Normalmente, a divulgação dos números do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) é mensal, mas por causa do aumento das chuvas na região amazônica nos últimos meses do ano, que dificulta a visualização dos satélites, o Inpe preferiu agrupar os dados do trimestre no mesmo levantamento.
Minc não comentou o percentual de redução, mas lembrou que nos oito meses anteriores a novembro de 2008, o desmatamento caiu cerca de 40% em relação a 2007. O ministro atribuiu a queda na derrubada da floresta ao aumento das ações da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate e fiscalização, à restrição de crédito a fazendeiros com irregularidades ambientais e a mudanças no decreto que regula a Lei de Crimes Ambientais.
Na avaliação do Minc, a redução do desmatamento ainda não reflete possíveis impactos da crise financeira internacional. "Os especialistas dizem que quando cai o preço das commodities, o reflexo maior acontece seis meses ou oito meses adiante. Um agente econômico mobiliza terra, gente, máquina, caminhão; ele não fica o tempo todo olhando para a Bolsa. Como a crise começou em outubro, os efeitos maiores dela em novas demandas vão se verificar provavelmente em abril, maio, caso isso continue ", comentou.
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