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quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Torre de Babel e a Europa das cabines de interpretação


Essa Matéria, me fez lembrar algo de Grave que aconteceu uma vez...

A expressão "Torres de Babel", nos leva a imaginar que tudo pode acontecer. Quando as nações e povos se unem, alcançam tal poder que pode ser perigoso. Temos visto os estragos causados quando pessoas que detém o poder o usam de modo errado. Deus, que detém o poder maior, dispersou todo o povo da terra para enfraquecer o poder destrutivo que isso iria causar. Um grande numero de pessoas em um mesmo lugar com a mesma língua, como sabemos, aumentam os crimes, o mal social e as catástrofes parecem parece estar mais presentes. E a dispersão feita por Deus, nos leva a pensar que foi para o bem delas mesmas, protegendo-as. Veja o que Deus disse:
"Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer".

E o homem, hoje, parece estar trilhando o mesmo caminho de antes, abra o jornal, o que lemos? guerras e conflitos em toda parte, pestes e pragas por todos os lados, a Internet transformou o mundo numa pequena vila, pessoas se matam virtualmente. Todos falam com todos onde que que estejam. E isso, me parece, não ser bom e muito perigoso. Será que Deus vai causar Tilt em tudo isso, de novo? Se sim, pode acreditar Ele muitíssimo misericordioso.

Veja O que Deus diz:

E ERA toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal.
E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. (Gn. 11:1 a 8)

A Matéria:

O Parlamento de Estrasburgo (e a Comissão Europeia em Bruxelas) está a utilizando vinte e três línguas de trabalho. A compreensão entre os povos é assegurada pelos intérpretes. Resistentes à tensão, entusiastas, curiosos e, sobretudo, confiantes.
Vinte e sete Estados-membros, com 785 deputados eleitos pelos cidadãos europeus de cinco em cinco anos, trabalham com constância sobre questões cujo impacto sobre a vida dos habitantes da União Europeia é imediato. Exprimir-se na sua própria língua é um dos direitos inalienáveis dos deputados europeus. As línguas oficiais são vinte e três, uma verdadeira cacofonia de Babel, não fosse o pequeno exército discreto e eficaz das pessoas que, quase imateriais e invisíveis, traduzem nas suas cabinas de vidro os discursos dos oradores, à medida que os recebem nos seus auscultadores.

Olga Cosmidou é a diretora-geral dos serviços de interpretação. Com a sua equipe, cabe-lhe, entre outras coisas, recrutar bons intérpretes nos diversos países: "A minha equipa assegura que o direito de cada deputado a exprimir-se na sua língua se concretize, e que o serviço de traduções disponha dos documentos em cada uma das línguas da União. Em comparação, o serviço de tradução das Nações Unidas, com as suas seis línguas oficiais, é uma brincadeira.
Além disso, temos também sistemas combinados: o intérprete estónio, por exemplo, traduz para inglês os discursos do deputado do seu país, que outros traduzem do inglês para outras línguas. A qualidade tem uma grande importância, porque a interpretação é uma cadeia, cuja força depende do seu elo mais fraco. As semanas de sessões plenárias, em Estrasburgo, são tão sobrecarregadas que, entre funcionários e ‘free-lances’, recorremos a quase quatro mil intérpretes.”

A selecção é impiedosa e os padrões são os mais altos do mundo. "Um intérprete deve dominar todos os assuntos sem ser perito no que quer que seja (deve ser mestre em tudo e perito em nada)”, diz sorrindo Rita Silva, responsável, desde 1986, pela Unidade de Programação Central da equipe de intérpretes portugueses. “Devemos estar constantemente informados sobre os assuntos mais variados, susceptíveis de serem abordados no Parlamento.
Acabamos por ficar com uma estranha cultura enciclopédica. Afinal, é a curiosidade intelectual que leva alguém a enveredar por este tipo de carreira. Mas é necessária também uma grande humildade. É necessário estar disposto a admitir erros, porque pode sempre acontecer enganar-se ou compreender mal. Neste caso, pede-se desculpa, solicita-se ao deputado que repita e prossegue-se.”

Sempre que um novo país entra para o Parlamento Europeu, é preciso encontrar novos intérpretes que estejam à altura. Procuram-nos nas universidades, escolas de intérpretes e entre professores de línguas. Anna Grzybowska é a chefe da “cabina polaca” e é também responsável pelas missões no estrangeiro do grupo de intérpretes que entrou com o alargamento a mais dez países, em 2003.

“A entrada da Polónia e outros nove países (República Checa, Estónia, Letónia, Chipre, Lituânia, Hungria, Malta, Eslovénia e Eslováquia) foi, para este organismo vivo que é o Parlamento Europeu, como uma passagem para a adolescência. E sabe-se que, para os pais, esse período nunca é fácil. Lamento que certas pessoas tenham ficado desiludidas, talvez as expectativas fossem demasiado altas. Há muitas coisas que não estão na mão do Parlamento Europeu, que são apenas privilégio dos Estados-membros".

Elisabetta Palmieri começou como “freelance” e, ao fim de vinte anos, conseguiu entrar para o corpo de funcionários, que conta quatrocentos intérpretes. "O nosso trabalho não consiste apenas em traduzir em tempo real o que a pessoa diz, mas tratar do ato de comunicação como um todo, o que é feito frequentemente, para além das palavras, de subentendidos, da dimensão física e do contexto em que o orador pronuncia o seu discurso. É um trabalho cansativo, sobretudo nas sessões plenárias, em que os deputados têm um ‘tempo de palavra’ que vai de um a cinco minutos. E tentam explorá-lo ao máximo. Frequentemente, os discursos são debitados a uma velocidade que é, para nós, um verdadeiro desafio”.

Por vezes, são confrontados com incidentes embaraçosos, como no dia em que Berlusconi chamou “kapo” a Martin Schultz. (
Um kapo era normalmente um prisioneiro escolhido pelos nazistas para supervisionar os internos em campos de concentração, e era geralmente odiado). Susanne Altenberg, da Escola de Intérpretes de Colónia, estava presente em cabina nesse dia. “Vi a minha colega empalidecer e ter de traduzir o insulto lançado a Schultz. Mas são coisas que acontecem. A política acende paixões e, às vezes, os espíritos inflamam-se".

Fonte

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