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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Vigarista queria vender edifício da ONU e da Embaixada dos EUA em Roma

Um alemão foi detido pela polícia italiana por várias fraudes, entre as quais a tentativa de "venda" dos escritórios da agência da ONU para a Agricultura e Alimentação e o edifício da embaixada dos Estados Unidos em Roma.

A imprensa italiana dá relevo a este assunto, referindo que contra Wolfang Kroll, 57 anos, impendia uma ordem de captura internacional emitida pela justiça alemã por fraude e utilização de falsos documentos.

Na altura da detenção, a polícia descobriu que o vigarista já tinha fechado a venda a uma grande agência imobiliária com sede no Mónaco de dois grandes centros comerciais em Itália, um em Roma e outro em Milão, que nem sequer estavam à venda e pelos quais já tinha embolsado 650 mil euros a título de adiantamento.

Nesta transacção, era dada à imobiliária do Mónaco a opção de compra da sede da da agência da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO) e do edifício da embaixada dos Estados Unidos na capital italiana.

O vigarista alemão fazia-se passar, com falsos documentos, por emissário do Ministério do Interior italiano, responsável pela venda de propriedades do Estado.

Este caso fez recordar em Itália a mítica cena do filme "Tototruffa 62", em que o actor napolitano Totó vende a Fonte de Trevi a um turista dos Estados Unidos.

Em quase todos os países do mundo já surgiram grandes vigaristas ao nível deste alemão Wolfang Kroll, que tentam e por vezes conseguem ludibriar incautos com falsas promessas de venda de acervo imobiliário alheio.

Em Portugal, há quatro dezenas de anos atrás, foi identificado um destes "especialistas" que se dedicava a "vender" carros-eléctricos de Lisboa a pessoas crédulas do interior que passavam por Lisboa, tendo também em agenda a venda do Cristo Rei de Almada.

http://jn.sapo.pt

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