EFE
Madri, 22 out (EFE).- A Espanha precisará de 100 mil imigrantes por ano até 2012 - um total de 400 mil - para ocupar postos de trabalho qualificados, sobretudo em saúde, engenharia e setores tecnológicos como internet, embora a crise econômica deva reduzir o fluxo migratório a menos da metade em três anos.
Estes são dados do 3º Anuário da Comunicação do Imigrante na Espanha, apresentado hoje, que revela que serão necessários pelo menos 430 mil trabalhadores qualificados para manter a competitividade da economia nos próximos cinco anos.
O envelhecimento da população espanhola e os baixos índices de natalidade são alguns dos fatores que resultam no desajuste entre oferta e demanda do mercado de trabalho, diz o estudo.
Durante a apresentação, a secretária de Estado de Imigração e Emigração, Consuelo Rumí, disse que o Governo espanhol orientará suas políticas segundo as necessidades do mercado e destacou que o grande desafio dos espanhóis nos próximos anos será a integração dos trabalhadores imigrantes e de seus descendentes.
"O aumento do desemprego destes meses ajuda necessariamente a concentrar os esforços em satisfazer as demandas com trabalhadores que já se encontram em nosso país, espanhóis ou estrangeiros que têm residência legal", afirmou.
Rumí lembrou que o Governo não estabelece nenhuma cota, mas "mede, avalia e quantifica as demandas dos empregadores e avalia a contratação de espanhóis e estrangeiros procedentes do mercado interno".
O estudo revela que, além dos profissionais de alta formação, o mercado necessita de técnicos de média qualificação em setores como produção, operações e manutenção, e em ofícios manuais qualificados, como eletricistas e soldadores.
A situação econômica prevê a entrada na Espanha de um número entre 250 mil e 300 mil novos imigrantes, uma redução a menos da metade do fluxo migratório dos últimos anos.
O relatório adverte que um saldo migratório negativo levaria a Espanha a "um impacto socioeconômico muito negativo".
O envelhecimento da população é um "fato irreversível na Europa, onde em menos de 10 anos a população com mais de 40 anos será majoritária", destacou o relatório.
Por isso, ele expõe que a Espanha necessitará de uma média de 157 mil novos trabalhadores por ano até 2020.
Além disso, lembra que os jovens espanhóis em idade de entrar no mercado de trabalho cada vez são menos numerosos, passando de 664 mil, em 1991, para 369 mil, em 2007.
Quanto ao nível de formação da população estrangeira, o estudo assinala a imigração está contribuindo para melhorar os recursos humanos da Espanha, tanto por sua idade como sua preparação. EFE
10/22/13-35/08
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