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domingo, 2 de novembro de 2008

Os segredos dos bons alunos

Nem sempre são os mais inteligentes, mas sabem trabalhar melhor. Vejamos como. Todos conhecemos bons alunos. Têm boas notas, é certo, mas à custa de serem «marrões», com os narizes sempre enfiados nos livros. São uma nulidade no desporto e desajeitados no que se refere ao sexo oposto. Os alunos com um alto coeficiente de inteli­gência às vezes não se saem tão bem como os seus colegas de QI mais baixo. Para eles, aprender é demasia­do fácil e por isso nunca descobrem como esforçar-se um pouco mais.

Trabalho árduo também não re­solve tudo. De facto, alguns desses es­tudantes até acabam por passar me­nos horas a estudar do que os seus colegas que têm notas mais baixas. Os garotos que são os melhores da turma chegam a essa posição do­minando algumas técnicas básicas que os outros podem aprender facil­mente. Aqui, segundo afirmam especialistas de educação e os próprios estudantes, residem os segredos dos bons alunos.

1. Estabelece prioridades.
Os me­lhores alunos não consentem intru­sões durante o tempo de estudo. Uma vez os livros abertos ou o compu­tador ligado, não atendem telefone­, não vêem televisão e não que­rem saber de lanches. O estudo é a sério e precede o prazer.

2. Estuda em qualquer lado.
Para muitos dos alunos, os tempos de estudo estavam ape­nas sujeitos às preferências pessoais de cada um. Alguns trabalham até tarde, de noite, quando a casa está­ sossegada. Outros acordam ce­do. Outros ainda estudam assim que chegam a casa da escola, quan­do ainda têm a matéria fresca na cabeça. Contudo, muitos alunos concordam que é necessário per­sistir.

3. Organiza-te.
Arquiva imediata­mente o trabalho de casa do dia em pastas com separadores de cores di­ferentes para cada disciplina, de for­ma a tê-los sempre à mão para revi­sões na altura dos exames. Mesmo os estudantes que não têm um local de estudo só para si não prescindem da organização. Uma mochila ou uma gaveta servem para manter no mesmo sítio os materiais essenciais e evitam perder tempo à procura das coisas.

4. Aprende a ler.
Para muitos alunos as aulas me­lhores que já tiveram foram as de leitura rápi­da. Não só aumentam o número de palavras por minuto, como também aprendem a ler em primeiro lugar o índice, os gráficos e as fotografias dos livros. Depois, quando começam a ler, já têm uma ideia geral do assunto e fixam muito melhor. O segredo de uma boa leitura é ser um leitor ac­tivo, sempre a colocar questões que conduzem a uma compreensão glo­bal da mensagem do autor.

5. Programa o teu tempo.

Quando um dos professores marca um traba­lho extenso, cria um horário, dividindo o projecto em porções pequenas, de forma a não parecer excessivo. Primeiro investiga e faz um esboço do trabalho, depois tenta redigi-lo de uma só vez durante um fim-de-semana Claro, até os melhores estudantes deixam às vezes os seus deveres para mais tarde. Mas quando isso acon­tece, recuperam.

6. Tira bons apontamentos e serve­-te deles.
Os melhores alunos também to­mam apontamentos enquanto es­tudam a matéria indicada pelo pro­fessor. Pouco antes de a campainha to­car, a maior parte dos estudantes fe­cha os livros, arruma os papéis, se­greda com os amigos e prepara-se para sair a correr. Usa es­ses poucos minutos para escrever um sumário de duas ou três frases acerca dos pontos principais da li­ção, que deverás voltar a consultar momen­tos antes da aula do dia seguinte.

7. Passa tudo a limpo.
Os papéis bem apresentados têm mais hipóte­se de serem bem classificados do que os pouco cuidados. O aluno que entrega uma prova passada a limpo está já a candi­datar-se a uma boa nota. É como quando nos servem um hamburger: mesmo que seja excelente, não acre­ditamos que nos saiba bem se for apresentado num prato sujo.

8. Manifesta-te.
Se não com­preenderes o que o teu professor está a explicar, pe­de-lhe que repita No entanto, a participação na aula é mais do que sim­plesmente fazer perguntas. É uma questão de manifestar curiosidade intelectual. Não decores informação só para os tes­tes. As melhores no­tas são resultado de uma melhor compreensão.

9. Estuda em grupo.
O valor do estudo em conjunto já foi demonstra­do por diversas experiências. Por exemplo, numa determinada turma na disciplina de Matemática um grupo de alunos, em média, conseguiam re­sultados melhores do que os restantes estudan­tes com antecedentes académicos semelhantes. Este grupo de alunos discutia sempre, em conjunto, os problemas dos trabalhos de casa; tentavam abordagens diferentes e explicavam as suas soluções uns aos outros. Em contrapartida, os restantes alu­nos que estudavam sozinhos, passavam a maior parte do tempo a ler e reler o texto e tentavam sempre a mesma abordagem.

10. Põe-te à prova.
Ao estudares em casa, se não conseguires responder satisfatoriamente a uma questão, vol­ta atrás e revê a matéria. Os estu­dantes que elaboram possíveis per­guntas de testes muitas vezes vão encontrar essas mesmas perguntas no exame real e assim conseguem melhores notas.

11. Faz mais do que te pediram.
Se o professor de Matemática te mar­car cinco problemas faz 10. Se o professor de História te marcar oito páginas para ler lê 12. Uma parte da apren­dizagem é o praticar . E quanto mais se pratica, mais se aprende.
O papel dos pais:

O «segredo» mais importante dos bons alunos não é assim tão secreto. Para quase todos, o contributo dos pais é decisivo. Desde a infância, os pais devem incutir nos seus filhos um gran­de amor pelo conhecimento. Devem cria­r as expectativas indispensáveis em relação aos filhos e fazer-lhes correspon­der a elas. Devem encorajar os filhos e filhas nos estudos, mas não fazer o trabalho por eles. Em resumo, se os pais transmitirem aos filhos lições de responsabilidade, estes decerto correspon­derão na perfeição.

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