É o desconcerto total e o medo para funcionários bancários e para os comerciantes que vêem as lojas a serem atingidas uma e outra vez. Mas é também a hora para uma juventude desencantada com o sistema dar continuidade a um protesto violento que já teve carácter nacional na Grécia.
A evolução da crise grega é incerta. Os rótulos de anarquistas e radicais começam a ser aplicados aos que continuam a incendiar, a pilhar e a destruir, embora hoje mais localmente no centro de Atenas.
Depois de uma noite de relativa calma, 30 jovens romperam as fileiras de uma nova manifestação esta tarde. No centro de Atenas registaram-se provocações à autoridade, ataques aos bombeiros, em novas investidas a sucursais bancárias em mais caos na capital grega.
Aparentemente, o tom dos protestos baixou, a adesão aos protestos é mais reduzida. O governo de Costas Karamanlis aposta no factor tempo na gestão desta crise e vai prometendo ajudar os mais necessitados e proteger o emprego.
Para hoje era esperado o relatório balístico final relativo à morte de Alexandro Grigopoulus, de 15 anos. O polícia que disparou está preso, acusado de homicídio voluntário, mas para estes jovens não chega.
O mal-estar continua em largos sectores de uma sociedade afectada por desigualdades e corrupção. Já lá vai o tempo do chamado milagre grego e o que vigora agora é o sentimento de uma sociedade defraudada pelas políticas económicas, laborais e educativas do governo conservador.
TVI
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