O cinema já mostrou várias cenas horripilantes de personagens sendo expostos ao vácuo. Veja um caso real de alguém que sobreviveu.
É assim que vemos no cinema, os fluidos corporais borbulham e a pessoa quase explode com a pressão interna não encontrando resistência diante da pressão externa praticamente nula.
As cenas a seguir são do filme O Vingador do Futuro quando os protagonistas ficam subitamente expostos à atmosfera marciana.
Mas houve um caso que um homem ficou realmente exposto à ausencia de pressão atmosférica. Essa pessoa, que aparece no filme a seguir, é Jim LeBlanc. Técnico da NASA que testava um traje espacial da missão Apollo (que levou o primeiro homem à Lua) em uma câmara de vácuo.
Tudo aconteceu em 14 de dezembro de 1966, no Manned Space Center (MSC), atualmente Johnson Space Center, em Houston, Texas.
Tudo aconteceu em 14 de dezembro de 1966, no Manned Space Center (MSC), atualmente Johnson Space Center, em Houston, Texas.
No vídeo, Jim aparece dizendo que se sentia bem no vácuo fabricado (na verdade, ele estava em uma pressão atmosférica equivalente ao que é encontrado a 46.000 m (150.000 pés) de altitude) até que um tubo que estava pressurizando sua roupa se desprendeu.
Com Jim prestes a morrer devido a despressurização de seu traje - a pressão da roupa caiu de 3,8 psi para 0,1 psi em 10 segundos - Clifford W. Hess, o cientista condutor do teste, imediatamente ordenou que colocassem a câmara com a pressão do nível do mar, tentado fazer em um minuto o que normalmente levaria cerca de meia hora.
Com Jim prestes a morrer devido a despressurização de seu traje - a pressão da roupa caiu de 3,8 psi para 0,1 psi em 10 segundos - Clifford W. Hess, o cientista condutor do teste, imediatamente ordenou que colocassem a câmara com a pressão do nível do mar, tentado fazer em um minuto o que normalmente levaria cerca de meia hora.
Mesmo a 15.000 m (50.000 pés) a perda de pressão do traje pode resultar em danos em órgãos internos podendo levar a óbito em poucos minutos.
Jim relata que enquanto perdia o equilíbrio sentia que em sua boca a saliva começava a borbulhar. Pouco antes de ficar inconsciente.
A repressurização se iniciou 10 segundos após a falha e 17 segundos após seu início a pressão era compatível com 27000 pés (8200 metros). Nesse momento Henry adentrou à câmara e soltou a braçadeira do anel que prendia a luva do traje de Jim para permitir que o ar entrasse e o reanimasse.
Ao atingir a pressão do nível do mar é que os médicos puderam entrar para ajudar Jim que a essa altura, sem trocadilho, já estava consciente.
A história oficial pode ser lida no jornal da época Space News RoundUp, na página 3, acessado em http://www.jsc.nasa.gov/history/roundups/issues/67-01-06.pdf
Jim relata que enquanto perdia o equilíbrio sentia que em sua boca a saliva começava a borbulhar. Pouco antes de ficar inconsciente.
Eu notei que o traje começou a perder pressão e olhei para o mostrador e vi que estava em 2,5 (psi). Minha visão ficou confusa e eu tropecei para trás.
Jim LeBlanc. Técnico voluntário para testes da NASA em 1966Henry Rotter, que estava em uma câmara adjacente, observava as ações de Jim quando ouviu pelo intercomunicador que a pressão do traje de Jim despencara. Imediatamente Henry começou a se preparar para entrar na câmara de Jim.
Assim que eu tropecei para trás. Eu senti a saliva em minha língua começar a borbulhar.
Jim LeBlanc
A repressurização se iniciou 10 segundos após a falha e 17 segundos após seu início a pressão era compatível com 27000 pés (8200 metros). Nesse momento Henry adentrou à câmara e soltou a braçadeira do anel que prendia a luva do traje de Jim para permitir que o ar entrasse e o reanimasse.
Ao atingir a pressão do nível do mar é que os médicos puderam entrar para ajudar Jim que a essa altura, sem trocadilho, já estava consciente.
A história oficial pode ser lida no jornal da época Space News RoundUp, na página 3, acessado em http://www.jsc.nasa.gov/history/roundups/issues/67-01-06.pdf
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