Mesmo contra a postura do presidente do país, Giorgio Napolitano, o Conselho de Ministros decidiu por aprovar o decreto.
A medida prevê que a alimentação e a hidratação não podem, em nenhum caso, serem negadas por sujeitos interessados ou suspensas por quem a assiste.
Pouco antes, Napolitano havia enviado uma carta ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, se declarando contra a aprovação do decreto.
Segundo fontes governistas, o chefe de Estado italiano pediu, no texto, um pronunciamento rápido do Parlamento sobre o "testamento biológico", que é tramitada nessa instância e que, se aprovada, instituirá que a alimentação e a hidratação são formas de sustento vital.
O Executivo havia suspendido a sessão para esperar a carta do presidente. Assim que recebeu o texto, voltou a se reunir para decidir que uma posição, mas não acatou ao pedido do chefe de Estado.
Também hoje a imprensa italiana publicou a notícia de que Berlusconi estaria discutindo com o Vaticano a questão, porém, a informação foi logo desmentida pelo porta-voz da Santa Sé, cardeal Federico Lombardi.
"Desmentimos categoricamente o que foi publicado" sobre "uma suposta conversa entre [o secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio] Bertone e Berlusconi. A notícia é infundada", afirmou em comunicado.
Eluana, em estado vegetativo desde que sofreu um acidente de trânsito, foi transferida esta semana a uma clínica de Udine, nordeste da Itália, onde sua alimentação e hidratação seriam reduzidas progressivamente.
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