Milhares
Zafiri explicou que "no primeiro dia de registro de voluntários para participar de operações de martírio (atentados suicidas) contra o regime sionista (como chamam Israel) e a favor dos inocentes palestinos 7 mil estudantes das universidades de Isfahan se alistaram."
A iniciativa dos estudantes basiyies acontece depois de o líder supremo iraniano, o grande aiatolá Ali Khamenei, apontasse ontem que todos os crentes estão obrigados a "defender o povo indefeso de Gaza" dos ataques israelenses, que já somam 345 mortos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
Zarifi também assinalou que os estudantes basiyies devem se concentrar esta noite, com velas acesas, frente ao escritório diplomático do Egito em Teerã. "Esta concentração se prolongará até as 9h locais (3h30 de Brasília)", explicou Zarifi, quem acrescentou que a intenção dos estudantes é conseguir o fechamento desse escritório.
Os laços diplomáticos entre Irã e Egito se romperam em 1980, depois que o governo egípcio liderado pelo presidente Anwar ao Sadat assinou um acordo de paz com Israel em 1979. Desde 1990, ambos os países mantêm relações pouco amistosas.,
Protestos
As ruas de diversos países muçulmanos foram tomadas nesta segunda-feira, 29, por dezenas de milhares de manifestantes críticos aos ataques aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza, que entraram no terceiro dia. Protestos aconteceram no Líbano, Jordânia, Egito, Iraque e Irã.
Dezenas de milhares de libaneses xiitas se reuniram nesta segunda-feira, 29, na capital do país, para protestar contra a ofensiva aérea de Israel contra a Faixa de Gaza, que já dura três dias. "Morte aos Estados Unidos, morte a Israel", gritaram os manifestantes.
Em Amã, capital da Jordânia, cerca de 20 mil pessoas também protestaram contra os bombardeios. No Cairo, no Egito, cerca de mil pessoas macharam em solidariedade aos palestinos. "Em Gaza hoje nós enfrentamos, como nação islãmica, uma batalhe pelo destino da Paleestina, e não pelo destino do Hamas", declarou o líder do grupo radical xiita Hezbollah, o xeque Nassan Nasrallah. Ao contrário da organização libanesa, o Hamas é sunita.
A massa pediu que o Hamas intensifique os ataques com mísseis artesanais Qassans e com homens-bomba a Israel. "Ó, Hamas, somos seus soldados. Atinja-os com os mísseis al-Qassam e traga os suicidas para Tel Aviv", pediram os muçulmanos. Muitas famílias jordanianas originalmente vem de cidades que hoje formam o território israelense.
No Cairo, ativistas muçulmanos criticaram o governo egípcio, que colaborou com o bloqueio a Gaza nos últimos meses. Os ativistas pediram que o governo do presidente Hosni Mubarak reabra a passagem fronteiriça de Rafah. Alguns movimentos islâmicos vêem governos árabes, principalmente o Egito, como colaboradores dos EUA e de Israel. Também houve protestos em Bagdá, a capital do Iraque.
Estadão
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