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sábado, 1 de novembro de 2008

Moltmann é doutor honoris causa pela UMESP

A Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) concedeu o título de Doutor Honoris Causa ao teólogo reformado alemão Jürgen Moltmann. A cerimônia foi presidida pelo reitor, Marcio de Moraes, e ocorreu no Salão Nobre, ontem, sexta-feira, à noite.

A reportagem é de Antonio Carlos Ribeiro e publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação – ALC, 01-11-2008.

A cerimônia começou com a apresentação de hinos pelo Coral da Faculdade de Teologia (FaTeo). Além do reitor, a mesa foi composta pelos professores Rui Josgrilberg, diretor da Faculdade de Teologia, Jung Mo Sung, representando a coordenação da Pós-Graduação em Ciências da Religião, Jürgen Moltmann, homenageado, Levy Bastos, intérprete, e o bispo Paulo Lockmann, do Colégio Episcopal.

Após a abertura da solenidade do Conselho Universitário, o auditório de cerca de 350 pessoas cantou o hino nacional brasileiro. Josgrilberg apresentou uma descrição da contribuição de Moltmann à teologia latino-americana, seu significado para a educação teológica evangélica no continente, sua luta pelos direitos humanos e as causas da justiça e da paz, seguidos da leitura da resolução que decidiu a concessão do título e da entrega, feita pelo Reitor.

O teólogo homenageado agradeceu a concessão do título, se disse emocionado com o canto coral, elogiou o crescimento da Universidade, em especial o Curso de Graduação em Teologia, nos últimos 31 anos. Lembrou que à época apenas um livro seu (Teologia da Esperança) estava traduzido ao português, enquanto hoje quase todas as suas obras podem ser encontradas no vernáculo. “Isso é um grande milagre diante dos meus olhos”, disse, admitindo que era tomado de admiração e gratidão.

Moltmann disse ainda imaginar a presença de Pais da Igreja como Agostinho, Lutero, Calvino e Wesley, como se estivessem vivos e a falar numa comunhão teológica que extrapola o tempo, nem sempre santos, mas sob o evangelho e o Senhor da Igreja. Lembrou ainda teólogos latino-americanos como Leonardo Boff, Jose Miguez Bonino, Gustavo Gutiérrez e Ruben Alves e de teólogos europeus como Karl Barth, Karl Rahner, Wolfhart Pannenberg e ele mesmo.

Sob forte emoção, disse se sentir mais bem entendido aqui na América do Sul do que na Europa, exclamando: “Vocês me entendem melhor até que eu mesmo.” E admitiu que hoje a teologia latino-americana já tem maioridade e independência, razão pela qual ele diz a alunos e colegas na Europa: “leiam os teólogos latino-americanos!”

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