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segunda-feira, 30 de março de 2009

Imagens mostram pânico de motoristas no ataque de supostos traficantes


Imagens inéditas obtidas pelo Fantástico, feitas por um morador do Humaitá, na Zona Sul do Rio, mostram o desespero de motoristas na última quarta-feira (25), depois que, segundo a polícia, traficantes da Rocinha, em São Conrado, fracassaram na tentativa de controlar os pontos de vendas de droga na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana.

Da noite de sábado(22) a quinta-feira(26), os confrontos nos morros da Zona Sul, envolvendo duas facções de criminosos, policiais civis e militares, fizeram oito mortes.

Um dos momentos mais dramáticos, segundo relato das testemunhas, foi a prisão no bairro do Humaitá de um grupo de supostos traficantes que, encurralados na mata, procuravam fugir fazendo reféns trabalhadores na obra de um prédio no Humaitá.

“Quando eu vi pela janela, já tinha uns dois ou três policiais na rua em direção de uma obra que fica no final da rua. Os policiais estavam indo com cautela, de fuzil empunhado na mão, procurando, vendo, olhando para todos os lados. Eu vi que ia acontecer alguma coisa. Foi aí que eu peguei a máquina e comecei a filmar”, conta o morador que fez as imagens.

Desde o início da ofensiva dos supostos traficantes da Rocinha na Ladeira das Tabajaras até a intervenção policial, foram dias de tensão em quatro bairros que se interligam por morros tomados por favelas: Humaitá, Copacabana, Lagoa e Jardim Botânico, onde um apartamento foi atingido por uma bala perdida a um quilômetro da zona de conflito, além do ruído provocado pela troca de tiros.

5 mortes em Copa, 3 na Rocinha

Em Copacabana, a guerra entre as duas facções e a ação policial, na quarta-feira, deixaram cinco suspeitos mortos. Um favela e quatro mortes depois do confronto entre os invasores e a Polícia Militar numa das esquinas mais movimentadas de Copacabana.

“Logo que começou o tiroteio, eu coloquei a câmera na janela. A gente pode ver os policiais correndo em direção aonde estava acontecendo. As pessoas começam a perceber que está havendo um tiroteio e começam a pegar uma rua que é contramão. Algumas dão ré e pegam a contramão para fugir do tiroteio”, conta o morador.

Polícia descobre laboratórios

A Polícia Civil aproveitou o enfraquecimento da quadrilha que controla o tráfico na Rocinha para fazer uma operação na favela. Uma tonelada de maconha foi apreendida e dois laboratórios de refino de droga foram descobertos.

O delegado da Core – a Coordenadora de Recursos Especiais -, Rodrigo Oliveira, chamou a atenção para uma novidade:

“Pela primeira vez, a gente se deparou com um estabelecimento que era confeccionado e preparado para o tratamento de arma de fogo. Era uma oficina específica para cuidar de armas de fogo”, afirmou.

As armas encontradas são de fabricação estrangeira, segundo Rodrigo Oliveira: “As armas que são apreendidas pela polícia raramente a gente encontra arma de procedência nacional. O traficante de drogas aqui do nosso estado não tem ainda a capacidade de fazer um contato no exterior direto em países que não sejam fronteiriços”, acrescentou o delegado Rodrigo Oliveira.

Procedente do Paraguai, do Uruguai, da Argentina da Bolívia, o armamento é, em geral, trazido para o país em carros de passeio. Segundo a polícia, as preferidas são os fuzis Sig Sauer, fabricado por um grupo de empresas suíças, alemãs e americanas, e HK G3, da Alemanha. Os traficantes pagam R$ 40 mil por cada fuzil.

Eles também conseguem comprar armas de calibre ponto 30, que têm poder para derrubar aeronaves. Elas custam R$ 80 mil nas favelas. Para o delegado da Core, os traficantes cariocas são bem armados.

“Hoje a principal função da polícia é tentar buscar essas armas, seja por guerra entre as próprias facções, seja pelo enfrentamento com a polícia”, disse o delegado Rodrigo Oliveira


G1

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