Nesta terça-feira, o ambiente era de paradoxos emocionais e confrontos de opiniões que chegaram ao bate-boca. Enquanto a platéia do VIII Seminário LGTB se emocionava às lágrimas diante do depoimento da mãe de Alexandre Ivo, morto por espancamento, vítima de ataque homofóbico, no plenário da Câmara deputados se revesavam na tribuna para atacar o chamado kit-gay - o conjunto de cartilhas e vídeos propostos pelo Ministério da Educação que será distribuído nas escolas com o objetivo de combater a discriminação contra homossexuais.
O deputado Antony Garotinho (PR/RJ) chegou a propor que a Câmara não vote mais nada até que o Mec retire a proposta do kit-gay. Houve deputado que ameaçou mandar prender o professor que entregasse para sua filha estudante o material.
O deputado Miro Teixeira (PDT/RJ) chegou a propor que o kit fosse exibido no intervalo da sessão para que os deputados tomassem conhecimento do conteúdo.
Cogitou-se até promover uma Comissão Geral sobre o tema. O debate virou bate-boca entre Bolsonaro (PP/RJ) e Chico Alencar (PSOL/RJ). "Mentira! Mentira! " - gritou o segundo, interrompendo bruscamente o pronunciamento de Bolsonaro, que acusava o material de promover práticas sexuais.
A deputada Rose de Freitas (PMDB/ES), que presidia a sessão no lugar de Marco Maia, teve de interromper a discusão e impor o início da Ordem do Dia. Antes chegou a pedir calma ao deputado Bolsorano: "Assim o senhor pode até passar mal!"
Sganoticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário