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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Rússia, China e os países do Golfo tem negociado em segredo o abando do dólar

Os rumores vêm de muito longe, nesta terça-feira. O jornal britânico The Independent confirmaram as piores previsões sobre o futuro do dólar.

Segundo o documento, as principais autoridades econômicas da Rússia, China, Japão, França, Brasil e países do Golfo Pérsico realizaram várias reuniões secretas, a fim de abandonar o dólar como moeda em seu comércio de petróleo.


O plano foi confirmado tanto por parte dos países árabes como por fontes bancárias da China em Hong Kong. Essa transição extraordinária monetária, tem até 2018, um prazo de nove anos para se concretizar.

Os chamados petrodólares seria substituída por uma cesta de moedas como o iene japonês, o yuan chinês, o euro, o ouro e uma nova moeda comum entre os países do Golfo (Arábia Saudita, Abu Dhabi, Kuwait e Qatar).

Os países membros do Conselho de Cooperação do Golfo aprovou a criação de uma moeda única independente, até 2010, durante a sua reunião anual, realizada em Janeiro passado em Omã. Por quê? A inflação alta é a causa do declínio do dólar.

O chefe do banco central da Arábia Saudita, Muhammad al-Jasser, negou categoricamente a informação publicada pelo The Independent. Ele negou que seu país tem mantido essas reuniões secretas. No entanto, ele se recusou a responder claramente se a Arábia Saudita tem a intenção de abandonar o dólar nas suas transacções internacionais de petróleo.

O ponto é que, no início de 2008, o cartel do petróleo (Opep) alertou que os E.U. poderia abandonar os preços do petróleo em dólares para fazê-lo em euros ou outras moedas durante a próxima década. A forte depreciação que o dólar tem sofrido nos últimos tempos, sendo ele referencia mundial, tem prejudicado esses países na negociação do petróleo bruto no mercado internacional.

A Venezuela e o Irã tem pressionado esta mudança.
Na verdade, o Irã decidiu no mês passado substituir o dólar pelo euro em suas vendas de petróleo. Se o abandono do dólar se estender a outras grandes potências, o dólar é ameaçado de tornar-se lixo dos E.U. porque poderia alimentar a inflação em os E.U..

Entretanto, tanto a Rússia como a China e o Brasil têm afirmado repetidamente nos últimos meses a necessidade de substituir o dólar por uma moeda de reserva na Nova Ordem Mundial, composta por uma cesta de moedas. Depois da pressão repetida desses poderes, a ONU propôs há poucos dias a reforma do sistema monetário internacional, um novo Bretton Woods para substituir a hegemonia do dólar.

Nesse sentido, o presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, disse na semana passada que as instituições de Bretton Woods estão "desatualizadas" e, como conseqüência, o monopólio do dólar como moeda de reserva pode ter seus dias contados.


As autoridades dos E.U. estão cientes de que estas reuniões foram realizadas, segundo o The Independent. Uma aliança internacional contra o dólar ameaça exacerbar as divisões entre a China e E.U. em termos de influência das duas potências no petróleo do Golfo Pérsico.

A transição da moeda no comércio de petróleo poderia muito bem ser de ouro, de acordo com fontes do setor bancário chinês. China importa 60% do petróleo que consome, e a maioria são provenientes do Oriente Médio e Rússia. Além disso, nos últimos meses, o regime de Pequim assinou vários acordos comerciais com a Venezuela e Iran, envolvendo petróleo e gás.

Além disso, as exportações chinesas para o Oriente Médio já respondem por pelo menos 10% do total das importações de todos os países da região, incluindo uma vasta gama de produtos, desde carros, armas, alimentos, vestuário, até bonecas.


A China é também o maior credor E.U. e o titular das principais reservas de dólares (quase 2 bilhões). O receio das autoridades chinesas é que as medidas extraordinárias tomadas pelo governo dos E.U. produza maior depreciação do dólar, que, sem dúvida, afetariam a rentabilidade dos ativos A grande parte da riqueza chinesa está vinculada ao dólar.

Desde os acordos de Bretton Woods, após a II Guerra Mundial, o dólar tem exercido a sua hegemonia como moeda de reserva mundial de excelência.


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