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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Afinal, Masturbação: SIM ou NÃO?

Os defensores da prática masturbatória alegam que esta faz parte do desenvolvimento sexual natural do indivíduo. Munjack defende que a masturbaçãso traria vários benefícios, entre eles: um treinamento para um melhor orgasmo, aumento do conhecimento sobre as partes mais sensíveis sexualmente, aumento da vascularização pélvica, experiência de novas fantasias, descontraimento e brincadeira, etc... Contestado por outros autores, como Stekel[4], que em seus estudos observou que a reação masturbatória está muitas vezes ligada a reações neuróticas de descarga energética, e possibilidade de ocorrer uma “dependência química” uma vez que o ato se estabeleça com regularidade, incluindo aí as crises de abstinência. Segundo este autor ainda existiria uma relação íntima entre masturbação, perversões e desvios sexuais (sadismo, masoquismo, fetichismo, pedofilia, homossexualismo), além da mente ser estimulada cada vez mais a fantasias mais lascivas.

Uso na Terapia Sexual

Em alguns casos de atendimento de casais em Terapia Sexual faz-se necessário a utilização de atividades masturbatórias. Usado como técnica nos casos de controle da ejaculação precoce e ejaculação retardada. Nos casos de mulheres anorgásmicas primárias exercícios graduais de toque e estimulação são implantados como mecanismo de desenvolvimento da sensibilidade sexual.

A Lógica do Prazer Sexual segundo a Bíblia

Segundo o Gênesis o surgimento da Sexualidade se dá junto com a Conjugalidade, ou seja, no momento em que Deus institui o primeiro casamento entre Adão e Eva. A Sexualidade surge como ingrediente fundamental na coesão e conhecimento mútuo do casal. Surge como energia e força mobilizadora de união e identificação. Existe toda uma química favorável a esse encontro, e seu despertamento deveria se dar em função do outro. “Isso significa que Deus planejou o aspecto físico do ato sexual como parte da intimidade total do coração e da mente, que é o casamento.” [5] No ato masturbatório o indivíduo deixa de ter a premissa básica – o outro. Desta forma, contrariando o princípio bíblico, a masturbação decorre de desejos egocêntricos. De fato, alguns indivíduos dados à masturbação têm sérias dificuldades de relacionarem-se com o sexo oposto, dificuldades de controlar os impulsos sexuais necessitando desta prática como alivio a tensão sexual.

Outra forma de vermos a questão se dá no plano mental específico – o da fantasia. Para que o individuo consiga estimular-se manualmente e chegar ao gozo é fundamental que recorra a fantasias (cenas, imagens, sons) que lhe introduzam no clima sexual, sem o qual não chegará ao ápice. Podemos facilmente entender essa lógica, imaginando alguém (normal) se masturbando e cantando um hino religioso (se isso for possível), se conseguirá se satisfazer sexualmente ou não? Muito provavelmente não. O ensino bíblico deixa claro que o pecado contra o sétimo mandamento (“não adulterarás”) se dá inicialmente na mente, com a cobiça do (a) outro (a) que lhe não pertence. Na maioria dos casos a masturbação executa este papel. O problema não está na fantasia, no ato sexual entre duas pessoas a fantasia deve estar presente, a questão é que mais uma vez o outro não existe.

Citações de EG White sobre a Masturbação

"Algumas crianças começam a prática da masturbação na infância; e ao avançarem em anos, as paixões concupiscentes crescem com o seu crescimento e fortalecem-se com a sua força. Não têm mente tranqüila. Seu comportamento não é reservado e modesto. São ousados e atrevidos, e permitem-se liberdades indecentes. O hábito da masturbação degradou-lhes a mente e manchou-lhes a alma." Testimonies, vol. 2, pág. 481.

"O efeito de tão degradantes hábitos não é o mesmo em todas as mentes. Existem crianças que têm as faculdades morais muito desenvolvidas e que, associando-se com crianças que praticam a masturbação, tornam-se iniciadas no vício. Sobre esses, o efeito será freqüentemente torná-los melancólicos, irritadiços e desconfiados; esses, entretanto, podem não perder o respeito pelo culto religioso, e talvez não demonstrem especial deslealdade com respeito às coisas espirituais. Por vezes sofrerão intensamente com sentimentos de remorso, julgando-se degradados aos próprios olhos, perdendo seu respeito próprio." Testimonies, vol. 2, pág. 392.

"Nas pessoas viciadas no hábito da masturbação é impossível despertar-lhes as sensibilidades morais para apreciarem as coisas eternas, ou deleitar-se em exercícios espirituais. Pensamentos impuros tomam e controlam a imaginação e fascinam a mente, e segue-se um quase incontrolável desejo para a prática de atos impuros. Se a mente fosse educada a contemplar assuntos elevados, a imaginação ensinada a refletir sobre coisas puras e santas, ela seria fortalecida contra esse vício terrível, degradante, destruidor do espírito e do corpo. Seria, pela disciplina, acostumada a demorar-se nas coisas elevadas, celestiais, puras e sagradas, e não poderia ser atraída para esse vício torpe, corrupto e vil." Testimonies, vol. 2, pág. 470.

"Alguns que fazem alta profissão de fé, não compreendem o pecado da masturbação e seus seguros resultados. O hábito longamente arraigado lhes tem cegado o entendimento. Eles não avaliam a excessiva malignidade deste degradante pecado." Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 257.

"A masturbação destrói as boas resoluções, o esforço fervoroso, e a força de vontade para formar um bom caráter religioso. Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que significa ser cristão sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões não podem ser seguidores de Cristo." Testimonies, vol. 2, pág. 392.

Concluindo...

Vivemos num mundo em que a Individualidade e o Individualismo são exaltados nos quatro cantos. A mídia direta ou indiretamente reforça o direito individual sobre o coletivo, o melhor exemplo disso é a internet que hoje cria situações virtuais de interação onde os atores relacionam-se com personagens fictícios. A exaltação descomedida do prazer pelo prazer invade todos os recantos da sociedade. Neste contexto a discussão sobre a masturbação se estabelece bem maior que o ato em si, e sim num contexto em que as variáveis como autruismo, cooperação, temperança e mutualidade se contrapõem ao egoísmo, hedonismo e competitividade.

Parte de texto encontrado no Blog de Psicologia e Sexualidade
O texto na Integra va ao endereço: http://virgilionascimento.blogspot.com/2007/04/vicio-solitrio.html

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