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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Emigrantes, O Retorno

A crise económica toca os romenos que foram procurar trabalho em Espanha. Por conseguinte, os governos de Madrid e de Bucareste decidiram financiar o seu regresso ao país de origem, onde a mão-de-obra escasseia.

Os desempregados romenos em Espanha podem voltar para casa com a ajuda das autoridades romenas e espanholas, a fim de se envolverem em projectos de infra-estruturas locais, como a construção de auto-estradas, num país onde estas se contam pelos dedos de uma mão e em que falta mão-de-obra. Os representantes da Federação das Associações de Romenos na Europa (FADERE) contam oferecer aos cerca de 300.000 desempregados romenos de Espanha [há mais de 700.000 romenos em Espanha] a possibilidade de um plano de regresso ao seu país. O Governo espanhol aceitou o desafio, anunciando o seu acordo em pagar os bilhetes de regresso.

“Não temos medo de um eventual regresso dos romenos, porque, no ano passado, atravessámos uma situação difícil, incapazes de fazer avançar os nossos projectos devido à falta de mão-de-obra”, declarou recentemente o Presidente romeno, Traian Basescu. “Sabemos perfeitamente que a reanimação do crescimento económico levará um ano ou dois.”

A FADERE vai em breve propor medidas concretas ao Governo espanhol. Considera que também as autoridades romenas deveriam acompanhar este regresso com apoios muito concretos à reintegração, como o financiamento de cursos de especialização nos sectores com falta de mão-de-obra ou a isenção de impostos para as empresas que contratem os trabalhadores que regressam.

Outro assunto sensível para os romenos da diáspora é a integração dos filhos nas comunidades de origem. Os representantes da FADERE propõem assim a organização de cursos de língua, de literatura e de cultura romena para as crianças que regressam ao país, nomeadamente as que nasceram fora dele. Desejam igualmente que os períodos durante os quais essas crianças estudaram no estrangeiro sejam reconhecidos e os diplomas validados.

A situação dos romenos de Espanha é complexa. Muitos dos que ficaram sem emprego hesitam entre retornar ao país ou permanecer no desemprego no país de adopção. Actualmente, o subsídio de desemprego que recebem do Governo espanhol, entre 800 e 1.000 euros por mês, é muito maior que o salário que podem vir a ganhar no regresso à Roménia.

Mas não se pode esquecer que estes romenos instalados no estrangeiro são os que mais contribuem para o PIB romeno, apesar de terem enviado para o país apenas 1,9 mil milhões de euros durante o primeiro trimestre de 2009 – uma quebra de 154 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado.


Presseurop

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