“Caixas de sexo” para crianças do jardim da infância na Suíça para ensinar que a sexualidade é prazerosa
BASILEIA, Suíça, 25 de agosto de 2011 (Notícias Pró-Família) — Crianças do jardim da infância na cidade de Basileia, Suíça, receberão modelos de fábrica dos órgãos sexuais humanos numa “caixa de sexo” para lhes ensinar que “entrar em contato com partes do corpo pode dar prazer”.
O kit dos professores que darão as lições de educação sexual para crianças da escola primária usa modelos e recomenda que as crianças façam massagens umas nas outras ou se esfreguem com sacos de areia quentes, com o acompanhamento de música suave, de acordo com o jornal The Local, um jornal em inglês.
“As crianças precisam ser incentivadas a desenvolver e experimentar sua sexualidade de um modo prazeroso”, Daniel Schneider, vice-diretor do jardim da infância em Basileia que ajudou a desenvolver o currículo de educação sexual junto com especialistas, havia dito no começo deste ano.
Ele acrescentou: “É importante que elas aprendam a dizer ‘não’ se não querem ser tocadas em certa área”.
Conforme foi noticiado, as autoridades educacionais que estão recebendo uma enxurrada de mais de três mil queixas vindas de pais indignados concordaram em mudar o nome do programa, mas não farão nada para impedir os materiais de serem distribuídos nas escolas, de acordo com o The Local.
Christoph Eymann, secretário da educação de Basileia e membro do Partido Democrático Liberal (PDL), disse para o jornal SonntagsBlick, “Sem dúvida alguma foi burrice chamar aquilo de ‘caixa do sexo’ — mudaremos seu nome. Mas continuaremos firmes em nossa meta: comunicar claramente para as crianças que a sexualidade é algo natural. Sem forçar nada nelas ou tirar nada de seus pais”.
Eymann disse que entendia que um termo do programa, “dá para se gozar de coração os toques”, poderia ser mal interpretado, mas acrescentou: “Não é sobre ‘toque-me, sinta-me’. Queremos dizer às crianças que há contato que elas podem achar prazeroso, mas alguns contatos para os quais elas deveriam dizer ‘não’. As crianças podem infelizmente se tornar vítimas de violência sexual já na idade da pré-escola”.
As crianças deveriam, idealmente, aprender sobre sexo em casa, disse Eymann, mas já que as crianças vivem numa “sociedade com excesso de sexo” em que crianças novas conseguem acessar a pornografia por meio da internet, as autoridades educacionais precisam responder às realidades de nossa época.
“Algumas crianças de escola primária”, disse ele, “conhecem os horários da programação da TV até às 2h da madrugada. Gostaríamos de oferecer a essas crianças um apoio firme, que muitas vezes não está disponível na família. A caixa é só um auxílio. Tenho a confiança de que os professores introduzirão o material com cuidado”.
Eymann vem se opondo a pedidos dos pais para isentar seus filhos das lições, dizendo que o governo precisa usar as escolas para ter acesso irrestrito às crianças.
“As escolas primárias podem ser a única audiência grande que nossa sociedade tem”, disse ele. “Os valores comuns que a escola ensina são muito importantes. Eu com absoluta certeza gostaria de manter essa programa. A lição explicativa pode ser mostrada de um jeito que não ofenda”.
Líderes pró-família na Europa têm expressado que estão horrorizados com a ideia de demonstrar o programa para crianças de cinco anos de idade.
Daniel Trappitsch, da associação Cidadãos pelos Cidadãos, chamou a ideia de um “evento catastrófico”. “Certamente, isso é educação sexual, mas não deveria ser feito nesta idade e certamente não deveria ser obrigatório”, disse ele. Sua organização disse que lutaria contra os planos do governo.
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