O resultado é uma dança da morte, na qual o planeta descreve uma espiral que o levará, finalmente, a mergulhar na estrela.
É uma morte lenta, ao menos em termos humanos. O planeta, Wasp-18b, pode ter ainda um milhão de anos pela frente, disse o descobridor do novo mundo, Coel Hellier, astrofísico da Universidade Keele, na Inglaterra. A descrição do planeta suicida está na edição desta semana da revista Nature.
"Ele está causando a própria destruição, ao provocar essas marés", disse Hellier.
A estrela é chamada Wasp-18 e o planeta, Wasp-18b, porque foram ambos descobertos pelo programa Wide Angle Search for Planets (Busca de Ânglo Amplo por Planetas).
O planeta orbita a estrela na constelação da Fênix e está a cerca de 325 anos-luz da Terra, o que significa que está na vizinhança galáctica.
O planeta está a 3 milhões de quilômetros de sua estrela, ou 2% da distância que separa a Terra do Sol. Por conta disso, sua temperatura é de 2.100º C.
Seu tamanho - dez vezes do de Júpiter, que é 11 vezes maior que a Terra - torna sua morte provável, disse Helier.
A descoberta de um planeta suicida é algo tão raro que o astrônomo Douglas Hamilton, da Universidade de Maryland, questiona se não haveria outra explicação para a presença de Wasp-18b. Hamilton diz que é possível que os resultados de alguns cálculos que os astrônomos se acostumaram a usar estejam errados, e que esse planeta seja a prova. A resposta será conhecida dentro de uma década, quando estará claro se o planeta realmente está mergulhando numa espiral suicida.
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