O homem que espetou dezenas de agulhas numa criança de dois anos confessou agora em entrevista televisiva que o objetivo era matar o menino como forma de vingança da mãe da criança, com quem vivia. O caso ocorreu em Ibotirama, na Bahia, Brasil. O padrasto foi detido e a criança continua internada com dezenas de agulhas no organismo.
O padrasto afirmou agora, em entrevista concedida na prisão, que achou que iria cometer o crime perfeito. "Eu achava que ninguém ia descobrir, eu tinha certeza. Eu achava que as agulhas iam caminhar pelo corpo do menino e iam matá-lo", afirmou Roberto Lopes.
O homem explicou que queria separar-se da mulher, mãe do menino, para viver com a amante. E confirmou ainda que foi a amante quem deu a ideia das agulhas para que o sofrimento e a morte do menino afligissem a rival. Segundo o padrasto, a amante ajudava ainda a segurar o menino enquanto uma "mãe de santo" invocava forças do além num ritual de magia negra.
"Eu dava-lhe água com vinho e obrigava-o a beber e ele desmaiava. E depois metia-lhe as agulhas. Houve vezes em que pus mais de dez", disse o padrasto. A amante e a "mãe de santo" foram também detidas por cumplicidade, mas negam qualquer envolvimento no crime.
Os agressores esperavam que as marcas das agulhas desaparecessem do corpo do bebê para depois introduzirem outras.
O menino foi submetido no sábado a uma delicada cirurgia para extração das agulhas do coração e dos pulmões, e está se recuperando bem, mas ainda corre risco de vida.
Deverá sofrer uma nova intervenção para retirada de agulhas da bexiga e do intestino.
Entretanto, a polícia investiga um caso semelhante no estado do Maranhão. Um menino também com dois anos apareceu com sete agulhas no corpo e os pais, considerados suspeitos, vão ser interrogados. A criança foi entregue a familiares.
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