupo que tenha mais esperanças positivas para 2012 seja o dos apaixonados por óvnis. Não dispensam o temor de um cataclisma, mas acreditam que a data irá inaugurar uma nova era para a humanidade, marcada pelo contato com os ETs. Eis um exemplo típico de profecia ufológica, colhida entre as centenas de sites que debatem o tema:

"Crescem os rumores de que civilizações extraterrestres estão preparando um evento espetacular em 2012. Ninguém sabe ao certo o que os maias realmente esperavam para o iminente cataclisma. Mas agora muitos centros de pesquisa crêem que a Terra passará por um grande perigo em 2012 e depois. No momento certo, avançadas civilizações extraterrestres resgatarão a civilização humana. De acordo com pesquisadores, a Federação do Universo, representando todas as 88 constelações, virá oficialmente visitar a Terra.

Isso porá um fim à ocultação de óvnis em todos os continentes". O editor da revista "UFO", Claudeir Covo, vê tudo isso com o senso crítico de quem estuda ufologia há 42 anos. "Em 1999, também havia uma grande expectativa de contato. Isso só serviu para mostrar o quanto de fantasia ainda existe." Ele descarta os relatos daqueles que dizem ter sido avisados pelos próprios ETs de que 2012 será o ano em que faremos contato.

"Já conheci e entrevistei quem alega se comunicar com alienígenas. Nunca vi uma evidência que me convencesse." Covo lembra de um caso ocorrido no ano passado. Sua revista publicou o relato de uma pessoa que afirmava ter recebido uma mensagem assegurando o contato iminente. "Evidentemente, nada aconteceu e a pessoa sumiu. Não acho que vá acontecer algo em 2012."

MITO #2>>>PROFECIA MAIA.

Textos originais são vagos e dão margem a todo tipo de interpretação. Foi o que bastou para a sua usurpação e a criação do mito contemporâneo sobre o Apocalipse.

O calendário de conta longa é apenas um entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos meses, anos e séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias formam um "mês", ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou "ano", cada 20 tuns faziam um katun e assim sucessivamente. Enquanto o nosso sistema de contagem de séculos não leva a um fim, o calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que para muitos estudiosos (não há um consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012. Isso não significa que eles esperassem pelo fim do mundo naquele dia.

"Os povos ameríndios não tinham apenas uma concepção linear de tempo, que permitisse pensar num fim absoluto", diz Eduardo Natalino dos Santos, professor de história da América Pré-hispânica da USP. Ele diz que há textos míticos maias que falam em idades anteriores ao aparecimento da humanidade atual, e afirmam que a era atual duraria 5.200 anos. "Mas em nenhum lugar se diz que o ciclo que estamos vivendo seria o último."

A maioria dos estudiosos acredita que, após chegar à data final, o calendário se reiniciaria. Assim como, para nós, o 31 de dezembro é sucedido pelo 1 de janeiro, para eles o dia 22/12/2012 corresponderia ao dia 0.0.0.0.1.Entre os milhares de textos maias conhecidos, há apenas um que faz menção à data. Uma inscrição encontrada na ruína de Tortuguero (Costa Rica) diz que nela virá à Terra Bolon Yokte K'u, deus associado à guerra e à criação. Um indício indireto da mesma profecia está nos "Livros de Chilam Balam".

Escrita por vários autores após a conquista espanhola, a obra traz previsões para os katuns que, num outro sistema de contagem de tempo, se repetem a cada 256 anos. Para o katun associado a 2012, o livro prevê a chegada de vários seres, entre eles "aquele que vomita sangue" e o deus Kukulcan, muito popular na América Central. Mas mesmo esses textos talvez não correspondam ao que entendemos por profecias.

Natalino diz que, embora os maias tivessem uma visão qualitativa do tempo - havia períodos "benéficos" e "maléficos" - isso não implica que fossem fatalistas. Os finais dos ciclos eram datas religiosamente importantes, pois num deles a idade atual poderia terminar. "Mas os sacerdotes podiam realizar certas práticas que assegurassem a continuidade do mundo", explica Natalino. Ele diz que no período colonial e depois houve rebeliões populares inspiradas pelas profecias de Chilam Balam. "Mas basta dar um pulo à América Central para ver que os maias de hoje estão cheios de projetos e nem um pouco preocupados com 2012."

UM OUTRO OLHAR SOBRE O TEMPO.

Conheça as diferenças entre o calendário gregoriano, adotado no Ocidente, e a maneira usada pelos maias para medir o tempo.

FOLHINHA: Como os maias registraram 27/12/724

MITO #3>>>INVERSÃO MAGNÉTICA.

Mais uma carga de lenha na fogueira de 2012: suposto enfraquecimento do campo magnético terrestre levaria à incidência letal de partículas solares A luz e o calor produzidos pelo Sol tornam a vida na Terra possível. Mas, se não fosse pelas defesas que temos contra a radiação e o fluxo de partículas que chegam continuamente vindos da estrela, também não estaríamos aqui agora.

Uma das principais defesas de nosso planeta é o seu campo magnético. Explicando de maneira simples, ele possui dois pólos, um norte e outro sul, que atualmente se situam mais ou menos perto dos pólos geográficos. Mas os geofísicos sabem que, de tempos em tempos, as polaridades se invertem, isto é: o ponto onde fica o pólo sul magnético se torna o ponto do pólo norte, e vice-versa. "Sabemos que centenas de inversões aconteceram no passado, mas não se sabe o que as causa", diz Eder Molina, professor do Instituto Astronômico e Geofísico da USP.

A mais recente inversão ocorreu há 700 mil anos. E a próxima talvez esteja a caminho. "Sinais sugerem que alguma coisa está acontecendo. A intensidade do campo entre os pólos norte e sul está diminuindo. Acredita-se que essa diminuição possa ser parte de um processo de reversão, embora isso seja apenas uma hipótese." A ocorrência de uma inversão súbita dos pólos magnéticos terrestres é um dos cenários apocalípticos previstos para 2012. Será isso que os cientistas estão detectando?

"Não", diz Molina. "Os indícios sugerem um processo muito gradual, que levará talvez milhares de anos. Nós conhecemos muito bem o campo magnético terrestre, graças ao mapeamento feito por observatórios e satélites. Essas informações nos ajudam, por exemplo, a procurar petróleo e minerais valiosos. Se uma mudança brusca estivesse ocorrendo, já teria sido detectada."

Molina afirma que veríamos muitos sinais, sob a forma de problemas nas telecomunicações e o desligamento de usinas elétricas. Não haveria como esconder um problema desses, pois o que estaria em jogo seria a sobrevivência da civilização. Mas não vemos nada disso por aí.
ESCUDO DE FORÇAEntenda a atuação do campo magnético terrestre e suas variações imprevisíveis.

MITO #4>>>CICLOS SOLARES.

Aparente hiperatividade do astro alimenta especulações sobre bombardeio radioativo. Mas a estrela está se comportando conforme o previsto Muitos dos cenários para 2012 baseiam-se na idéia de que o Sol estaria passando por um período de atividade sem precedentes. Os defensores dessa tese ressaltam o fato de que, entre 28 de outubro e 4 de novembro de 2003, ocorreram algumas das maiores explosões solares já registradas.

Em 20 de janeiro de 2005, a Terra registrou o maior bombardeio de partículas de alta energia oriundas do Sol. Como 2005 foi o ano do furacão Katrina, há quem vincule os fenômenos, sugerindo que o clima é governado por variações na atividade solar. Como a previsão dos astrofísicos é de que 2012 registre um ponto de alta atividade em nossa estrela, há quem acredite que a soma de tudo isso seja uma catástrofe.

As variações na atividade solar são causadas por mudanças na configuração do campo magnético que ocorrem a cada 11 anos. Para Adriana Silva Valio, pesquisadora do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, basta dar uma olhada nos dados dos últimos oito anos para ver que o Sol tem se comportado normalmente. De lá para cá, a atividade reduziu-se, e a tendência é que, nos próximos anos, volte a se intensificar, alcançando patamares elevados em 2012.

Tudo isso está dentro do esperado. O decréscimo da atividade aconteceu mesmo com as superexplosões de 2003. "O fato é que a tecnologia para acompanharmos o fenômeno é muito recente. Talvez eventos semelhantes tenham acontecido no passado", afirma Adriana. Ela também diz que o ciclo solar de 11 anos, por si só, não parece ser capaz de afetar significativamente o clima da Terra.

"No ponto de maior atividade, a quantidade de energia solar recebida pela Terra cresce apenas 0,1%." Porém, ela diz que fatores desconhecidos e ligados ao Sol parecem sim afetar o clima na Terra. "No século 18, o Sol não apresentou manchas por sete décadas. O mundo ficou mais frio, e os canais de Veneza congelaram. Mas parece que para que mudanças assim ocorram levam décadas ou mesmo séculos", diz.

USINA DE ENERGIA. A diferença de velocidade na rotação do astro faz com que a atividade solar varie em ciclos de 11 anos.

MITO #5>>>NIBIRU

O Hipotético décimo planeta do Sistema Solar (há quem diga que se trata de uma outra estrela) estaria rumando de encontro à Terra. Acredite se quiser? Melhor nãoMuito antes que a data de 21/12/2012 começasse a tocar corações e mentes, o israelense Zecharia Sitchin começou a divulgar suas idéias sobre a origem da Terra, inspiradas, segundo ele, na decifração de antigos textos babilônicos. De acordo com Sitchin, há em nosso sistema solar um objeto que a ciência moderna desconhece e que os antigos chamavam de Nibiru.

Esse objeto, que pode ser um planeta ou uma pequena estrela, passaria próximo ao Sol a cada 3.600 anos. Sitchin afirma que, em uma dessas passagens, uma colisão entre um de seus satélites e um planetóide que existia entre Marte e Júpiter teria dado origem à Terra. Outros autores passaram a usar as idéias de Sitchin nos anos 1990. Eles dizem que Nibiru vai passar por perto de nosso planeta em 2012, e a atração gravitacional entre os dois resultará em dilúvios e terremotos.

Para Carlos Henrique Veiga, astrônomo do Observatório Nacional, é possível que existam planetas ainda desconhecidos no Sistema Solar. Poderiam ter, inclusive, algumas das características atribuídas a Nibiru, como um período muito longo e órbita extremamente elíptica. "Mas as órbitas de planetas não se sobrepõem umas às outras. Esse cruzamento só ocorre com cometas e asteróides." Quanto à segunda possibilidade, a de que Nibiru seria uma estrela se escondendo nas vizinhanças, Veiga diz que sua presença causaria uma alteração na dinâmica do Sistema Solar.

"Tanto ela quanto o Sol teriam que girar ao redor de um centro de massa. Os planetas girariam em torno das duas ou desse novo ponto central. Não é isso que estamos vendo", afirma. Outro cenário sugere que, em 21/12/2012, o Sol, ao nascer, estaria alinhado com o plano da Via-Láctea. Nessa posição, receberia algum tipo de irradiação misteriosa vinda do centro da galáxia. Essa informação, porém, é contestada até por autores de populares livros sobre 2012, como o astrônomo John Major Jenkins.

O que é verdade é que o Sol está cruzando o plano da nossa galáxia, mas isso não é motivo para preocupação. "O centro da Via-Láctea está a quase 30 mil anos-luz de distância. Por isso, esse posicionamento não deverá trazer maiores conseqüências. No máximo, pode favorecer a atração de cometas e asteróides em direção ao Sol", diz Veiga.

A GRANDE VIAGEM

Os astrônomos nunca o observaram, mas há terráqueos que juram já ter visto Nibiru viajando pelo Cosmos.

A órbita de Nibiru cruzaria com a da Terra em 2012 PARA LER• Apocalipse 2012, Lawrence Joseph. Editora Pensamento• O Cataclisma Mundial em 2012, Patrick Geryl. Editora Pensamento• O Fator Maia, Jose Arguelles. Editora CultrixGalileu


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