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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Demissões anunciadas por executivo não afetam temporários no Brasil, diz Volks

Segundo a empresa, 16,5 mil cortes afetam terceirizados por agências

O anúncio do corte de 16,5 mil vagas temporárias na montadora Volkswagen em todo o mundo, feito pelo presidente mundial da empresa, Martin Winterkorn, em reportagem divulgada neste sábado (28) pela revista alemã "Der Spiegel", não atingirá os 1,6 mil funcionários da companhia temporários no Brasil, segundo informou a assessoria de imprensa da montadora.

Segundo a Volkswagen, as 16,5 mil demissões a que se refere Winterkorn são de trabalhadores terceirizados por meio de agências, modalidade de contratação que não existe no Brasil. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, não existe nenhuma decisão referente aos temporários no Brasil.

Dos 1,6 mil trabalhadores temporários da Volkswagen no Brasil, 1.000 trabalham na unidade de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, e 600 atuam na unidade de Taubaté, no interior de São Paulo. Os contratos temporários desses trabalhadores, firmados diretamente com a empresa, têm diferentes vencimentos, a maioria deles entre setembro e novembro de 2009.

Embora a empresa não descarte que esses contratos possam ser terminados antes de seu prazo estipulado, a companhia diz que ainda está estudando a evolução do mercado brasileiro ao longo deste ano para determinar o futuro dos funcionários com contrato por tempo determinado. Em janeiro, a Volks dispensou 150 temporários da unidade de Taubaté (SP).

Situação mundial

A Volkswagen vinha evitando, em nível mundial, fazer previsões sobre a redução dos temporários, mas há pouco tempo o diretor financeiro da empresa, Hans Dieter Pitsch, avisou que "teria de se desfazer da maioria se a conjuntura não melhorasse".

Entretanto, segundo Winterkorn, a medida de redução dos temporários tem o objetivo de proteger os funcionários efetivos. "Não é uma boa notícia para os atingidos", disse ele à revista alemã. "Mas não existe nenhum outro caminho a tomar neste momento", ressaltou.

"Com a carga horária de trabalho reduzida, conseguimos não fabricar estoques de carros. E temos uma semana de trabalho de 35 horas que podemos reduzir a 28 horas. Podemos também limitar a produção e garantir a manutenção do pessoal fixo. Para este ano, não vejo nenhum problema", acrescentou Martin Winterkorn.

A VW emprega no total aproximadamente 330 mil pessoas no mundo. No Brasil, a montadora tem 22 mil funcionários.
Na quinta-feira (26), a General Motors do Brasil começou a dispensar 1.633 empregados com contrato temporário de trabalho da unidade de São Caetano do Sul (SP) e colocou em licença remunerada 900 trabalhadores por 30 dias.

Sindicatos

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC afirmou neste sábado (28), por meio da assessoria, que não vê com preocupação com a declaração do presidente mundial da Volkswagen porque vale o acordo firmado entre empresa e sindicato, de que ao término dos contratos será analisada a necessidade de renovação.
Para o sindicato, a declaração foi política, uma vez que a montadora alemã critica o governo do país por ajudar a Opel, ligada a General Motors.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região compartilha da opinião dos metalúrgicos do ABC. "É lógico que tem o peso da declaração do presidente da Volkswagen mundial, mas precisamos antes saber qual o reflexo disso no mundo. O Brasil passa por uma reação no setor automotivo. Em Taubaté tivemos negociação positiva dos contratos temporários. Acho que a economia do Brasil não está sujeita a esse impasse", disse o presidente do sindicato, Isaac do Carmo.

O sindicalista acrescentou ainda crer que a montadora em Taubaté cumprirá o acordo de negociar a renovação dos contratos temporários ao seu término conforme a demanda.

RPC

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