Em meio à crise financeira internacional e à queda de demanda de matérias-primas, o conselho de administração da Petrobras se reúne nesta sexta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, para votar o plano de investimento da estatal de 2009 a 2013.
No período da manhã desta sexta, os integrantes do conselho apresentaram ao presidente o plano de investimento. À tarde, o conselho vota o plano. Os valores definidos, porém, só serão divulgados após o fechamento da Bolsa de Valores. A Petrobras marcou o anúncio para as 19h, no Rio, com a presença do presidente da estatal, Sérgio Gabrielli.
Bruno Domingos/Reuters
Apesar de crise, Petrobras bateu recorde de produção de petróleo no ano passado
Apesar de crise, Petrobras bateu recorde de produção de petróleo no ano passado
Participam da reunião a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o presidente do conselho, o ministro Guido Mantega (Fazenda), o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, o comandante do Exército, ex-comandante do Exército general Francisco Albuquerque, o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau, o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Fábio Barbosa, e o empresário Jorge Gerdau.
Segundo publicou nesta semana a colunista da Folha Mônica Bergamo, o plano será maior que o de 2008. Tal tendência já havia sido mencionada por Gabrielli. No fim de 2008, porém, ele informou que foi enviada uma previsão ao Congresso de R$ 72 bilhões em agosto, antes do agravamento da crise, e que esse número poderá ser revisto para baixo.
"Não necessariamente isso implicaria em cortes de projetos. Pode ser feito um ajustamento interno e no tempo desses projetos. O investimento é uma decisão plurianual, nunca é uma decisão só para o ano. Acredito que deveremos ter um investimento superior ao deste ano", afirmou.
A declaração de Gabrielli contrastou com a dada pela ministra Dilma Rousseff, que preside o Conselho de Administração da estatal. Dilma afirmou que o investimento da Petrobras, sem o pré-sal, seria de R$ 40 bilhões neste ano.
O adiamento da divulgação do novo Plano de Negócios da companhia para janeiro foi influenciada principalmente pela grande variação dos custos do setor, conforme Gabrielli. Ele citou a forte variação do barril do petróleo e a redução da demanda mundial, que deverão impactar para baixo os custos de equipamentos e insumos para o setor.
Crédito
Ontem, o governo anunciou que o BNDES, que tem sido um dos grandes instrumentos do governo para enfrentar a crise, terá R$ 100 bilhões extras para empréstimos, com foco em infraestrutura, em petróleo e gás e energia elétrica.
Nessa linha, o suporte para o programa de investimento da Petrobras em um momento de restrição das linhas de crédito externo é uma das prioridades. Questionado sobre uma reserva de US$ 20 bilhões só para a Petrobras, Mantega não confirmou.
Folha de SP
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