O ministro francês dos Negócios Estrangeiros viajou hoje para as cidades de Kinshasa e Goma, na companhia do seu homólogo britânico David Miliband e do secretário de Estado francês para a Cooperação, Alain Joyandet, para tentar restabelecer um diálogo para a paz.
"É um massacre provavelmente nunca antes visto em África aquilo que está a desenrolar-se à frente dos nossos olhos, com mais um milhão de refugiados, com ataques muitos específicos, mutilações sexuais que fazem parte dos actos de guerra elementares nesta região", disse Kouchner.
"Vamos tentar em Kinshasa, Goma e Kigali (Ruanda) retomar os contactos, que nunca foram completamente quebrados e, em outros locais, tentar dar um primeiro passo para o apaziguamento, seguindo depois para as conversações de paz", explicou o ministro francês.
O reacendimento dos combates em Agosto entre as tropas rebeldes do Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP) e as forças governamentais, numa violação do cessar-fogo acordado em Janeiro, já provocou mais de 50 mil deslocados e cerca de nove mil refugiados, dos quais 2.500 atravessaram a fronteira nos últimos três dias, segundo os dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, hoje divulgados.
Goma, a capital da província de Norte-Kivu, tem sido o principal cenário dos confrontos.
SCA.
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