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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Metade do ‘alto quadro’ da Copel será dispensado



O líder do Governo na Assembleia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), admitiu que a decisão da Copel também é ‘‘política’’

Curitiba - O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse ontem que 50% do total de técnicos altamente especializados da Companhia Paranaense de Energia (Copel) estão dentro do grupo de cerca de 700 funcionários que devem ser dispensados pela empresa. O número foi mencionado ontem por representantes de sindicatos ligados aos trabalhadores da Copel e divulgado pelo petista no plenário da Assembleia Legislativa. ''Mesmo que tenhamos um concurso público no segundo semestre para substituí-los, os novos funcionários levariam de dois a quatro anos para adquirir o conhecimento necessário para o trabalho'', disse Veneri.


Os funcionários já estão aposentados pelo INSS, mas permanecem em seus postos de trabalho na Copel. Parte deles optaram por continuar trabalhando porque ainda não terminaram de contribuir à Fundação Copel - que é uma espécie de previdência complementar.

O líder do governo do Estado na Assembleia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), falou ontem sobre o que significaria a saída de pessoas experientes dos quadros da empresa. ''Eu enfrentei o tema quando era presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná). Na época, eu decidi não desligar ninguém porque eram pessoas importantes para a política habitacional, eram os funcionários mais antigos da Casa'', conta ele.

Romanelli admite, portanto, que a decisão da Copel também é ''política'', e não exclusivamente ''administrativa'', como sustenta o presidente da empresa, Rubens Ghilard. Em entrevista à FOLHA na última sexta-feira, Ghilard explicou que considera alto o número de aposentados atuantes na Copel e que o fato poderia representar um risco à empresa. ''Imagina se todos eles decidem sair da empresa? Para evitar uma saída em massa, a gente vai estabelecer um prazo de substituição'', disse o presidente da Copel, na ocasião, em referência ao que o governo do Estado tem chamado de ''plano de sucessão''.

Em discurso no plenário, Veneri rebateu o argumento do presidente da Copel. ''Eles falam que haveria um risco de saída em massa, mas 700 pessoas estão sendo 'convidadas' a sair. Já não é uma saída em massa?'', questionou o petista. Ghilard defende que haveria um período de ajuste antes de consolidar a entrada dos novos funcionários e a saída dos aposentados.

Veneri também criticou um argumento levantado ontem pelo governador Roberto Requião (PMDB), durante a ''escolinha'' - reunião semanal do primeiro escalão do Executivo. Requião afirmou que todos os funcionários que serão dispensados receberiam o benefício integral da Fundação Copel. O petista disse que ainda não há um levantamento de quantos funcionários não concluíram a contribuição de 30 anos à Fundação Copel, mas que os sindicatos acreditam ser o caso da maioria.

O petista afirma que a decisão da Copel é ''legítima'', mas que ''há erros que precisam ser corrigidos''. ''A partir de agora, ninguém mais vai requerer a aposentadoria do INSS porque eles serão enquadrados 'automaticamente' num plano de demissão compulsória'', reclamou ele. O presidente da Copel alega que os desligamentos são necessários porque apenas cerca de 300 pessoas, de um total de mil funcionários aposentados, aderiram ao plano de demissão voluntária da empresa, concluído no final de março. Todos devem ser substituídos via concurso público.

Catarina Scortecci
Equipe da Folha

Um comentário:

  1. Desculpa meu egoísmo, mas espero que aconteça pois sou concursado da Copel e espero ser chamado

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