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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Marcelo, cão do ano de 2009

O quanto uma deficiência física pode limitar um animal? Se você respondeu ‘muito’, precisa conhecer o lhasa-apso Marcelo. Sem controle de movimentos das patas traseiras, ele é um exemplo de superação. Corre, brinca, sobe e desce escadas. Tudo com a ajuda de uma cadeirinha de rodas. Tanta vontade não podia dar em outra. O cãozinho conquistou o coração de quem visitou o site da Gazeta do Povo e faturou o concurso sensação do mundo animal. Ele foi eleito o Cachorro do Ano 2009.

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Mas a tarefa não foi fácil. Para chegar ao topo do pódio, o pequenino de pelagem farta, que recebeu o nome em homenagem ao cantor Marcelo D2 (que também já foi adepto da cabeleira), teve de superar todos os mais de 4,5 mil inscritos. Em um concurso difícil, mais competitivo pelas novas regras, o campeão recebeu mais de 2 mil votos na fase final, para a alegria de sua dona, a costureira de Curitiba Nilza Arruda. “Só de ele chegar às finais fiquei muito emocionada”, diz ela

Mas o destino nem sempre foi generoso com o novo campeão. Antes de alegrar o lar de Nilza, Marcelo foi encontrado pela costureira abandonado perto dos trapiches da cidade de Paranaguá, no Litoral paranaense. Sem movimentar as patas traseiras, o animal estava doente e com muitas feridas. “Ele era um cachorro muito feio. Estava todo machucado, pois precisava se arrastar para andar. Estava cheio de bichos e com o pelo todo embolado”, conta a dona.

Nilza não pensou duas vezes: recolheu o cão. “Como minha mãe mora na cidade, levei-o até a casa dela. Lá fiz os primeiros curativos”, diz. Porém, o que era para ser apenas um cuidado emergencial, virou uma história de afeto. A costureira não aceitou a ideia de soltá-lo na rua novamente. Decidiu levá-lo para a sua casa, a 100 quilômetros dali. “Tinha planejado voltar para Curitiba de ônibus, mas por causa dele, tivemos de pagar R$ 200 em um táxi.”

Já na capital, o lhasa-apso precisava de mais cuidados veterinários. Foi aí que a dona entrou em contato com a funcionária pública Joice Scheleski, protetora de animais de Curitiba. Juntas, as duas conseguiram levantar verbas para o tratamento do pequeno. “Ele ainda estava com anemia, mas conseguimos revertê-la. Só a falta de movimento nas patas é que não foi possível curar”, diz Nilza.

Para esse problema, Marcelo contou novamente com a solidariedade. Com a ajuda de pessoas que nem mesmo o conheciam, a dona conseguiu arrecadar dinheiro para comprar uma cadeira de rodas, feita sob medida para a sua estrutura física.

Via Gazeta do Povo

Mas não pense que a falta de movimentos é um empecilho na vida do campeão. Quem vê Marcelo em meio a seus 15 irmãozinhos – isso mesmo, Nilza tem 16 cães de várias raças e tamanhos – percebe que o pet não é de se intimidar. Ele sobe e desce as escadas de sua casa. Pula, brinca e briga. Com a ajuda de sua cadeira de rodas, age exatamente como qualquer outro cão. “Às vezes ele é mais agitado do que os outros. É muito brincalhão e não para quieto um minuto”, diz a dona.

Dificuldades? Quase nenhuma. As limitações na vida do cãozinho ficam restritas apenas a alguns momentos. Marcelo não pode controlar a urina e as fezes. “Isso é a única coisa que demonstra que ele tem uma deficiência. No mais, até esquecemos disso.”
A conquista de Marcelo foi mesmo digna de campeões. Uma virada surpreendente nos dias finais de votação garantiram o troféu para o lhasa-apso que encontrou em Curitiba um lar e o carinho de um dono. Ao fim da primeira fase de votações, em que todos os inscritos participavam, ele chegou em quarto lugar.

Nos primeiros dias da final entre os 30 mais votados, Marcelo dava sinais de que iria levar para casa apenas o bronze. A corrida estava mesmo entre Pildas e Vitor, outro SRD que agitou a disputa. Pildas liderou boa parte do tempo, mas após uma campanha forte da ONG Amigo Animal, Vitor assumiu a liderança a partir da metade da disputa.

Nos últimos dois dias de votação, no entanto, a surpresa: Marcelo tomou as rédeas da decisão. Fruto de uma campanha massiva de sua dona e de protetoras de animais. “Eu pedia para as pessoas votarem e eles faziam o mesmo. Por isso conseguimos esse resultado”, afirma a sua dona. Deu certo, o lhasa-apso levou o título de campeão com 2.144 votos. Vitor ficou em segundo, com 1.949 e Pildas garantiu a medalha de bronze, com 972 votos.

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