Iniciativa da National Geographic, em parceria com a IBM e Fundação Waitt, o Genografia pretende, em cinco anos, traçar o mapa das migrações humanas, por meio da análise dos genes de 100 mil indígenas espalhados pelos cinco continentes.
“A partir de comunidades indígenas atuais, cujo DNA tem permanecido relativamente inalterado durante gerações, voltamos no tempo para descobrir como se originou a vida na África e como aconteceram as migrações humanas em outros lugares do planeta”, explica Luís Quintana Murci, geneticista que trabalha no Instituto Pasteur, na França.
O projeto já conta com um caixa de 40 milhões dólares, doados pelos participantes.
Metade do dinheiro arrecadado será destinado ao estudo científico das comunidades indígenas, 25% à sua preservação cultural e o restante para que os participantes descubram, mediante a análise de seus genes, quem foram seus ancestrais e que caminhos percorreram mundo afora.
A Genografia divide a Terra em dez grandes regiões. Em cada um delas haverá um laboratório encarregado de processar dados das populações nativas, compilados pelos pesquisadores.
Na Austrália, os cientistas extrairão o DNA de fósseis humanos encontrados em escavações arqueológicas.
Cerca de 80% dos 75.000 inscritos até agora são dos Estados Unidos e Canadá, mas os responsáveis pela iniciativa esperam a adesão de internautas de outros países.
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