Rio de Janeiro - Duas manifestações, uma de celebração e outra de repúdio, marcaram o aniversário de 45 anos do golpe de 64 no Rio de Janeiro. No Salão Nobre do Clube Militar, no quinto andar, mais de 200 militares, inclusive o chefe do Comando Militar do Leste, general Rui Catão, assistiram a palestra de elogio do crescimento econômico do Brasil durante a ditadura e aplaudiram com entusiasmo a inauguração de placas com os nomes das 126 vítimas oficiais da guerrilha brasileira.
Na porta da entidade, na Avenida Rio Branco, estudantes exigiram a abertura dos arquivos militares, onde estariam informações sobre os mais de 100 desaparecidos políticos no período, sob o olhar tenso de soldados da Polícia do Exército e da PM. Antes da solenidade, jovens do autodenominado Coletivo de Sabotagens Libertárias, maquiados como torturados, recepcionaram os militares com megafone, no qual uma das ativistas citava os nomes de mortos durante o regime militar. Mais tarde, na saída, houve tensão quando estudantes liderados pela União Estadual de Estudantes (UEE) e da União da Juventude Socialista (UJS) gritaram palavras de ordem pedindo a abertura dos arquivos.
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