Material é leve e flexível, além de absorver impacto da colisão de um veículo
Quem passa distraído não percebe a diferença. É preciso um olhar mais atento para notar os postes da rede elétrica fabricados em fibra de vidro, mais leves e flexíveis, instalados em ruas movimentadas de Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo.
A novidade está em fase de testes na Região Metropolitana e promete reduzir o número de mortes no trânsito, o que já ocorreu em países que adotaram a nova tecnologia, como Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha.
Diferentemente dos postes de concreto e madeira, os de fibra de vidro absorvem o impacto de uma colisão e dificilmente arrebentam. Tantos benefícios, no entanto, têm um preço alto. Cerca de R$ 1,6 mil, contra os R$ 800 a R$ 900 de um poste de concreto, por exemplo.
No país, a empresa fornecedora dos postes, Petrofisa do Brasil, tem sede em Curitiba, no Paraná. Fabricante de tubos e conexões, no final de 2003, por solicitação da Companhia Paranaense de Energia (Copel), desenvolveu em caráter experimental postes de poliéster reforçado com fibra de vidro para a rede elétrica. Mesmo no improviso, a iniciativa deu tão certo que, em um mês, entrou em funcionamento na empresa uma máquina importada para atender especificamente à demanda da fabricação de postes.
No Estado, quem está testando a novidade são as distribuidoras de energia CEEE e AES Sul. A CEEE deve instalar ainda este mês um poste de 11 metros na orla de Torres. Problemas com a maresia levaram a companhia a optar pela fibra de vidro.
- O poste de fibra de vidro nos chamou a atenção pela flexibilidade e durabilidade, mas só com o tempo para podermos avaliar o custo-benefício - argumenta o diretor de Distribuição da CEEE, Rogério Sele da Silva.
A assessoria de imprensa da AES Sul está orientada a não comentar o assunto, por ainda estar em fase de testes. Os três postes cedidos pelo fornecedor à distribuidora foram instalados na Avenida Adão Rodrigues de Oliveira, em Novo Hamburgo, na margem da BR-116.
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