O ano de 2008 foi um dos mais custosos da história em termos de catástrofes, afirma o estudo Sigma 2008, divulgado terça-feira (17) pela empresa suíça de resseguros Swiss Re.
As catástrofes causaram a morte de 240.500 pessoas no ano passado, a maioria na Ásia, onde ciclones tropicais, furacões e um terremoto na China provocaram a morte de 228.400 pessoas.
O terremoto da China
Em maio de 2008, no terremoto que devastou a província de Sichuan, morreram 87.400 pessoas. Essa catástrofe causou prejuízos materiais avaliados em 124 bilhões de dólares. A China já havia sido atingida em janeiro por chuvas de inverno que provocaram estragos de 1,3 bilhão de dólares.
Na Birmânia, o ciclone Nargis causou 138 mil vítimas. Nas Filipinas, 1.400 morreram na passagem do furacão Fengshen, 800 delas a bordo de um navio.
Estados Unidos na tormenta
Nos Estados Unidos, os furacões Ike e Gustav provocaram danos avaliados em 20 bilhões e 4 bilhões de dólares, respectivamente, sobretudo em plataformas de petróleo marítimas. Tempestades de vendavais provaram ainda perdas de US$ 2,3 bilhões.
A Europa também não foi poupada pelas más condições meteorológicas, principalmente no primeiro semestre de 2008. As tempestades invernais Emma e Hilal causaram prejuízos de US$ 2,3 bilhões.
Ano recorde
Das 311 catástrofes ocorridas no ano passado, 137 são consideradas como naturais e 174 como catástrofes técnicas, como incêndios e poluições de rios e mares. As perdas econômicas no ano passado foram as mais elevadas desde 2005, ano em que diversos furacões causaram prejuízos de 262 bilhões de dólares de prejuízos.
Nesse estudo, a Swiss Re insiste no impacto sobre o setor dos seguros causado pelas catástrofes naturais devido à evolução rápida da economia na região Ásia-Pacífico.
Com seu forte crescimento econômico, a China está recuperando seu atraso no setor, se comparada ao Japão e à Austrália. No entanto, a empresa suíça sublinha que, na Ásia, as pessoas físicas, as empresas e os Estados ainda devem assumir os custos dos prejuízos não segurados causados pelas catástrofes.
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