O que restou do choque entre os dois satélites vai ser somado aos 18 mil objetos que já estão em órbita.
Os restos dos dois satélites vão girar em torno da Terra por até 10 mil anos ameaçando muitos outros satélites, afirmou com preocupação Vladimir Solovyov, chefe do Controle de Missão da Rússia.
"Oitocentos quilômetros é uma órbita muito popular, usada por satélites de rastreamento e de comunicações", disse Solovyov. "Até os menores fragmentos representam um perigo para satélites feitos de materiais leves, porque viajam a altíssimas velocidades".
Não se sabe ao certo quantos pedaços de lixo espacial foram gerados por essa colisão. É possível que o choque tenha causado dezenas de milhares de partículas com mais de 1 cm, o suficiente para danificar ou destruir outros satélites.
Autoridades russas e americanas trocam acusações mútuas quanto à responsabilidade pelo acidente.
O problema é grande: existem entre 800 e 1.000 satélites ativos em órbita, além de 17 mil destroços e satélites desativados. O sistema de rastreamento das Forças Armadas americanas não tem recursos para advertir os operadores de satélite de cada possível colisão.
O risco de colisão é avaliado diariamente, mas o satélite norte-americano Iridium 33 que colidiu na última terça-feira, não estava na relação de alerta do dia.
Especialistas devem se reunir esta semana em Viena para discutir e criar novas maneiras de evitar colisões no espaço.
Arte: Modelo criado pela Agência Espacial Européia, ESA, mostra o intenso trânsito de satélites em órbitas de até 1000 quilômetros de altitude.
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