Patrick B. Craine
LONDRES, Inglaterra, 11 de dezembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — Logo antes da conferência sobre “mudança climática” em Copenhagen, Dinamarca, neste mês, o Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP) divulgou seu relatório anual Situação da População Mundial 2009, em que se reivindicou a redução da população no interesse do meio-ambiente. O relatório é mais uma confirmação das afirmações feitas por líderes pró-vida de que a atual campanha ambientalista está sendo usada para avançar uma agenda contra a vida.
“O rápido crescimento populacional e industrial levaram a um aumento rápido em emissões de gás estufa”, declara Thoraya Obaid, diretora executiva do FNUAP. “Chegamos agora a um ponto em que a humanidade está se aproximando da beira do desastre”.
O relatório do FNUAP, intitulado Enfrentando um Mundo em Mudança: Mulheres, População e Clima, foi divulgado em 18 de novembro, poucas semanas antes da conferência mundial em Copenhagen. De acordo como Piero A. Tozzi, do C-FAM, o FNUAP usou o relatório para conectar as atuais preocupações do clima com o enfoque do FNUAP em “direitos reprodutivos”.
“Os críticos vêem o relatório como um tentativa sutil de tirar proveito das preocupações ambientais a serviço do controle populacional”, acrescentou Tozzi.
“A universalização do acesso à saúde reprodutiva”, declara o relatório, “ajudaria alcançar objetivos de saúde e desenvolvimento enquanto também contribuiria para a redução da fertilidade, que por sua vez ajudaria a reduzir as emissões do gás estufa em longo prazo” (9).
Tozzi indica que o relatório dá uma “citação favorável” ao secretário de ciência de Obama, John Holdren, que os críticos, diz ele, viram “como indicando abertura para medidas coercivas”. Holdren se descreve como “neo-maltusiano”, que expressou abertura para com radicais políticas de controle populacional, tais como aborto forçado e misturar agentes esterilizantes na água de beber da população.
Apesar disso, o relatório explicitamente critica o controle populacional imposto por governos, reivindicando em vez disso maior “acesso” a serviços de “saúde reprodutiva”, que eles dizem acabarão levando a índices mais baixos de fertilidade.
O controle populacional, diz o relatório, “no sentido de ordens e metas governamentais nos níveis de fertilidade, não tem lugar na moderna elaboração de políticas públicas baseadas em direitos” (67). Eles defendem, por outro lado, políticas públicas que permitam que as mulheres “decidam por si se e quando ter filhos e decidam em boa saúde”.
“As pesquisas demográficas têm demonstrado por décadas que quando as mulheres e seus parceiros tiram vantagem de serviços de planejamento familiar enfocados no cliente, a fertilidade cai”, declara o relatório.
A versão do FNUAP de permitir que as mulheres “decidam por si”, porém, pareceria envolver doutrinação em sua mentalidade abortista e contraceptiva. O relatório observa que tais serviços de “planejamento familiar” têm a especialidade de reduzir a fertilidade quando combinados com “educação para meninas”.
Aliás, em junho, o FNUAP divulgou um novo documento junto com a UNESCO reivindicando educação sexual explícita, que lidaria com sexo, questões “reprodutivas” e “de gênero”, para todas as crianças do mundo acima de cinco anos de idade. O documento pretendia adotar uma “abordagem baseada em direitos”, inclusive “direitos sexuais e reprodutivos” e o “direito e acesso ao aborto seguro”.
O relatório comenta que a conexão entre clima e população foi levantada antes de Copenhagen, apontando especificamente para uma proposta da União Européia “de que as tendências populacionais estão entre os fatores que devem ser levados em consideração ao se estabelecer metas da mitigação do gás estufa” (20).
O controle populacional, aliás, se tornou uma questão importante na conferência de Copenhagen, depois que a delegação da China levantou a questão. De acordo com Zhao Baige, vice-ministro da Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar, “Mudanças populacionais e climáticas estão entrelaçadas, mas a questão populacional tem permanecido um ponto cego quando os países discutem maneiras de mitigar mudanças climáticas e reduzir o aquecimento global”.
O FNUAP tem, aliás, sido cúmplice do regime de controle populacional da China. Novas evidências divulgadas neste verão documentaram as contínuas práticas coercivas que estão ocorrendo nos seis “condados modelos” do FNUAP na China. Essas práticas incluem abortos forçados e prisão de mulheres grávidas.
Veja o relatório Situação da População Mundial de 2009 do FNUAP.Menteconservadora
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