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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Médicos noruegueses acusam Israel de testar novas armas em Gaza

Clínicos pedem uma investigação internacional


Ataques em Gaza

Dois médicos noruegueses que passaram dez dias na Faixa de Gaza disseram hoje suspeitar que o exército israelita utiliza uma arma pouco conhecida chamada DIME (Dense Inert Metal Explosive), que produz uma explosão muito poderosa num raio limitado, noticia a Lusa

«É uma nova geração de explosivos muito poderosos de fraco volume e cuja potência se dissipa numa zona de cinco a dez metros», explicou aos jornalistas um dos dois médicos, Mads Gilbert, no aeroporto Gardermoen de Oslo.

Mads Gilbert, 61 anos, e o seu colega Erik Fosse, 58 anos, foram enviados para a Faixa de Gaza a 31 de Dezembro pela associação norueguesa NORWAC, uma organização não-governamental pró-palestiniana. Declararam ter observado no âmbito do seu trabalho no Hospital Al-Shifa de Gaza ferimentos que indicam fortemente a utilização de projécteis DIME.

«Não vimos as vítimas afectadas directamente por (armas DIME), porque a maioria está despedaçada ou não sobrevive», declarou Gilbert. «Mas vimos algumas amputações extremamente brutais (…) sem ferimentos por estilhaços, que suspeitamos fortemente tenham sido causados por armas DIME», explicou.

A existência da tecnologia DIME é conhecida desde o ano 2000. Gilbert acusou ainda o exército israelita de ter utilizado armas DIME em 2006 durante a guerra entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah, e de se ter já servido dela na Faixa de Gaza antes do actual conflito com o Hamas.

«Laboratório de ensaios para novas armas»

Segundo informações da imprensa as armas DIME combinam um explosivo, partículas de carbono e pólvora de uma liga de metais pesados e de tungsténio. O tungsténio serve para conter o sopro da explosão num raio relativamente restrito a fim de limitar os danos colaterais.

«Creio que há uma forte suspeita de que Gaza está actualmente a ser utilizada como um laboratório de ensaios para novas armas», declarou Gilbert.

O seu colega acrescentou que os ferimentos em questão não se parecem com os ferimentos causados pelas outras bombas: «Vi e tratei muitas feridas nos últimos 30 anos em diversas zonas de guerra, e estes ferimentos têm um aspecto completamente diferente», disse.

Gilbert citou estudos segundo os quais os ferimentos causados pelas armas DIME podem causar cancros mortais em apenas meses.

«Israel terá de dizer que armas utiliza e a comunidade internacional devia fazer uma investigação», disse Gilbert

IOL

Um comentário:

  1. É impressionante como a barbárie humana fica tão à flor da pele quando se vive situações de guerra.... e o pior é que acho que isso ainda não é o pior por vir.

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