«Acordo ortográfico entra em vigor hoje», é um dos destaques da primeira página da «Folha de São Paulo», ao salientar que as novas regras serão adoptadas de forma gradual até 2012, no Brasil.
O diário destaca que «ainda há dúvidas sobre a grafia de algumas palavras» e dedica três páginas de sua edição para explicar as principais mudanças na versão brasileira da língua portuguesa.
No editorial «A fôrma e suas ideias», o diário afirma que as mudanças «por ora são ignoradas pela maioria da população brasileira e terão impacto reduzido no cotidiano: a cada mil palavras utilizadas, cinco serão alteradas».
«Não se vêem, no momento de sua implantação, o apreço e o zelo pelo acordo entre as autoridades que o negociaram e o instituíram», diz o texto.
«Nem o Congresso Nacional nem o Governo federal se preparam para cumprir o decreto assinado em 29 de Setembro pelo presidente Lula», acrescenta.
O editorial refere que o impacto «estará concentrado na burocracia diplomática - não será mais necessário traduzir documentos para as diversas grafias nacionais do idioma - e no mercado editorial, que vai movimentar-se nos próximos anos para adaptar livros e dicionários ao novo padrão».
«Com ou sem reforma, milhões de jovens brasileiros continuarão saindo da escola sem acesso a esse universo de conhecimento», conclui o editorial.
«Estado adopta novas regras a partir de hoje» é um dos destaques da primeira página da edição do jornal «O Estado de São Paulo».
«Uma reforma ortográfica mais radical»
O diário destaca ainda o artigo «Uma reforma ortográfica mais radical», onde o economista Roberto de Macedo defende a eliminação de todos os acentos e a cedilha.
«Ganharíamos tempo na escrita manual quanto na digitação. E tempo é dinheiro», defende o autor.
O diário destaca também que outras empresas de comunicação, controladas pelo grupo, como o «Jornal da Tarde», «Agência Estado» e portais na Internet, também adoptam as novas regras a partir de hoje.
«O facto de um jornal como O Estado de São Paulo aplicar o acordo desde o primeiro dia é uma grande contribuição para a fixação e adopção das mudanças ortográficas», afirma o filólogo Evanildo Bechara, citado pelo diário.
Responsável na Academia Brasileira de Letras (ABL) pela aplicação do acordo, Bechara salienta que os leitores terão uma «memória visual das novas grafias e assim absorverão com naturalidade e rapidez» as novas regras.
IOL
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