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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Madeira: combustível “renovável” do futuro?

A madeira, na forma de lenha, constitui, juntamente com o esterco, a dupla de combustíveis mais antigos conhecidos pela humanidade. Por isso, em pleno século XXI, é surpreendente que, na civilizada e avançada Europa, ela esteja sendo promovida como uma importante fonte de energia “renovável” e instrumento para o questionável projeto europeu de transição para uma “economia de baixo carbono”.
De fato, em países como a Polônia e a Finlândia, a madeira representa mais de 80% de toda a energia consumida nesses países gerada por combustíveis não-fósseis. Mesmo na Alemanha, onde se alardeava que a promoção da economia “verde” levaria a um salto tecnológico, com a promoção de fontes como as usinas solares, a madeira ainda representa 38% do consumo de combustíveis “renováveis” (Opinião e Notícia, 10/04/2013).
Ademais, a despeito de ser uma fonte energética literalmente pré-histórica e não agregar nada em termos tecnológicos, a União Europeia (UE) decidiu aportar dispendiosos subsídios à geração de energia com base na combustão de uma granulados de madeira (que não passam de uma forma mais sofisticada da lenha), assimilando-a à sua controvertida política climática de redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). Ironicamente, a medida, além de se somar a outras que oneram cada vez mais o combalido setor produtivo do bloco, pode resultar num aumento das emissões, já que o processo de produção dos granulados de madeira inclui etapas como a moenda, a transformação em massa e a pressurização do material. Como todos estes procedimentos requerem um considerável consumo de energia, o balanço das emissões acaba sendo incrementado, em vez de diminuir.
A ênfase na madeira como sendo parte da salvação do projeto de “economia verde” da UE é mais uma ilustração da grande influência dos “eurocratas verdes” na formulação das políticas energéticas do bloco. A “brilhante” proposta de gerar eletricidade de madeira para as avançadas sociedades industriais europeias, alegando-se uma suposta “proteção” do meio ambiente, mostra bem o descolamento entre a ideologia ambientalista e a realidade.

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