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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Battisti: venceremos no campo e depois na Corte, diz Frattini

ROMA, 30 JAN - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, afirmou nesta sexta-feira que o 'primeiro round' contra o Brasil será em campo, em alusão ao amistoso do próximo dia 10 em Londres, e o 'segundo' será na Suprema Corte brasileira.

"Sou um torcedor da seleção italiana e quero que a Itália vença o Brasil. No segundo round venceremos na Suprema Corte", disse Frattini nesta manhã comentando mais uma vez a polêmica em torno da partida de futebol entre Brasil e Itália, que chegou a ser citada nas repercussões do caso de Cesare Battisti.

Sobre a manifestação italiana, autorizada pelo ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), Frattini disse que pretende juntar ao processo o parecer do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), que havia negado o status de refugiado a Battisti, solicitado pela Itália e condenado nesse país por quatro homicídios cometidos na década de 1970.

"Acredito que juntar às atas com o parecer do Comitê de Refugiados -- que era contra a concessão -- já é um dado significativo, que mostra que o ministro da Justiça brasileiro [Tarso Genro] decidiu sozinho" considerar Battisti um refugiado político, disse o chanceler.

Genro anunciou no último dia 13 sua decisão de conceder status de refugiado a Cesare Battisti. A decisão causou revolta e protestos da Itália devido aos motivos alegados pelo ministro, de que o italiano sofre "fundado temor de perseguição por suas opiniões políticas".

Frattini, que na terça-feira passada chamou para consultas o embaixador italiano no Brasil, Michele Valensise, falou sobre o caso na abertura do ano judiciário na Itália.

Sobre a entrevista de Battisti à imprensa brasileira, na qual afirmou que obteve ajuda dos serviços secretos franceses para fugir para o Brasil, Frattini enfatizou que "a doutrina Mitterrand acabou para sempre", em alusão ao governo francês do presidente François Mitterrand (1981-95), que se recusava a extraditar militantes de esquerda condenados em seus países.

"Neste momento, se Battisti diz que obteve ajuda dos serviços secretos cria uma inútil confusão, porque sabe perfeitamente que não haverá nunca provas de suas declarações", continuou.

"Hoje, a França colabora", isso fica claro com "a contribuição de Paris na prisão de Battisti", recordou o chanceler, que explicou que "o caso de [Marina] Petrella foi resolvido de modo diverso devido suas graves condições de saúde".

Ansa

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