A administração Obama já deixou claro a sua vontade de incrementar consideravelmente as importações do crude brasileiro, o que significaria um afastamento da Venezuela. Várias fontes diplomáticas e governamentais de Brasília confirmaram o interesse do Governo de Lula da Silva em aumentar a presença brasileira no mercado norte-americano, embora isso implique um choque frontal com os interesses venezuelanos.
Tudo isso dependerá da quantidade de crude que a companhia estatal Petrobras conseguir extrair nos próximos anos dos poços profundos encontrados nas costas do Rio de Janeiro e São Paulo, assim como do acordo a celebrar entre Washington e Brasília.
Do total de importações norte-americanas ne hidrocarbonetos, 11% é proveniente da Venezuela. A empresa estatal venezuelana PDVSA não só vende aos Estados Unidos petróleo pesado e extra pesado, mas mantém as suas próprias refinarias em solo americano e uma ampla rede de estações de serviço que distribui os seus derivados.
Para Washington, uma relação comercial estável com a Venezuela no terreno energético é importante, enquanto que para Hugo Chávez representa um encaixe diário de 64 milhões de euros. No entanto, os americanos estão de olho nas novas descobertas brasileiras, no sentido de encontrarem uma nova solução, dado que a instabilidade venezuelana não é positiva e o Brasil poderá tornar-se o aliado ideal na América do Sul.
Recorde-se que a Galp tem uma parceria com a Petrobrás para a exploração de petróleo na costa brasileira.
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