"É nosso direito como um povo ocupado nos defender da ocupação por todos os meios possíveis, incluindo ataques suicidas", disse Ayman Taha, um líder do Hamas. A afirmação ocorre dias após o fim de um cessar-fogo de seis meses entre Israel e o Hamas, na sexta-feira. Com isso, aumentou a expectativa sobre uma possível intervenção em larga escala dos militares israelenses na Faixa de Gaza.
O governo de Israel está dividido entre a possibilidade de lançar uma operação militar maciça na Faixa de Gaza ou limitar-se a ataques pontuais. Na reunião de gabinete de domingo, a primeira após o fim da trégua de seis meses com o Hamas, os membros do Executivo culparam-se uns aos outros pela situação. O primeiro-ministro demissionário, Ehud Olmert, rejeitou uma ofensiva de larga escala contra o Hamas, alegando que ela poderia resultar em prejuízos aos dois lados, além de estimular as ações humanitárias em defesa da Faixa de Gaza e atrair críticas contra Israel
Em resposta à crescente pressões para que o governo contenha os ataques de foguetes dos grupos extremistas islâmicos contra o território israelense, o ministro de Gabinete, Isaac Herzog, assegurou que "uma ação em Gaza ocorrerá, e será severa e dolorosa".
Após a reunião, os dois principais candidatos a primeiro-ministro de Israel, na eleição que será realizada em 10 de fevereiro, prometeram derrubar o Hamas. A Ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, do partido Kadima, disse que seu objetivo estratégico será a derrocada do Hamas por meios militares, econômicos e diplomáticos. Seu principal rival, Binyamin Bibi Netanyahu, do direitista Likud, acusou o atual governo de omissão e exigiu uma política de ataque. Desde o fim do cessar-fogo, os militantes palestinos dispararam 50 foguetes contra Israel.
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