Morto por pedir tradução
Jovem somali convertido ao cristianismo é executado por seguranças de um xeique que recusou-se a atender sua solicitação para que cerimônia de casamento celebrada em árabe fosse traduzida para a língua dos locais.
Naquela data, Ahmadey foi convidado para uma cerimônia de casamento, celebrada em árabe, língua não compreendida por nenhum dos presentes, exceto o religioso que conduziu o ato.
Ahmadey pediu então ao celebrante que resumisse a mensagem em somali, língua materna de todas as pessoas que estavam no casamento, inclusive os noivos. O xeique, militante do grupo Al-Shabab, ofendeu-se e tomou uma atitude inusitada – determinou que um de seus guarda-costas silenciasse o rapaz, a quem chamou de apóstata por haver abraçado a fé cristã. Ele foi morto quando saía do local.
A explicação para o injustificável ato é que a língua árabe é considerada sagrada pelos muçulmanos, que acreditam que ela será falada no céu. No entender do religioso, o pedido de Ahmadey foi uma profanação, ainda mais levando-se em conta que a vítima deixara de ser seguidora do Islã. O pastor que discipulava Ahmadey disse que ele foi o primeiro cristão somali no distrito de Agfoye a memorizar todo o livro de Atos dos Apóstolos, seu texto bíblico preferido.
O rapaz é a sexta vítima fatal de extremistas muçulmanos nos últimos nove meses na Somália, segundo a agência missionária Portas Abertas. Localizada às margens do Mar Vermelho, na região conhecida como “Chifre da África”, a Somália é uma nação miserável cuja comunidade cristã, além das péssimas condições de vida, sofre com a perseguição perpetrada por líderes e milícias islâmicas. De acordo com o ranking elaborado por Portas Abertas, o país é o 12º do mundo no índice de perseguição religiosa.
Com informações do site de Portas Abertas Brasil
http://www.cristianismohoje.com.br/
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