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terça-feira, 9 de junho de 2009

Desmond Tutu endossa pastores homossexuais na Igreja Presbiteriana da Escócia

Hilary White

EDINBURGO, ESCÓCIA, 29 de maio de 2009 (LifeSiteNews.com) — O arcebispo Desmond Tutu apoiou a decisão da Igreja da Escócia de nomear um homossexual abertamente praticante para o ministério. A Assembléia Geral da Igreja da Escócia, conhecida como Kirk, num voto sábado de 326 a 267 confirmou a nomeação de Scott Rennie, um homossexual abertamente praticante, como pastor na Igreja Queen’s Cross em Aberdeen.

Na quarta-feira, Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz e bispo anglicano emérito da Cidade do Cabo, em seu discurso na Assembléia Geral, disse que ele ficou estupefato que as igrejas estejam debatendo “quem vai para a cama com quem” quando pessoas estão morrendo de fome, AIDS e em guerras.

Rennie disse para a BBC domingo a noite que ele não achava que esse voto é o “fim da discussão” dentro da Igreja da Escócia. “A Igreja está numa viagem de descoberta, de conversação um com o outro sobre homossexualidade”.

A Assembléia Geral mais tarde votou por uma moratória de dois anos em quaisquer outras ordenações de pastores homossexuais e concordou em não discutir a questão publicamente durante esse tempo.

Tutu comparou a ordenação de homossexuais à ordenação de mulheres na Comunhão Anglicana, dizendo: “Eu acharia impossível ficar parado quando pessoas estão sendo perseguidas por algo sobre o qual elas nada podem fazer — sua orientação sexual”.

O caso de Scott Rennie é semelhante ao caso de Gene Robinson, bispo episcopal americano cuja confirmação como bispo de New Hampshire foi o ponto de partida para a crise em andamento na Comunhão Anglicana Mundial. Robinson tinha naquele ponto sido casado e pai de dois filhos. Rennie também esteve casado durante cinco anos e teve uma filha. Ruth e Scott Rennie se separaram e se divorciaram e Scott Rennie está agora num relacionamento atual com outro homem.

Ruth Rennie disse para o jornal Scotsman que aqueles que se opuseram à eleição de seu ex-marido como pastor da Igreja Queen’s Cross “não têm compaixão” “Em seu ministério”, disse ela, “Scott é por natureza uma pessoa sensível e caridosa, e o que ele tem enfrentado provavelmente o tornou um pastor ainda melhor”.

Em 2008, depois que Scott Rennie disse para a congregação de Queen’s Cross que ele é um homossexual praticante que vive com outro homem, eles o elegeram como seu pastor por 140 votos a 28. Essa seleção foi mais tarde sustentada pelo Presbitério de Aberdeen por 60 votos a 24. Isso fez de Rennie o primeiro pastor abertamente praticante a ser confirmado na Kirk.

A decisão, porém, foi posteriormente contestada por um grupo de 12 pastores e presbíteros em Aberdeen e a questão foi adiada para a Assembléia Geral deste ano, o tribunal mais elevado da igreja e seu órgão governante, que se reuniu de 21 a 27 de maio.

Como com as principais denominações protestantes, a Kirk está experimentando profundas divisões sobre a questão da homossexualidade. Em 1994, um relatório do Conselho Doutrinário da Kirk concluiu: “Casais que coabitam, quer heterossexuais ou homossexuais, podem muito bem demonstrar todas as marcas de uma parceria de compromisso, amor e fidelidade e não devem ser vistos como em estado de pecado”.

Original em Inglês
Tradução: Julio Severo

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