José San Martín Caminã Neto
Uma dona-de-casa americana, Lori Drew, 49, está sendo acusada de ter inventado um personagem no site MySpace [Orkut americano] para se corresponder com uma vizinha adolescente, Megan, 13. O trote teve fim trágico. O personagem seria um "rapaz de 16 anos". Depois de se tornar amigo virtual de Megan, o "rapaz" brigou com a garota e disse que o mundo "ficaria melhor sem ela". Megan se matou.
No Rio, outro dia, um homem foi preso ao chantagear uma menina também de 13 anos, de quem se aproximou fazendo passar-se no Orkut por uma colega dela. Confiante na "amiga", a garota deixava-se filmar. O homem adulterou as imagens, transformando-as em pornografia, e transmitiu-as para os colegas da menina quando esta se recusou a se encontrar com ele. Por sorte, ela contou tudo à mãe, que chamou a polícia.
Nos primeiros seis meses do ano, uma ONG que investiga denúncias do gênero flagrou 45.941 páginas com conteúdo de pedofilia no Orkut. Podem ter sido retiradas do ar, mas foram logo substituídas por outras, que, por algum tempo, continuaram ao alcance de qualquer menor armado de um mouse.
No passado, a babá eletrônica era a televisão. Hoje é a internet. Crianças de menos de dez anos passam o dia encafuadas em seus quartos, trocando mensagens e imagens com pessoas que seus pais não conhecem e que podem não ser suas coleguinhas de escola. Ao criar um precoce canal de comunicação com o mundo, a criança começa a correr todos os riscos inerentes.
O lar já não é garantia de proteção. O perigo vem pelo ciberespaço e passa por entre as pernas dos responsáveis (muitos pais nem sabem o que é o Orkut). Existem filtros para tentar controlar esse contágio, mas não seria má idéia se os computadores dos guris ficassem na sala, com as telas à vista dos adultos.
* * *
Até parecem, mas essas palavras não são deste reles blogueiro. É o editorial-opinião, do jornalista Ruy Castro, neste sábado, 3 de janeiro, na Folha de São Paulo. É mais uma evidência do que o excesso de ciência, sem a sabedoria divina, pode gerar na sociedade pós-moderna indiferente a Deus e seus Preceitos. Tecnologia de ponta versus desrespeito. Internet — a maior revolução na comunicação humana pós-TV —, servindo para externar taras, manias, psicoses, desequilíbrios, distúrbios, doenças da alma decadente num mundo sem freios.
Ciência, praticidade e conforto — sem Deus e Suas regras morais — não pode dar noutra coisa. O mundo virtual possibilita toda sorte de meios para enganar, abusar, humilhar e matar.
Não vamos cansar de repetir e ecoar neste espaço: Sem Deus, a vida não vale a pena ser vivida. Sem a Presença de Deus guiando nossos passos podemos até alcançar objetivos traçados, honestamente ou de acordo com Gérson. Mas desfecho sempre será trágico ou frustrante. Vai faltar algo.
Antigamente, ontem e neste exato momento infratores de peso e zés-ninguéns seguem o caminho de Calígula, Cazuza, Dado Dolabella, Renato Russo, Fábio Assunção, Jack Estripador, Charles Paraventi, John Lennon, Paris Hilton, Heath Ledger, Eugênio Chipkevitch, Suzane Richthofen, Brad Renfro, Marcelo Silva, ACM, Lênin, James Dean, Ceaucescu, Marcola, Fernandinho Beira-Mar, hackers, policiais, doleiros, banqueiros, militantes partidários, parlamentares, gestores públicos, lobistas... A lista encheria enciclopédias.
De pessoas comuns a criminosas calculistas e cruéis. Donas de casa se transformam em garanhões juvenis. Homens educados acima de suspeitas na pele de menina. Moças sonhadoras. Jovens intrépidos. Adolescentes vanguardistas. Tecnologia embebida em desobediência que abrevia a vida. Atos reprováveis saídos de um coração indiferente a Deus e suas regras.
E a realidade reevocada por Ruy Castro causa arrepios a pais e educadores cientes das conseqüências do mau uso da rede mundial de computadores:
O lar já não é garantia de proteção.
A família há muito sofre toda sorte de ataques e escárnios de noveleiros e roteiristas promíscuos efeminados. Publicitários erotizadores de vendas de jeans, carros ou roupas da C&A. Agora tem no conteúdo virtual disponível às crianças 24 horas mais um motivo de preocupação. Nesse sentido, certo educador cunhou um conceito muito real de internet:
A internet pode ser comparada a uma banca de jornais com milhares de livros e revistas pornográficas, que incentivam a adoração a Satanás, o ocultismo, Nova Era, ensinam fazer bombas, como conseguir armas, com uma placa bem em frente dizendo: "Entrada grátis para pessoas de qualquer idade. Fique à vontade e leve tudo quanto quiser".
Banalização do sexo. Imagens de bebês a adolescentes sendo abusados sexualmente das formas mais devassas. Histórias de suicídios diante de webcams, comunidades ocultistas, encontros iniciados na rede e encerrados com um dos parceiros assassinado ou estuprado.
Outro dia o presidente Lula esmurrou a parede ao ver cenas de abusos de crianças fornecidas pelo Google-Orkut após muita pressão à CPI da Pedofilia. “Se a população vir isso vai pedir a pena de morte”, desabafou o ex-sindicalista que, pelo visto, ainda não havia sido exposto a cenas tão hediondas.
Mas a verdade é que a internet tende somente a se expandir no mundo. A manchetes não mentem. “Obama detalha plano para levar internet a todas as crianças dos EUA”, “Governo fecha acordo para levar banda larga a todos os municípios do Brasil”, ou “Parceria levará banda larga a 56 mil escolas públicas até 2010”. Vinton Cerf, um dos pais da Internet, criador do protocolo TCP-IP comemora os primeiros passos à implantação da “internet interplanetária”.
E agora, Como viveremos?
Como pais, temos de dialogar ao máximo com as crianças. Instruí-las no Caminho. Elas são o verdadeiro alvo de adeptos da Nova Era, pedófilos, tarados, satanistas, espiritualistas, e toda sorte de canalhas por trás de um mouse.
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”, Provérbios 22:6 Versão Almeida Revista e Corrigida
“Ajude seu filho a formar bons hábitos enquanto ainda é pequeno. Assim, ele nunca abandonará o bom caminho, mesmo depois de adulto, Bíblia Viva
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”, João 14.6
Como cristãos, não podemos apenas denunciar a maldade virtual, que se materializa em tragédias e mortes. Ou simplesmente pedir para que os “computadores da gurizada sejam colocados na sala”. Temos de ir além, ouçam ou apenas escutem nossa voz. Temos de anunciar que em Cristo Jesus há cura para os maníacos, bandidos, perturbados. Precisamos apontar tanto o caos, mas principalmente a esperança.
Não somos poderosos ou curandeiros. Mas temos em nós a virtude e na boca a mensagem de poder cuja fonte é o Trono de Deus, que se fez homem e habitou entre nós, cheio de graça e verdade. Sim, Ele esteve aqui, fez um doutorado em podridão, cumpriu a missão de buscar e salvar o que se havia perdido, retornou ao Pai e nos enviou o Espírito Santo!
Esse poder está á disposição de todos quantos desejarem viver a vida abundante mesmo a partir desta esfera decadente. E depois gozar a Vida Eterna, a vida real com Deus para todo o sempre.
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”, Romanos 1.16 ARC
“Não estou envergonhado desta Boa Nova a respeito de Cristo. Ela é o poderoso método divino de levar ao céu todos quantos crerem nela. Esta mensagem foi primeiramente regada só aos judeus, porém agora todos são convidados a ir a Deus deste mesmo modo”, Bíblia Viva
Há esperança em Jesus. A esperança é Jesus.
José San Martín Caminã Neto é jornalista, radialista e deducador cristão. Contato: josesanmartincaminaneto@gmail.com
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