O governo do Rio Grande do Sul fechará o ano com um superávit orçamentário de R$ 300 milhões, algo que só havia conseguido na segunda metade da década passada por conta das privatizações. Desta vez o resultado foi alcançado pela redução de R$ 500 milhões nas despesas de custeio e aumento de R$ 1,3 bilhão, além da meta, na arrecadação.
Os números ainda são uma projeção, mas devem ser confirmados pelo Balanço Geral do Estado, com pequenas variações decorrentes da evolução dos gastos e da receita até o final de dezembro.
Apesar de comemorar o resultado como uma grande conquista, o secretário da Fazenda, Aod Cunha, advertiu que a política de austeridade continua. “Esses recursos servirão como um colchão para amenizar os efeitos da crise mundial nos primeiros meses do próximo ano”, avisou.
Depois disso, se as condições ainda estiverem favoráveis, os servidores da segurança pública receberão reajustes de 8% a 15%, de acordo com uma lei estadual que prevê a destinação de recursos para a área quando houver superávit orçamentário.
Cunha reconheceu que a crise mundial começou a se refletir no resultado da arrecadação de dezembro, que teve uma variação negativa em 3%. Também disse que isso é um indicativo de que os agentes do Estado deverão estar atentos à preservação do ajuste fiscal em 2009.
O secretário revelou ainda que tem conversado com empresários da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) sobre eventuais medidas de contenção de impactos da crise internacional no Estado. Reiterou, no entanto, que o auxílio fundamental que o Estado dará à iniciativa privada serão os investimentos em infra-estrutura, saúde, educação e segurança com recursos próprios, já previstos no orçamento. (AE)
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