A Cúpula do G-20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes) realizada em meio a uma crise financeira global produziu, basicamente, promessas de cooperação para tirar o mundo de seu "desgaste econômico", publicou neste domingo o "The Wall Street Journal". "No entanto, o grupo que se reuniu por pelo menos seis horas no Museu Nacional da Construção (NBM, na sigla em inglês) deixou a maior parte das decisões concretas para reuniões futuras", acrescentou o jornal.
"A próxima cúpula econômica será realizada antes de 30 de abril, o que pressiona o presidente eleito Barack Obama a enfrentar um enredo de problemas econômicos imediatamente após assumir seu cargo", no dia 20 de janeiro, acrescentou o jornal.
Diante da crise econômica "mais grave em décadas, os líderes do G20 entraram em acordo para cooperar, mas deixaram as decisões mais difíceis sobre como reacomodar as regulações financeiras para o próximo ano", afirmou o jornal "The New York Times".
Isto representa um grave desafio muito rápido para o governo de Obama", acrescentou. "É necessário ver se, quando houver um novo presidente na Casa Branca, estes governantes colocarão de lado suas divergências políticas e econômicas e apoiarão mudanças mais radicais", acrescentou.
Já o "Washington Post" afirmou que "os governantes do mundo entraram em acordo para um plano de ação de longo alcance, que, nos próximos quatro meses e meio, começará a dar nova forma às instituições financeiras internacionais e reformará as regulações e regras contábeis mundiais".
"A conferência em Washington refletiu o novo balanço de poder que emerge de uma crise financeira que devastou também as economias bem administradas", acrescentou o jornal de Washington.
Por outro lado, o jornal "The Chicago Tribune" ressaltou que "os governantes das potências industriais do mundo concluíram uma cúpula às pressas sobre a crise econômica global com o compromisso de fortalecerem a regulação dos mercados financeiros, aumentarem as receitas internacionais e evitarem novas barreiras comerciais".
"No entanto, até o próprio presidente George W. Bush, que convocou esta conferência de quase 20 nações, admitiu que suas declarações são apenas o início de um diálogo global que deve continuar", afirmou o jornal de Chicago.
O periódico "Los Angeles Times", que também disse que a cúpula foi convocada apressadamente, acrescentou que os presentes entraram em acordo em imporem "controles mais estritos sobre os mercados financeiros e em que trabalharão juntos para conter a crise econômica que se espalha pelo mundo". "Entretanto, sua reunião foi feita à sombra da certeza de que qualquer plano de longo prazo dependerá de alguém que nem sequer estava presente: o presidente eleito Barack Obama", concluiu o jornal.
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