A agência da ONU para a ajuda alimentar denunciou esta
sexta-feira que a Faixa de Gaza vive uma «situação alimentar assustadora» ao sétimo dia de bombardeamentos israelitas e anunciou o lançamento de um programa urgente de distribuição de pão, noticia a Lusa.
«A actual situação em Gaza é assustadora e muitos produtos alimentares de base deixaram de estar disponíveis», declarou Christine van Nieuwenhuyse, representante do Programa Alimentar Mundial nos territórios palestinianos, num comunicado divulgado em Roma.
Segundo esta responsável, são necessários nove milhões de dólares (6,4 milhões de euros) «para responder às necessidades adicionais de nutrição decorrentes do redobrar de intensidade dos combates».
«Para aliviar o sofrimento das famílias que vivem perto das zonas atingidas (...), o PAM lançou quinta-feira um programa de distribuição urgente de pão em Beit Hanun para 3 mil famílias, ou seja, 15 mil pessoas», lê-se no comunicado.
Padarias paradas
«A falta de trigo obrigou à paragem dos moinhos e das padarias de Gaza e o pão, produto de base para os palestinianos, falta enormemente», segundo o PAM.
Por outro lado, segundo esta agência, «a abertura intermitente dos pontos de passagem» para fora do território em vigor desde Novembro, «as famílias palestinianas de Gaza conhecem uma deterioração drástica das suas condições de vida, com uma redução das quantidades de alimentos disponíveis no mercado, do gasóleo e do gás para a confecção dos alimentos e com frequentes cortes de electricidade».
A agravar a situação, os ataques, que prosseguem há sete dias, «têm impedido o PAM e os seus parceiros de operarem plenamente e têm atrasado a distribuição normal de alimentos», além de estarem a prejudicar a reposição das reservas do PAM, sendo que as 3.300 toneladas actualmente armazenadas estarão esgotadas dentro de um mês.
Os bombardeamentos israelitas contra a Faixa de Gaza já fizeram 430 mortos e cerca de 2.500 feridos, segundo o chefe dos serviços de emergência da Faixa de Gaza. A ONU estima que pelo menos 25 por cento dos mortos (mais de 100 pessoas) sejam civis.
IOL
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