Técnicas podem desmultiplicar as capacidades de uma rocha, a peridotita, para que possa absorver rapidamente vastas quantidades de dióxido de carbono, principal gás poluente responsável pelo aquecimento da Terra, revela uma investigação de geólogos norte-americanos.
O estudo, conduzido pelo Instituto da Terra da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, demonstra que as jazidas desta rocha - que, em profundidade, reage natural e rapidamente ao contacto do dióxido de carbono - poderão ser usadas através de simples perfurações no solo, onde a rocha se concentra em grandes quantidades, ou pelo método de injecção do gás. No contacto com dióxido de carbono, a peridotita forma minerais sólidos como o calcário e o mármore. A rocha encontra-se à superfície ou perto da superfície do solo, sobretudo em Omã, na Península Arábica. Segundo o geólogo Peter Kelemen, do Instituto da Terra da Universidade de Columbia, será possível "desenvolver um método para capturar e armazenar o dióxido de carbono atmosférico", com baixos custos. A investigação assinala que a peridotita de Omã pode absorver naturalmente entre dez mil a cem mil toneladas de dióxido de carbono por ano. Acelerando artificialmente este processo, a rocha poderá provavelmente absorver quatro mil milhões de toneladas do gás por ano. Anualmente, são produzidos 30 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Grandes jazidas de peridotita podem encontrar-se ainda nas ilhas do Pacífico da Papua-Nova Guiné e da Nova Caledónia, assim como nas costas gregas e na ex-Jugoslávia. Pequenos depósitos são visíveis na região Oeste dos Estados Unidos.
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