Abdelmassih, um dos mais renomados especialistas em reprodução assistida do Brasil, com um luxuoso escritório na Avenida Brasil, chegou a ficar preso de 17 de agosto a 24 de dezembro de 2009. O então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu ao médico o direito de responder o processo em liberdade. Por causa dessa liminar, que ainda não tem uma decisão definitiva, o condenado poderá aguardar em liberdade.
Mais de 200 pessoas foram ouvidas no processo. Entre elas, há 130 testemunhas de defesa e 35 mulheres que dizem ter sido atacadas dentro da clínica do médico. Algumas afirmam que sofreram mais de um abuso sexual. Em interrogatório à Justiça, o médico teria negado os abusos e dito que apenas dava beijos no rosto das pacientes. Segundo ele, o cumprimento afetuoso é uma característica familiar, sem qualquer outra intenção.
Primeiras denúncias
As primeiras denúncias de pacientes foram feitas no início de 2008. Policiais civis e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) começaram a investigação. Com a divulgação das denúncias, outras supostas vítimas entraram em contato com o Ministério Público e a polícia para relatar abusos.
Abdelmassih foi indiciado em junho de 2009 por estupro e atentado violento ao pudor. A prisão dele, decretada pela 16ª Vara Criminal da capital paulista, foi revogada pelo STF.
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