A lei de igualdade salarial entre homens e mulheres foi assinada nesta quinta-feira (29) pelo presidente dos EUA, Barack Obama. Esta é a primeira lei assinada pelo democrata desde que assumiu o cargo.
Obama assinou a lei, que carrega o nome da trabalhadora Lilly Ledbetter, em frente às câmeras de televisão, ao vivo, e acompanhado do vice-presidente, Joseph Biden, e da secretária de Estado, Hillary Clinton. O presidente afirmou que o ato representa um dos primeiros princípios da nação norte-americana: todos são iguais e têm direito a perseguir a própria versão da felicidade.
A própria Ledbetter acompanhou a assinatura da lei e se emocionou ao receber os aplausos dos presentes. A mudança da legislação nacional sobre o assunto foi provocada pela denúncia da trabalhadora, que era supervisora da empresa de pneus Goodyear Tire and Rubber Company em Gadsden, Alabama, e, pouco antes de se aposentar, soube que, durante 15 anos, a empresa pagou a ela 40% menos que aos homens pelo mesmo tipo de trabalho.
Por esta razão, Ledbetter entrou com um processo e ganhou, mas a Suprema Corte americana rejeitou posteriormente a ação, em uma sentença de 5 a 4, na qual alegou que ela demorou muito para apresentar a queixa. Segundo a Suprema Corte, a mulher devia ter entrado com o processo em um prazo de 180 dias desde o primeiro cheque discriminatório que recebeu.
Obama elogiou Ledbetter e disse que a história dela é a das mulheres de todo o país que ainda ganham US$ 0,78 por cada dólar ganho pelos homens, número que é inclusive inferior no caso das negras, segundo o presidente.
Ele explicou que a reivindicação de Ledbetter não é um tema de feminismo, mas de justiça familiar, porque a discriminação salarial faz com que as famílias tenham menos dinheiro para educação, saúde ou para sua própria aposentadoria, algo importante nestes tempos de crise.
Em média, as norte-americanas recebem 23% menos que os homens. A igualdade salarial foi uma questão delicada durante a campanha eleitoral de 2008, especialmente entre sindicatos e mulheres.
Com agências de notíciasFonte
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