Dois atletas vencedores de medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim acusaram positivo em testes anti-doping. Depois de ter sido divulgado o nome do ciclista Davide Rebellin, agora ficou a saber-se que o atleta do Bahrein Rashid Ramzi, vencedor dos 1500m, é outro dos seis atletas apanhados na malha do doping, após uma repetição dos testes com os elementos recolhidos por altura dos Jogos de 2008.
O Comité Olímpico Internacional já confirmou a existência de sete análises positivas a seis desportistas, acusando Cera, uma versão avançada do EPO.
«A IAAF tem que esperar por mais detalhes por parte do Comité antes de considerar qualquer medida de suspensão. Só a IAAF re-analisou as amostras recolhidas em Pequim. Aconselhamos o Comité a fazer o mesmo e comunicar connosco», diz um comunicado da Federação Internacional de Atletismo.
«Esta situação demonstra que os atletas que fazem batota nunca podem estar confortáveis. A detecção pode acontecer a qualquer momento», defende a entidade.
Rebellin, de 37 anos, já veio a público negar as acusações ao jornal La Stampa. «Não sei o que pode ter acontecido, mas é certamente um engano. É impossível eu ter dado positivo», defendeu-se o italiano.
O Comité Olímpico Internacional testou 948 amostras recolhidas em Pequim, depois de uma evolução no modelo de verificações de doping. Arne Ljungqvist, presidente da comissão médica do Comité, explicou o porquê da repetição das análises.
«As análises realizadas comprovam a mensagem clara de que a batota nunca compensa. A maioria dos atletas não procura uma vantagem imprópria e queremos assegurar-nos de que o ambiente na competição é de inteira justiça», aclarou o dirigente.
A decisão sobre os castigos a aplicar aos atletas deve ser conhecida nas próximas semanas. Em casos normais, as punições passam pela desqualificação competitiva ou a exigência da devolução de medalhas.
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