Alunos brazucas da Escola Politécnica da USP foram os campeões da SAE Aero Design East Competition, prova internacional de aerodesign disputada na Geórgia, nos EUA.
A equipe brasileira não só conquistou o primeiro lugar na categoria principal do evento, a classe regular, em que protótipos de aeronaves cargueiras são projetados e avaliados em voo, como a equipe Keep Flying também conquistou o troféu de maior carga carregada ao transportar 12,87 quilos.
O time ainda levou a premiação especial da competição, o Nasa Systems Engineering Award, outorgado pela agência espacial norte-americana (NASA) para a equipe que melhor seguiu conceitos de engenharia durante a concepção e o desenvolvimento do projeto. Título inédito para brasileiros.
É a primeira vez também que o prêmio da Nasa, que avalia o gerenciamento dos projetos de uma forma geral, é concedido para uma equipe de fora dos Estados Unidos, o que para nós é motivo de muito orgulho e superaçãoE teve dobradinha no pódio. O segundo lugar na classe regular foi obtido pela equipe Uai Sô Fly, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), (fico imaginando um apresentador anunciando a equipe mineira em inglês: "And now: Why So Fly (Por que voar então?") ficando à frente de equipes de países como EUA, Alemanha, Polônia, Canadá e Índia. E ainda tivemos na classe aberta, o primeiro lugar conquistado por outra equipe brasileira, a EESC USP Open, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP.
Alexandre Kawano, professor do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos da Poli e orientador do projeto vencedor
As três equipes do Brasil participaram da competição internacional depois de terem atingido as melhores colocações na 10ª Competição SAE Brasil AeroDesign, realizada pela Sociedade de Engenheiros de Mobilidade, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Para participar dessas competições é necessário habilidades que vão além das competências ensinadas na universidade. São exigidas habilidades como trabalho em equipe e capacidade de integração de várias disciplinas. É preciso também ter certo espírito de empreendedorismo, uma vez que os projetos exigem muitos recursos financeiros que nem sempre são bancados pelas universidades e agências de fomentoKawano conta que ganhar a competição foi gratificante, ainda mais por conta de a Escola Politécnica da USP não ter um curso específico de engenharia aeronáutica, mas de engenharia mecânica com ênfase em aeronáutica.
Alexandre Kawano
Mesmo assim, competimos de igual para igual com universidades que contam com cursos específicos na área, o que comprova que a engenharia é abrangente e multidisciplinar.Depois de retornar ao Brasil, a Keep Flying fez uma simulação de voo do seu aparelho no túnel de vento atmosférico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O objetivo foi apresentar o protótipo premiado nos EUA para a comunidade científica brasileira. (Inovação Tecnológica)
Alexandre Kawano
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Olá, Vilson!
ResponderExcluirParabéns para os nossos estudantes, eles demonstratam que realmente possuem capacidade de desenvolver projetos complexos de exigem altos conhecimentos, técnicas, preparo e criatividade.
Abraços
Francisco Castro