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domingo, 14 de dezembro de 2008

Um médico que usa a religião como um caminho de cura

Qual a relação entre as doenças do coração e fatores emocionais e psicológicos?

De acordo com a literatura médica recente, a doença cardiovascular está intrinsecamente relacionada a fatores psicossociais como depressão, ansiedade, estresse e isolamento social. Estudo recente realizado em 52 países (incluindo o Brasil) verificou que dentre as principais causas da doença cardiovascular, ou seja, do infarto do miocárdio, esses fatores estariam em terceiro lugar superados apenas pelas dislipidemias (aumento das gorduras no sangue) e tabagismo. Sabemos que 70% dos pacientes que vêm aos consultórios médicos não têm doença cardíaca, mas sintomas sugestivos que, após exame detalhado, são descartados.

Quem adoece mais: o coração físico ou o coração da alma, dos sentimentos?

Sem dúvida alguma o coração emocional e o espiritual são mais afetados pelas dificuldades do cotidiano, podendo ser a porta de entrada para doenças físicas.

A fé pode curar?

Evidentemente que sim. Existem inúmeros estudos científicos que comprovam esse fato.

O senhor acredita que a medicina pode se tornar menos impessoal e cuidar realmente do ser?

Sem dúvida alguma, e essa é a grande meta da medicina atual que tenta voltar a ser uma ciência humana e não mais exata. Os médicos deixarão de ser máquinas humanas cuidando de outras máquinas. Esse é o consenso e a grande necessidade do mundo atual, extremamente materialista e consumista, onde o ter suplanta o ser e o vazio existencial se torna o grande responsável por inúmeras doenças, inicialmente psíquicas e depois físicas, como ocorre com a depressão, a ansiedade e o pânico.

Na sua concepção, o que é a Síndrome do Pânico e porque ela é tão comum nos dias atuais?

O termo "pânico" vem do grego panikon que deriva do deus mitológico Pã, habitante de bosques e campos e protetor de rebanhos e pastores contra todos os males. Era um ser horrível, da cintura para baixo era um bode peludo e da cintura para cima, humano com enormes chifres. Quando aparecia para os camponeses, sempre de uma forma repentina, ocasionava enorme pavor, surgindo daí o nome pânico, como um terror repentino. Pã teve um templo erguido na cidade de Atenas, em uma praça denominada Ágora, local do mercado onde se reuniam muitas pessoas. Essa é a origem da palavra ágorafobia, inicialmente relacionada ao medo de locais amplos e com muita gente. Foi somente a partir de 1980 que o transtorno do pânico foi reconhecido como um problema específico de ansiedade. Até aquela época, os ataques de pânico eram considerados principalmente como uma forma de ansiedade que tinha nomes como: neurastenia cardiocirculatória, piti ou HY, codinome das crises histéricas reconhecidas nos serviços de emergência. Atualmente a patologia é bem definida e o transtorno do pânico caracteriza-se pela ocorrência espontânea e inexplicável de ataques de pânico concomitantes.

Como lidar com a depressão?

A Organização Mundial de Saúde classificou a depressão como uma das mais sofridas doenças do mundo. Tem prevalência de 3% a 5% em homens e 8% e 10% em mulheres, sendo a quarta década de vida o período de ocorrência mais frequente. Embora possa ter remissão espontânea ou com tratamento, recorre em 90% dos pacientes. A depressão é importante fator de risco para doenças cardiovasculares e câncer, sendo importante elemento causal de mortalidade. O risco de uma pessoa normal sofrer de um episódio depressivo maior durante a sua vida é de 12% em homens e 25% nas mulheres. Após o primeiro episódio, a depressão pode votar em até dois anos em 40% dos casos, após duas crises, no entanto, há 75% de possibilidade de recorrência em menos de cinco anos. De 10% a 30% dos pacientes tratados têm resposta terapêutica incompleta, persistindo alguns sintomas ou distimia ( humor deprimido). A depressão é o maior problema de saúde pública dos Estados Unidos, sendo uma das maiores causas de afastamento do trabalho. As conseqüências anuais dessa doença foram estimadas em 11,5 bilhões de euros no Reino Unido e de US$ 83 bilhões nos Estados Unidos. É importante lembrarmos que a tristeza é uma reação normal do nosso psiquismo a perdas materiais ou afetivas (término de relacionamento, separação, divórcio, perda da independência por doença limitante). É um sentimento fisiológico que tem um elemento causador e uma duração.

Sentimentos como raiva, ciúme, ódio, ressentimento e mágoa podem adoecer?

"A inveja e a ira abreviam os dias, e a inquietação acarreta a velhice antes do tempo", está em Eclesiástico, 30, 26. A ira de fato mata ou, pelo menos, aumenta significativamente os riscos de se ter algum problema sério de saúde, uma crise alérgica e até um infarto fulminante. Estudos têm demonstrado que pessoas que se irritam intensamente, e com freqüência, têm três vezes mais probabilidade de ter um infarto do miocárdio do que aquelas que encaram as adversidades com mais serenidade. A raiva como predisposição para hipertensão arterial tem sido citada em diversos estudos. Os estados de satisfação e felicidade, por outro lado, tendem a normalizar a pressão arterial. A medicina tem enfatizado exaustivamente as condições de vida e de personalidade que favorecem a doença cardíaca: quem fuma, como se sabe, tem até cinco vezes mais possibilidades de sofrer ataque cardíaco, pessoas de vida sedentária apresentam risco 50% maior de problemas de coração. Pessoas iradas têm a mesma chance de ter problemas no coração que os indivíduos que fumam ou que têm colesterol elevado. Pessoas com o pavio curto têm maior chance de ter doença cardíaca do que os calmos. Como se sabe, existem condições médicas atualmente que fazem diminuir os riscos coronários, controlando-se o colesterol, diabetes e a hipertensão. Há medicamentos que ajudam a cortar esses fatores de risco. Dominar a ira, no entanto, é muito mais difícil. O único remédio é a graça de Deus. Nossa Senhora, em Medjugorje, pede que usemos as cinco pedrinhas para derrubarmos os Golias da atualidade. A ira é um Golias que cairá no chão após a eucaristia diária, o terço diário, leitura da palavra de Deus, confissão mensal e jejum semanal. Não tenha dúvidas, você conseguirá combater esse vício capital.

E o ódio?

O ódio é mais profundo do que a ira. Enquanto a ira é uma emoção, o ódio é um sentimento. O ódio é um afeto tão primitivo quanto o amor. Só odiamos aquilo que nos é muito importante. Em termos práticos, dizemos que a raiva leva ao estresse e o ódio, à mágoa crônica, angústia e frustração. A ira pode levar a doenças agudas como infarto e derrame, já o ódio consome o equilíbrio interno cronicamente. É mais compatível com o diabetes, câncer, a aterosclerose, hipertensão arterial crônica. A palavra de Deus é curativa, pois indica o caminho para a cura das doenças do nosso coração simbólico, prevenindo as doenças do coração físico

http://www.otempo.com.b

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