Vários foguetes disparados a partir do Líbano atingiram esta manhã o norte de Israel, fazendo alguns feridos, segundo fontes militares. Quatro foguetes do tipo katioucha abateram-se no sector ocidental da Galileia e no sector da cidade de Nahariya e de kibboutz Kabri, de acordo as mesmas fontes.
Israel intensificou ofensiva na Faixa de Gaza
Cinco pessoas sofreram ferimentos ligeiros, de acordo com os serviços de emergência.
Após este ataque, os habitantes da região de Nahariya foram chamados a permanecer nas zonas protegidas das suas casas.
No Sul do Líbano, os habitantes da aldeia de Tayer Harfa, perto da fronteira com Israel, revelaram ter ouvido fortes explosões cerca das 06:30 (04:30 em Lisboa).
Em resposta, o exército israelita disparou em direcção ao Líbano após os tiros de foguetes contra o norte de Israel, indicou um porta-voz militar. «Disparámos directamente para a origem dos tiros de foguetes provenientes do Líbano», declarou o porta-voz.
De acordo com um responsável militar, Israel disparou cinco granadas em direcção ao sul do Líbano.
Hamas nega disparos
O porta-voz do Hamas no Líbano negou qualquer responsabilidade do movimento islamita nos tiros de foguetes lançados desde o Sul do Líbano contra Israel.
«Não podemos repreender nenhuma facção palestiniana e não sabemos quem disparou os foguetes», declarou Raafat Morra, porta-voz em Beirute do movimento islamita contra o qual Israel prossegue uma ofensiva na Faixa de Gaza há treze dias.
«Fundamentalmente, o que se passa é culpa de Israel porque é impossível dominar (a cólera) do Mundo árabe e islâmico após o massacre de Gaza», acrescentou o porta-voz.
O movimento radical libanês Hezbollah ainda não se pronunciou.
Prontos para uma nova guerra
Quarta-feira, o chefe do Hezbollah libanês Hassan Nasrallah afirmou estar pronto para uma nova guerra com Israel, ameaçando o Estado hebreu de represálias ainda maiores do que durante o conflito de 2006 se este abrisse uma segunda frente paralelamente à da Faixa de Gaza.
«Todas as possibilidades são reais e estão em aberto», ameaçou, durante um discurso difundido num ecrã gigante perante dezenas de milhares de pessoas, reunidas nos arredores sul de Beirute.
«A guerra de 2006 será como um passeio para os israelitas se estes se arriscarem a lançar um novo ataque» contra o Líbano, ameaçou, referindo-se ao conflito que provocou 1.200 mortos no Líbano, essencialmente civis.
Terça-feira, o Primeiro-ministro israelita Ehud Olmert lançou uma advertência ao Hezbollah contra uma eventual abertura de uma nova frente na fronteira norte de Israel.
Israel decidiu mobilizar dezenas de milhares de reservistas e estes podem ser chamados a efectuar a defesa da fronteira do norte do país em caso de ataque do Hezbollah, revelou rádio israelita.
Israelitas negam segundo ataque do Líbano
O anúncio de novos disparos de foguetes vindo do Líbano na manhã desta quinta-feira foi um «alarme falso», revelaram porta-vozes militares de Israel.
O alarme anti-aéreo no Norte de Israel terá sido disparado pelo barulho de um avião a ultrapassar a barreira do som, explica o Exército. O exército libanês confirma a informação.O novo balanço dos ataques em Gaza aponta para 707 mortos e 3100 feridos.
IOL
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