Além de enviar dividendos à matriz, o que ocorrerá pelo terceiro ano seguido, a filial brasileira da General Motors vai colaborar no desenvolvimento de carros compactos e combustíveis alternativos para ajudar a companhia nos Estados Unidos a tentar sobreviver à grave crise que culminou nesta semana com a saída do presidente mundial do grupo, Rick Wagoner.
A notícia é do jornal O Estado de S. Paulo, 01-04-2009.
Sua demissão foi um pedido do presidente americano Barak Obama como condição para liberar nova ajuda financeira à montadora. Em seu lugar, assumiu Fritz Henderson, antes o número dois da companhia. Ambos já presidiram a subsidiária brasileira.
O presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, disse ontem que a experiência brasileira na criação de veículos de pequeno porte como Celta, Prisma, Meriva e Montagna permitirá à empresa oferecer ajuda tecnológica e até mesmo de pessoal no desenvolvimento dos novos modelos que a matriz terá de oferecer aos clientes em substituição aos grandes utilitários e picapes que consomem muito combustível e cujas vendas despencaram.
"Poderemos transferir tecnologia e até mesmo algumas pessoas da área de engenharia e design", afirmou o executivo, sem especificar números. A filial brasileira emprega 1,2 mil engenheiros e tem pelo menos 80 profissionais brasileiros de diversas áreas atuando nos EUA, Europa e Ásia.
O governo americano deu mais 60 dias de prazo à GM para apresentar um programa de reestruturação mais convincente. Entre os itens que devem ser reforçados estão o desenvolvimento de carros menores e mais eficientes, além de geração maior de caixa, melhor estruturação das dívidas e aceleração do plano de racionalização que inclui fechamento de fábricas e de concessionárias.
"Tenho certeza de que em menos de 60 dias será possível um acordo e o grupo não irá recorrer a concordata", afirmou Ardila, numa torcida que já não é acompanhada nem mesmo por Henderson, que já admite a concordata.
Ardila disse ainda que os consumidores brasileiros estão tranquilos, pois "está claro que o Brasil não está incluído na reestruturação".
O executivo lembrou que o mercado brasileiro segue registrando crescimento, ao contrário da maioria dos países, em especial os desenvolvidos como EUA e Japão, onde as vendas de carros não reagem.
Unissinos
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